segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Somos cooperadores de Deus e lavoura e edifício Seus

      Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.
       Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens?
       Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isso conforme o Senhor concedeu a cada um.
       Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.
      Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.
    Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.
   Paulo em sua carta aos irmãos de Corinto.
 
Essa chamada Paulo faz para que ninguém se sinta mais ou maior que ninguém. Para que não se faça acepção de pessoas. Todos nós somos chamados segundo o propósito de Deus. Todos nascemos para o louvor de Sua Glória. Ninguém tem méritos, ninguém é mais.
     Enquanto os homens estão presos a estas questões é sinal claro de que ainda não nasceram de novo. Paulo diz: Não é assim que vocês mostram que ainda são carnais e andam segundo os valores e padrões humanos?
     Mais e Maior, e, em verdade, o Único, Eterno e Todo Poderoso É Deus.
Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.
Gosto desse alerta. Somos cooperadores de Deus! E o peito de alguns podem se estufar. “Eu sou cooperador de Deus!”, quase dizendo, e verdadeiramente achando, que “Deus precisa de mim, sem mim Ele nada pode fazer!”.
    E logo depois o lembrete: Somos lavoura e edifício de Deus.
    Somos cooperadores porque nos é concedido o privilégio de participar da obra que Deus está realizando. Sempre lembro que a nós nos é dada essa alegria. No entanto, não podemos esquecer jamais que somos lavoura de Deus. Ele trabalha em nós todo o tempo e em todas as circunstâncias. Ele nos cultiva, aduba, limpa, poda. Damos fruto porque Ele trabalha em nós e, felizmente, jamais desiste de quem quer que seja. É Jesus quem nos cultiva e sustém. Somos edifício de Deus porque Jesus, através de Sua Palavra, nos edifica e sustém. Nós existimos porque Ele permite; somos porque Ele É em nós.
   Nós não podemos fazer nada sem Ele.
   Sem Ele nada somos. 
   
O Poder é de Jesus, a Obra é de Jesus, a Glória é de Jesus!!!
Denise Gaspar 30-12-13

domingo, 29 de dezembro de 2013

Duas situações diferentes, a mesma lição

        Meu natal.

        Duas experiências fortes. Situações extremamente díspares entre si, no entanto revelando a Mesma Graça e Misericórdia.

Minha visinha tem seus maravilhosos nove aninhos. Idade maravilhosa, lembra?

Em 2011 escrevi na revista o testemunho vivido por seu pai e seu irmãozinho, que naquela época tinha também seus nove anos.

De manha cruzei com ela no corredor do prédio e fez questão de me mostrar os presentes que ganhou no natal. Ela estava tão feliz com sua nova boneca numa bicicleta e com um boneco que pula e treme. Não estou atualizada, não sei o nome desses brinquedos, embora tenha feito questão de me explicar: “Sabe, é desses brinquedos que são feitos em série? Esse faz isso e isso, o outro...” Ela começou dizendo: “Veja o que papai Noel trouxe pra mim!”.

Enquanto, sorrindo, me mostrava como ‘aquilo’ funciona, sua mãe me disse: “Deixa eu te contar essa história. Ela escreveu a cartinha para o Noel, só que não pediu nada, só agradeceu por tudo o que tem”. Vi alegria, orgulho e uma lágrima no cantinho dos olhos. “Como uma menina... que menina de nove anos escreve uma cartinha sem pedir nada, só agradecendo... Só a minha filha!!! Aí, decidimos dar algumas coisas pra ela”.

Eu me alegrei com ela. Um coração grato. Um coraçãozinho grato, que maravilha!

Como Deus ama um coração grato!!!

A pequena interrompeu explicando seu raciocínio puramente lógico: “Ele tem que olhar para todo mundo, visitar todas as casas ao redor do mundo numa noite só”, e desenhando o mundo no ar fez uma carinha que deixava claro: “eu estou bem, não preciso de nada, tenho tudo o que me faz feliz!”.

Como Jesus ama um coração grato. Um coração que se reconhece, se percebe feliz com o que tem. Um coração puro se alegra assim. Não que ela não deseje nada, mas está feliz com o que tem e sabendo que outras pessoas carecem de tantas coisas, ela está disposta a abrir mão de maior conforto, de bens e benefícios em prol de delas. Ela não estava apenas ‘disposta’, do jeitinho dela, na sua inocência, ela realmente abriu mão.

Eu disse: “Viu? Jesus não Se esqueceu de você!”.

Fiquei pensando na alegria de Jesus com esse coraçãozinho lindo!

“O Meu Reino é dos pequeninos”, diz Jesus, “Não os impeçam de virem a Mim”!

 

À noite vi um programa num desses canais a cabo. Mostrava a história de um psicopata, um assassino em série. Matou e estuprou cerca de oitenta moças e mulheres, num período de duas ou três décadas, não lembro bem. O requinte de crueldade e frieza estarrecedor. Depois de tudo, sumia com os corpos e as que eram deixadas ‘para serem achadas’, foram encontradas com pedras na vagina para que, segundo ele, ninguém pudesse ‘transar’ com elas. Não sei que verbo usar significando algo muito além de sexo necrófilo. Graças a Deus, eu não sei e não quero saber. Sem mais detalhes. Nos poupemos.

Alguém pode estar se perguntando "porque Deus que é Bom deixa que essas coisas aconteçam?". Sem entrar em muitos detalhes, não é o tema aqui, quero apenas dizer que o mundo jaz no maligno. Coisas ruins acontecem no mundo. Coisas boas e coisas ruins acontecem às pessoas. O que importa de verdade é como cada um de nós as vivencia. Com Quem nós passamos por cada uma. Sozinhos e Mal acompanhados ou com o Doador de toda boa dádiva. Nós escolhemos nossa companhia!

Quando pego confessou os crimes, eu diria, a barbárie. Confessou sem dar detalhes nem o(s) motivo(s) e nem a localização dos corpos. Estava condenado à pena de morte, mas para que as famílias achassem os restos mortais de suas entes queridas a pena foi reduzida para prisão perpétua em troca da informação tão valiosa e angustiadamente esperada durante tanto tempo. Decidiram, então, estudar o seu estado de psicopatia e perversidade. E durante seis meses e meio ele foi ouvido todos os dias durante 12 horas diárias. Lhe faziam perguntas, deixavam que falassem. Pegaram mentiras e informações importantes.

Os homens que trabalhavam sobre ele se surpreendiam e chocavam. Um deles disse: “Todos os dias ele nos dava ‘bom dia’ e ‘boa noite’, como se fosse uma relação de trabalho e amizade”.

Tudo foi filmado. Nas cenas e nas falas que editaram para o programa víamos claramente a frieza e indiferença daquele homem. Não se via uma nesga de arrependimento. Seus músculos faciais nem se moviam. Víamos também mui claramente o diabo se enchendo de orgulho. Afinal, ele estava sendo estudado, havia uma platéia super interessada em seus feitos e nos detalhes mais sórdidos de seus atos.

Mais endurecido o homem parecia se tornar. Confesso que fiz algumas especulações baseadas na Palavra e em alguns testemunhos que ouvi... especulações que não importam aqui porque tudo besteira. Pensei não se tratar de uma pessoa de verdade.

Chegou o dia do julgamento. Ele se declarou culpado dos 52 homicídios que conseguiram ligar a ele e foivcondenado à prisão perpétua. Quando os crimes são pesados tem-se o costume de dar a palavra aos familiares das vítimas. O programa nos mostrou duas pessoas falando. A primeira disse que o odiava pelo que ele havia feito à moça e à família. Disse que queria que ele apodrecesse no inferno. O segundo era um senhor de cabelos compridos, brancos e meio desgrenhados. Disse algo mais ou menos assim: “Você mostra como é difícil fazer o que Deus nos manda fazer que é declarar perdão a todas as pessoas. Ele não disse que era para perdoar algumas, mas todas as pessoas. E isso inclui você. Portanto, apesar de toda a minha dor, eu lhe perdoo em Nome de Jesus”.

Desculpem-me os irmãos mais sensíveis, não fiquei comovida com o senhor gordinho e desgrenhado. Fiquei orgulhosa de meu irmão. Contudo, fiquei maravilhada porque vi que havia um homem escondido naquele serial killer. Assim que o senhor de cabelos brancos se levantou, (e ainda nem tinha começado a falar), o rosto daquele psicopata endemoniado mudou. Quando o som de sua voz começou a se espalhar pela sala, ele desabou, chorou fortemente.

Eu vendo o programa, chorava junto. Primeiro de tristeza pelo que cheguei a pensar e especular. E também primeiro de alegria porque, pelo menos, durante aqueles seis meses e meio falando, contando, mentindo, revivendo aquela nojeira toda, Deus estava trabalhando em seu coração. Deus encontrou espaço no meio de tanto lixo. Ele sempre encontra. Um coração quebrantado, arrependido Deus não resiste. Ainda que ninguém estivesse vendo, ainda que ninguém quisesse ver, ainda que todos reforçassem sua máscara de louco, perverso e incurável. Deus estava lhe dizendo “Há uma Saída. Eu Sou a Porta. Quem passar por essa Porta, sairá, entrará e lhe será servido um banquete”.

Quando aquele senhor meio descabelado pelas muitas horas na sala do julgamento... Que horas foram para ele. Dor, desejos, sua alma angustiada, o Senhor lhe falando ao coração: “Abra o coração e os lábios, declare perdão”. Que senhor valente! Que escolha linda ele fez! Que filho Amado! Quanta alegria deu ao Pai!

Quando aquele senhor abriu sua boca e deixou que Deus falasse por ele... Que loucura! Que maravilha! Festa no céu! Aquele demônio teve que sair, a sua máscara caiu. Aquele senhor mostrou que sabia que não fora o réu que matou sua filha, mostrou que sabia que ele tinha sido usado. E dizendo isso desbancou o diabo. Porque há Poder no Sangue de Jesus! Há Poder no Perdão! Que arma! Que Poder! Que Misericórdia!

Graça sobre Graça!

Contra o pecado, a Graça. Contra o diabo, a Graça!!!

Poder de Deus! Misericórdia de Deus!

Duas situações tão diferentes. Um coraçãozinho grato e doce. Um coraçãozinho sufocado pelo Mal.
A mesma lição: Deus É Bom e Sua Benignidade dura para sempre.

 

Denise Gaspar 29-12-2013

sábado, 7 de dezembro de 2013

Hoje: Dia de Grande Alegria!!!

Bom dia!!!

Esse é o dia com o qual o Senhor nos presenteia para O adorar e viver a Graça do Amor!

Pense nisso: nada é mais importante do que a Presença de Jesus em nossas vidas.
Tudo, tudo mesmo, é passageiro. Nossa vida é como um sopro, num instante tudo muda, tudo acaba.
O que faz diferença é com Quem vivemos, porque temos a certeza de que Jesus está trabalhando em todas as circunstâncias, usando a cada uma delas para o nosso bem.
Nós somos eternos, nosso alvo é a eternidade. Nosso alvo é o CÉU.

Viva intensamente o Amor de Cristo neste dia; viva o perdão, a reconciliação, o bem, a alegria e a paz que só dependem da Presença dEle.
Viva esse dia como se fosse o último. Com certeza o ultimo será o melhor dia de nossas vidas. Será o dia do grande encontro, será o dia do fim do trabalho e da luta. O dia do regozijo, do descanso eternos.
Oh! Que grande dia será!

Se vivermos todos os dias com essa intensidade, com esse prazer e certeza, não nos restarão, daqui pra frente, dias de angústia e solidão, dor e fracasso.
Porque hoje é o dia da Alegria! É o dia de largar as mazelas, os ressentimentos, os medos, as dores e confiar inteiramente nAquele que nos conduz em triunfo, nos garante nunca nos deixar sós e, ainda, que promete que barrará tudo o que não possamos suportar e vencer.

Em Jesus somos mais que vencedores. Nas alegrias: vencedores! Nas lutas: vencedores!
Ele é o Vencedor e nos faz mais do que vencedores!!!

Ôh, Deus maravilhoso! Tão Grande, Maravilhoso e Perfeito e, apesar disso, não me rejeita. Jesus cuida de mim! Cuida de você!!!

Aleluia!!!

Obrigada!!!

Denise Gaspar - 07-12-2013

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Morreu Mandela: o conciliador !!!

Mandela... Que homem, que história, limitado às suas condições físicas e temporais foi um instrumento de Deus para abençoar a muitos evitando mortes e possibilitando qualidade de vida e respeito. Que peso de glória!

Hoje passei pela banca de jornal e no pouco que consegui ler, um dizia: "Morreu o prêmio nobel da paz"; noutro: "Mandela: o conciliador".
Quase chorei de alegria porque depois de tanta opressão e resistência pacifica; tanta perseguição e perseverança...
A dor da rejeição e da perseguição... Que terrível!!!
Depois de 95 anos de vida e história; reconhecendo todas as suas limitações, concordando ou não com ele, gostando ou não dele; há de se reconhecer: Mandela, o conciliador!.
Pensei na alegria de Deus. Esse homem, por amor a vida e em resistência ao mal e à acepção de pessoas agiu pacificamente e exerceu o papel, (o chamado), de conciliador e ajudou a preservar vidas.
Reforçou meu amor e admiração ao homem-irmão Mandela.
Reforçou meu amor por meu Senhor cuja vida humana, e história pacífica e revolucionária mudou, preservou, restaurou resgatou e reconciliou vidas. E continua a fazê-lo porque É Eterno e resgata a todo e qualquer homem que Se aproxime dEle com sede e fome de Justiça.
Questionei-me. Sou chamada, (somos chamados), ao ministério da reconciliação. Sou chamada ao serviço de viver e anunciar o Caminho de Reconciliação com o Pai e a Paz de Cristo com a naturalidade do fluir de um rio, na caminhada da vida.
Será que sou conhecida no Céu como uma conciliadora?

Circunstâncias históricas fizeram Mandela, alguém retrucou ao meu lado durante o dia.
Todos estamos sob 'circunstâncias históricas'. Acontece, porém, que somos nós que tomamos decisões diante delas.
E, diante das 'circunstâncias históricas' vividas na África daquele momento, Mandela tomou sua decisão. Fez sua escolha. Agradou a Deus. O amor agrada a Deus. Deus É Amor e Seus discípulos são conhecidos pelo amor.

Só Um não esteve e nem está sujeito as 'circunstâncias históricas'. Jesus, o Cristo, tomou Sua decisão na eternidade e ela foi supra histórica.

Pense nisso, pense em suas escolhas.
Escolha o melhor; escolha o Senhorio de Jesus; escolha a Vida; escolha viver o Amor; escolha ser discípulo do Amor.
Como você quer ser conhecido no Céu?

Denise Gaspar - 06-12-2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

De traficante de escravos a Antiescravista

Conhecer a Deus pode mudar sua vida

        John Newton nasceu na Inglaterra em 1725. Sua mãe era uma cristã devota. Desejando que seu filho entrasse no ministério, ela se esforçou muito para instilar nele uma fé profunda. Mas a mãe de Newton morreu antes dele completar 07 anos de idade. Como jovem, John decidiu seguir os passos do pai, capitão da marinha inglesa. Ele ingressou na Marinha Real Britânica, mas acabou sendo exonerado por causa e indisciplina. Para escapar de maiores problemas, mudou-se para a costa ocidental da África e trabalhou para um mercador de escravos, e como a maioria dos capitães de navios escravos tratava os seus escravos de maneira indigna. Que homem repugnante havia se tornado – e quão distante das esperanças e orações da sua mãe por ele!

Em uma de suas viagens, uma tempestade violenta danificou severamente o navio de Newton. Certo de que morreria, Newton rendeu-se a Deus. Milagrosamente, ele sobreviveu e resolveu colocar sua vida em uma nova rota. No início, continuou sendo capitão de um navio de escravos, mas buscou tratar os escravos de maneira mais humana. Então ele viu que a escravidão em si era repugnante, e desistiu totalmente do tráfico de escravos. Mas ele não parou por aí; ele empenhou-se numa cruzada contra a escravidão. Sua vida mudou tão profundamente que estudou para tornar-se ministro do Evangelho, exatamente como a sua mãe havia orado. Newton ficou conhecido como o “velho capitão do mar convertido”. E tudo isso aconteceu porque ele encontrou e conheceu pessoalmente a Deus.

Provavelmente, o legado mais importante que Newton deixou, (além do verdadeiro testemunho de uma nova vida – comentário da editora), o hino Amazing Grace, Maravilhosa Graça. Nele, Newton descreveu sua própria transformação:

 
Maravilhosa Graça, quão doce o som,
             Que salvou um miserável como eu.
             Estava perdido, mas fui achado,
             Estava cego, mas agora posso ver.

Quem mais além do Deus Todo-Poderoso poderia transformar um capitão insensível em um ministro compassivo e ativista antiescravagista?

Bill Bright. A alegria de confiar em Deus. Santos Editora

domingo, 1 de dezembro de 2013

Bela caligrafia!!!

          Abraham Heschel, um homem notável por seu conhecimento e vida de oração, queixou-se de que algumas pessoas elogiavam a Bíblia como literatura, como se isso fosse o maior louvor que pudessem manifestar, “como se ‘literatura’ fosse o ápice da realidade espiritual”.
       Ele comentou: “O que diriam Moisés e Jeremias a respeito desse tipo de elogio? Talvez o mesmo que Einstein teria dito se o manuscrito da Teoria da Relatividade fosse aclamado por sua bela caligrafia”.

 
 Abraham Heschel. God in seach of man. Citado por Eugene Peterson. Ânimo. Ed. Mundo Cristão. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Projeto Oásis - participe desta história


Rendição # submissão

Os cristãos falam muitas vezes da necessidade de submissão a Deus. Mas há uma diferença entre submissão e rendição. A primeira é a aceitação consciente da realidade. Há uma rendição superficial, mas a tesão continua. Digo que aceito quem sou, mas não aceito tão completamente que esteja disposto a realmente demonstrar como sou. Trata-se de uma aceitação indolente, que pode ser descrita por palavras como resignação, complacência, reconhecimento, concessão. Repousa ali um sentimento de reserva, um esforço na direção da não aceitação.

Em contrapartida, a rendição é o momento quando minhas forças de resistência param de agir, quando não posso fazer mais nada, exceto responder ao chamado do Espírito. “O estado emocional da rendição”, escreve o dr. Harry S. Tiebout, “e um estado no qual existe uma persistente capacidade para aceitar a realidade. É um estado realmente positivo e criativo”.

A capacidade de se entregar é um dom de Deus. Por mais que ansiosamente possamos desejar isso, por mais que diligentemente possamos nos esforçar para obter isso, a rendição não pode ser alcançada por empenho pessoal.

Entretanto, a intensidade de nosso desejo importa. Nossa dedicação para o crescimento é o determinante isolado mais importante do desenvolvimento espiritual. Sem intenso compromisso interior somos pouco mais do que diletantes praticando jogos espirituais. A pérola de grande valor – a mente de Cristo – deve ser o mais valioso tesouro em nossa vida, e devemos procurá-la na oração perseverante, na cura sacramental e na força da comunidade cristã.

Somente então se revelará em nossa vida o milagre da transparência, do amor e da unidade. “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem O pedir!” (Lc11:13). É vontade de Deus que cresçamos em santidade (1Ts4:70, conheçamos a verdade que nos liberta (jo8:32) e nos alegremos com uma alegria que ninguém pode tirar de nós (Jo 16:22).
 
Brennan Manning. Convite à loucura. Ed Mundo Cristão.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Que tempo é o tempo?

Andar com Deus é um exercício de paciência porque é um exercício de obediência.
Deus disse para ficar, a gente fica; Ele disse para a gente esperar, a gente espera. Porque agora nós estamos sob a direção do relógio de Deus e não do nosso.
Então, andar com é um exercício de paciência porque é um exercício de obediência.
E o tempo de Deus não é o nosso tempo. Aliás, de um modo quase geral, o tempo de Deus sempre esmaga a nossa relação com o tempo. Porque a nossa relação com
O tempo é sempre tensa, horrível. Porque o tempo está sempre contra nós, o tempo está sempre nos avisando o quanto nós já gastamos. Ele não avisa quanto tempo a gente tem.
O tempo avisa o tempo que a gente já usou.
Então a gente está sempre correndo contra o tempo, de modo que o tempo não é nosso aliado. Mas é aliado de Deus!
Então, assim como nós fugimos do tempo, corremos contra o tempo e tentamos vencê-lo; Deus, ao contrário, usa muito bem o tempo. Ele usa muito bem o tempo.
Porque Deus trabalha com a lógica da vida. E a lógica da vida é a lógica da semeadura: do crescimento, do nascimento e do amadurecimento. Essa é a lógica da vida. Deus trabalha com esta lógica, aí, o tempo é aliado de Deus.
Nós trabalhamos com outra lógica, a de que o tempo está me dizendo que eu já gastei boa parte do que eu tinha e eu não sei quanto tempo eu tenho. E quem não sabe quanto tempo tem, tem muito pouco tempo. Então, é uma tensão constante.
Aí, o Senhor diz: Espera!, fica aquela sensação de que Deus não está vendo o que está se aproximando de nós e que vem com uma velocidade que provavelmente não dará tempo dEle fazer coisa nenhuma. Então, a gente diz para Deus: Deus, o Senhor não tem mais tempo! E Deus diz: Não! Eu tenho todo o tempo do mundo. Espera!
É uma arte. Viver com Deus é uma arte. A arte de não se deixar vencer pelo tempo.

 Ariovaldo Ramos. O dia da mudança.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

MARAVILHOSO... FANTÁSTICO... MILAGRE!!!

JUSTIFICADOS, POIS, MEDIANTE A FÉ, TEMOS PAZ COM DEUS POR MEIO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO; POR INTERMÉDIO DE QUEM OBTIVEMOS IGUALMENTE ACESSO, PELA FÉ; E GLORIAMO- NOS NA ESPERANÇA DA GLÓRIA DE DEUS.
E NÃO SOMENTE ISTO, MAS TAMBÉM NOS GLORIAMOS NAS PRÓPRIAS TRIBULAÇÕES, SABENDO QUE A TRIBULAÇÃO PRODUZ PERSEVERANÇA;
E A PERSEVERANÇA, EXPERIÊNCIA;
E A EXPERIÊNCIA, ESPERANÇA.
ORA, A ESPERANÇA NÃO CONFUNDE, PORQUE O AMOR DE DEUS É DERRAMADO EM NOSSO CORAÇÃO PELO ESPÍRITO SANTO, QUE NOS FOI OUTORGADO.
 
PORQUE CRISTO, QUANDO NÓS AINDA ÉRAMOS FRACOS, MORREU A SEU TEMPO PELOS ÍMPIOS.
DIFICILMENTE, ALGUÉM MORRERIA POR UM JUSTO; POIS PODERÁ SR QUE PELO BOM ALGUÉM SE ANIME A MORRER.
 
MAS DEUS PROVA SEU PRÓPRIO AMOR PARA CNOSCO PELO FATO DE TER CRISTO MORRIDO POR NÓS, SENDO NÓS AINDA PECADORES.
 
LOGO, MUITO MAIS AGORA, SENDO JUSTIFICADOS PELO SEU SANGUE, SEREMOS POR ELE SALVOS DA IRA.
 
PORQUE, SE NÓS, QUANDO INIMIGOS, FOMOS RECONCILIADOS COM DEUS MEDIANTE A MORTE DO SEU FILHO, MUITO MAIS, ESTANDO JÁ RECONCILIADOS, SEREMOS SALVOS PELA SUA VIDA;
E NÃO APENAS ISTO, MAS TAMBÉM NOS GLORIAMOS EM DEUS POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, POR INTERMÉDIO DE QUEM RECEBEMOS, AGORA, A RECONCILIAÇÃO.
 
RM 5: 1-11

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Como saber de que espírito você é

Você quer saber de que espírito é?
Pergunte a si mesmo o que gostaria de consertar na criação de Deus no mundo. Se eu digo que a coisas a serem consertadas por mim – pessoas, grupos, tribos, religião -, o meu espírito já não é o de Jesus.
Ele disse: o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. Todas as almas humanas. Porque a Vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos cheguem ao pleno conhecimento da Verdade. Ao pleno. Há pessoas que chegaram a conhecimentos mínimos, menores; outros, maiores, médios.
A Vontade de Deus é que todos cheguem ao pleno conhecimento da Verdade, que é Cristo em nós, que é Jesus, em quem estão depositados todos os tesouros da ciência e da sabedoria.

Caio Fábio

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Intimidade com o Deus que fala

E é por essa razão que uso a palavra “retornar” – significa retornar à estaca zero, retornar ao lugar do maravilhamento, percebendo o infinito, adorando a Deus.
Quando chegamos pela primeira vez à estaca zero, ficamos sem fôlego diante dos esplendores inimagináveis do infinito, os quais se descortinam interminavelmente. É maravilhoso. E então começamos a perceber o corolário: se existe o tal infinito, com certeza não sou eu. Sou finito. Se Deus, então não sobra espaço para mim como deus.
A maneira principal de combatermos nossas propensões obstinadas e direção ao narcisismo, (tentativa de se retirar da estaca zero e retornar para a soberania espiritual do eu), e ao prometeísmo, (tentativa de fazer desvio ao redor da estaca zero para chegar a uma espiritualidade do infinito, controlá-la) é cultivada a humildade. Aprendendo a se nós mesmos, mantendo-nos com os pés no chão, dando vazão à nossa natureza humana, enfiando a mão no húmus, a matéria orgânica rica, argilosa, da qual fomos formados.
E então escutar.
Isso porque retornar à estaca zero é não somente retornar a uma percepção de Deus, mas também a uma escuta do que Deus diz. Disse Deus. Você escutou? Escutou?
Escutar está vinculado não apenas lexicalmente (akouo e hypakouo), mas espiritualmente a obedecer, a corresponder.
Assim, não surpreende que Deus trate conosco pelo instrumento da linguagem. Deus fala. Para os cristãos, a espiritualidade fundamental não é somente um substantivo, Deus, mas também um verbo: disse (ou diz).
Minha intenção é chamar sua atenção para o óbvio, o aceito, o básico: quando voltamos à estaca zero, escutamos, pois Deus fala.
A maior parte, embora certamente não a totalidade, das conversas espirituais que estão sendo travadas dentro e fora das igrejas cristãs é desse tipo. É não uma escuta de Deus; não uma resposta de Deus; não uma crença na Palavra de Deus. É conversa fiada.
Às vezes, é uma conversa fiada muito instigante. Muitas vezes, uma conversa fiada fascinante. Mas é nosso comentário sobre a nossa experiência como espiritual, não uma proclamação de como Deus Se dirige a nós a partir do mundo do Espírito. Damos testemunho, testificamos continuamente, mas o mais comum é falarmos de nós, não de Deus. Não é proclamação, que é a forma fundamental assumida pela linguagem acerca de Deus, mas tagarelice e fofoca.
O livro de Jó é a revelação clássica que temos desse tipo de coisa. Jó está de volta à estaca zero: disse Deus. Mas o substantivo, deus, e o verbo, disse, são separados no livro de Jó por muita conversa espiritual que em nada se relaciona com Deus. Jó não tem nenhuma dúvida de que está lidando com Deus. Está diante do mistério – nenhuma das formas conhecidas de explicar a vida funciona mais. Ele depara com o desconhecimento. Não se satisfaz com nada menos que Deus falando com ele, um Deus que lhe explica como as coisas são, um Deus que revela. E Deus de fato fala, “do meio da tempestade”, e Jó fica satisfeito. Deus não responde a suas perguntas, não explica o mistério – mas fala. E isso é suficiente. É sempre suficiente.
Mas a maior parte do texto de Jó é tomado com a conversa espiritual dos conselheiros religiosos de Jó: Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú. Quase tudo que eles dizem é verdade. Mas, ao mesmo tempo, quase nada do que dizem é verdade. Nada do que dizem consiste numa participação que escuta e corresponde a Deus.
Jó não se impressiona. Ele quer Deus. E quer o Deus que fala.
A espiritualidade cristã não fica impressionada com o sobrenatural.
A espiritualidade cristã quer intimidade com o Deus que fala.

 
Eugene Peterson. Espiritualidade subversiva. Ed. Mundo Cristão.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Método de oração

         Os Salmos são a escola para as pessoas aprenderem a orar. Basicamente, a oração é nossa resposta ao Deus que fala conosco. A Palavra de Deus sempre tem a primazia. Ele sempre fala primeiro. Nós respondemos. Vivemos num mundo ao qual Deus fala. Devemos aprender a responder, de verdade – não apenas dizer “Sim, Senhor’, “Não, Senhor” – com todo nosso ser. Somos muito pouco desenvolvidos nesse mundo ao qual Deus fala. Aprendemos bem como falar com nossos pais, passar nos exames em nossas escolas e conferir o troco na loja, mas e falar com Deus? Vamos nos contentar com tentativas e erros? Vamos nos satisfazer com o que ouvimos nas ruas? Israel e a Igreja colocam os Salmos em nossas mãos e dizem: “Aqui, esse é o nosso texto. Pratique essas orações e aprenderá toda a vastidão e profundidade de nossa vida em resposta a Deus.
Durante mil e oitocentos anos, quase toda a igreja usou esse texto. Somente nos últimos duzentos anos é que ele foi descartado para dar lugar aos livros devocionais da moda, estimulantes psicológicos, e caminhadas numa praia à luz da lua.
Os Salmos, é claro, não são “devocionais”, “psicológicos”, ou “românticos”. Não valem nada para nós nessas áreas. Sua utilidade está num elemento askesis, uma forma para nossa situação amorfa.
Não falta em nós impulso para orar e fazer pedidos. Constantemente, desejos e exigências nos lembram de orar. Então, por que existem tantas vidas sem oração? Simplesmente porque “o poço é fundo, e você não tem nada para pegar a água”. Precisamos de um vaso. Precisamos de algo para colocar a água. Desejos e exigências são uma peneira. Precisamos de um vaso adequado para fazer descer desejos e exigências até o fundo do Poço de Jacó da Presença e da Palavra de Deus, e trazê-los de volta à superfície. Os Salmos são esse vaso. Eles não são a oração em si, mas o vaso mais adequado para a oração que já foi criado. Recusar-se a usar esse vaso de salmos, depois de compreender sua função, é errar de propósito. Não é possível fazer um vaso de outro formato e material que o substitua. Certamente já houve várias tentativas. Mas por que nos contentarmos com isso, quando temos esse vaso maravilhosamente criado e amplamente dimensionado que ganhamos e temos à mão?
 
Eugene Peterson. A vocação espiritual do pastor.

sábado, 7 de setembro de 2013

Que tempo é o tempo?

Andar com Deus é um exercício de paciência porque é um exercício de obediência.
Deus disse para ficar, a gente fica; Ele disse para a gente esperar, a gente espera. Porque agora nós estamos sob a direção do relógio de Deus e não do nosso.
Então, andar com é um exercício de paciência porque é um exercício de obediência.
E o tempo de Deus não é o nosso tempo. Aliás, de um modo quase geral, o tempo de Deus sempre esmaga a nossa relação com o tempo. Porque a nossa relação com
O tempo é sempre tensa, horrível. Porque o tempo está sempre contra nós, o tempo está sempre nos avisando o quanto nós já gastamos. Ele não avisa quanto tempo a gente tem.
O tempo avisa o tempo que a gente já usou.
Então a gente está sempre correndo contra o tempo, de modo que o tempo não é nosso aliado. Mas é aliado de Deus!
Então, assim como nós fugimos do tempo, corremos contra o tempo e tentamos vencê-lo; Deus, ao contrário, usa muito bem o tempo. Ele usa muito bem o tempo.
Porque Deus trabalha com a lógica da vida. E a lógica da vida é a lógica da semeadura: do crescimento, do nascimento e do amadurecimento. Essa é a lógica da vida. Deus trabalha com esta lógica, aí, o tempo é aliado de Deus.
Nós trabalhamos com outra lógica, a de que o tempo está me dizendo que eu já gastei boa parte do que eu tinha e eu não sei quanto tempo eu tenho. E quem não sabe quanto tempo tem, tem muito pouco tempo. Então, é uma tensão constante.
Aí, o Senhor diz: Espera!, fica aquela sensação de que Deus não está vendo o que está se aproximando de nós e que vem com uma velocidade que provavelmente não dará tempo dEle fazer coisa nenhuma. Então, a gente diz para Deus: Deus, o Senhor não tem mais tempo! E Deus diz: Não! Eu tenho todo o tempo do mundo. Espera!

É uma arte. Viver com Deus é uma arte. A arte de não se deixar vencer pelo tempo.

Ariovaldo Ramos. O dia da mudança.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Verdadeira comida,verdadeira bebida

...Jesus respondeu: A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram SATISFEITOS. (Procuram só pela satisfação de suas próprias necessidades). Não trabalhem pela comida que estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará...

Ser saciado além da minha necessidade física, (fome e sede), porque essa volta fisiologicamente, é claro; é ter algo da parte do Pai para eu poder viver com Ele nas minhas maiores dificuldades e saber que Ele é O PÃO VIVO QUE DESCE DO CÉU PARA MINHA VIDA...

Ele mesmo disse: "Eu lhes digo a verdade, se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida EM SI MESMOS. Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é a verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida... ASSIM AQUELE QUE DE MIM SE ALIMENTA POR MIM VIVERÁ...

Ao ouvirem isso muitos discípulos disseram: "duro é este discurso, quem poderá suportar?... Alguns foram embora, mas os doze disseram: Para onde iremos, se só Tu tens a Palavra de vida eterna?...”

E quando Ele realiza um milagre, muitos são abençoados...

Hoje, não ouvimos este nível de pregação nas congregações, mas ela existe, é real, verdadeira e transforma as nossas vidas.

Se virmos o Senhor Jesus só pela comida que perece, não vamos conseguir segui-lo. Os dia que estamos vivendo hoje são deserto, só o PÃO VIVO QUE DESCE DO CÉU, pode nos saciar plenamente...

 CRISTO EM NÓS, A ESPERANÇA DA GLÓRIA...
 
Soraia Menezes

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Reino é simples!!

O Evangelho é a certeza de que Deus, em Cristo, Se reconciliou com o mundo!
 
Um convite à Doce Revolução... Vem e vê!

 Artigo 1 –
Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 – Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 – Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.

Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 – Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.

Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 – Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 – Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.

Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.

Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 – Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.

Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 – Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.

Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16 – Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 – Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 – Amém!

Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia.

domingo, 1 de setembro de 2013

Quando???

“Perguntaram a Jesus: Mestre, quando sucederá isto? E eu sinal haverá de quando estas coisas estiverem para se cumprir?

Respondeu Jesus:

Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em Meu Nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerra e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo.

Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino; haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais do céu. Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa de Meu nome; e isto vos acontecerá para que deis testemunho.

Assentai, pois, em vosso coração de não vos preocupardes com o que haveis de responder; porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.

E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós.

De todos sereis odiados por causa de Meu Nome.

Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça.

É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma...

Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados.

Então, se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória.

Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”.

Lc21: 7 a 19 e 25 a 28.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pagamento ou entrega, eis a questão!!!

“Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas? Sim, respondeu ele. ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da Terra impostos ou tributos: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: dos estranhos. Jesus então disse: logo, estão isentos os filhos. Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por Mim e por ti.”. Mt 17: 24 a 27.

 
... O imposto foi apenas a ilustração. Pensem nos outros impostos.quem tem marido, tem imposto (o nome é “imposto” porque o negócio é imposto). Quem tem mulher também tem imposto – tem muita coisa que a mulher impõe também. Quem tem pai, tem imposto. Quem tem filhos, cada vez mais tem um imposto, também. Nós temos muitos impostos: impostos psicológicos, impostos afetivos. Quanta cobrança afetiva, quanta coisa absurda! E nós entregamos, não com a consciência de quem tem direitos. Quem tem direitos, na maioria das vezes, não entrega. Quem reconhece o direito de quem cobra, esse paga – ainda que não concorde. Mas quem entrega, de fato transcendeu a quem cobra, transcendeu ao sentido da cobrança, reconhece apenas uma pequenez instituída como dogma. E ama o suficiente para ver que as mentes não passam de determinados limites. E é por amor que ele entrega. Mas essa não é uma lei que o fará tornar-se dependente nem doente de idiotices que estão para além de qualquer razoabilidade; há um limite. Há uma hora em que o próprio Pedro aprendeu a dizer: “Antes importa obedecer a seus do que aos homens”. Mas enquanto esse encontro limítrofe não se estabelece, existe uma jornada relativamente longa de concessões da misericórdia, de renúncias da consciência, de alongamentos e longanimidades praticadas por causa do reconhecimento da incapacidade do outro.

O que Paulo veia a expandir em Rm 14, em 1co 8 e 10, e o que Tiago veio a transformar numa epístola está tudo resumido no espírito do Evangelho, nessa passagem, nesse episódio, que nos ensina a ser discípulos de Jesus sem perder a doçura, sem perder o amor, sem achar que está dando dinheiro como um otário para calhordas; mas transformando tudo numa oferta, transformando tudo numa entrega, transformando tudo num culto, enquanto a conveniência do outro não cresceu o suficiente para entender os novos significados.

Quem aprende isso e não restringe apenas à ilustração do imposto, estende a consciência dessa percepção para todas as outras dimensões da vida, para todos os outros impostos. Quantos impostos pagamos e que não são em dinheiro?! São impostos de atenção, são impostos em consideração, são os impostos que a juventude tem de pagar à velhice. Então, não pague; ofereça.

Quanto mais eles forem pagamentos, mais obedientemente amargurados seremos. Quanto mais forem ofertas, mais nos gerarão a gratidão de saber que é um privilégio ter entendido o que entendemos. Que é um privilégio, em tendo entendido tudo o que entendemos, não usar isso contra o próximo e nem contra nós, como surto de superioridade sobre a suposta pequenez da compreensão do outro. É um privilégio fazer isso sabendo que, para essa entrega em amor, haverá sempre graça e suprimento de Deus para nós. E é um privilégio aprender com Jesus a diferença entre fazer por causa da consciência, da conveniência e da edificação, e fazer por causa da burrice, da alienação e da não-reflexão. É um privilégio aprender com Jesus que fazemos porque entendemos que é melhor fazer por causa daqueles que não sabem o que fazer se nós não fizermos.

O princípio que está em operação é o de um amor que se aplica às limitações e à compreensão da consciência do outro.

Quem não aprender a ter esse olhar, se amargurará. O discípulo que não tiver esseolhar se tornará judicioso, legalista do Evangelho, se tornará aquele cara com fome e sede de justiça, não conforme a justiça do Evangelho, mas conforme a justiça do sindicato, que não tem, necessariamente, nada a ver com a justiça do Evangelho.

O indivíduo que não aprender isso vai ler o Sermão do Monte não como um desafio para ele ser gracioso na vida; vai ler o Sermão do Monte como um instrumento de cobrança em relação aos outros, e não de percepção de si mesmo. Quem não entender isso vai sofrer muito, se frustrar muito, se magoar muito, vai desenvolver muitas infantilidades. E vai sempre perguntar: por que, Senhor? Por que eu, que sou Teu filho, estou tendo que pagar isso? Por que eu, que sou Teu filho, tenho que me submeter a isso? Por que eu, que sou Teu filho, tenho de viver no meio desse absurdo?

Filho de Deus tem de ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. e se no nosso caminho como discípulo não aprendermos que a vereda passa por aí, não nos prepararemos para um dia nos oferecer, como Pedro, para ser crucificado de cabeça para baixo. Não nos prepararemos para um dia anunciar como Paulo, que sabia que os dias estavam contados, mas que ele tinha combatido o bom combate, completado a carreira e guardado a fé. Ele não tinha se dedicado a nenhuma mesquinharia desta vida, porque seu tesouro estava, de fato, no céu. Porque de fato ele não queria se fartar da justiça dos homens, mas da Justiça de Deus.

A justiça dos homens nos outorga direitos; a Justiça de Deus nos coroa com galardão. O discípulo tem de escolher se ele quer ser o rei da retidão da Terra ou se ele quer ser apenas um ser justificado, que chama Deus de Abba, Pai. Que renuncia com muita frequência, sabendo que quanto mais ele renuncia , mais ele estoca; quanto mais ele oferece, mais lhe é oferecido. Porque essa é a lei da vida, esse é o princípio do Evangelho, esse é o caminho do discípulo; no meio da tirania, do casuísmo, da arbitrariedade, do absurdo, do non-sens, jamais será eximido de ter de andar por essa vereda. Por isso temos de aprender a andar nela. Jesus também está dizendo: siga-Me nessa vereda do absurdo. Seja Meu discípulo nesse caminho. Aprenda de Mim, também nessa jornada.

 Caio Fábio. O caminho do discípulo 2. Ed. Prologos

sábado, 24 de agosto de 2013

Quem escolheu quem?

“Eu vos escolhi a vós,

(Para que?)

para que vades e deis fruto

(Que fruto?
A Minha Natureza, o Amor; e assim deis frutos de arrependimento)

e o vosso amor permaneça para sempre”.

Jesus Cristo

terça-feira, 20 de agosto de 2013

É assim que a vida é !!!

         Jesus não trabalha com as categorias da empolgação. Não há nenhuma psicologia de empolgação em Jesus. Ele não era evangelista evangélico, não era pentecostal – nesse sentido de: amém ou não amém; hoje é o dia, hoje é a hora! Não tem nada disso com Jesus. Com Ele a vida é exatamente como ela é: as coisas faltam quando faltam, acabam quando acabam. “A quem tem se lhe dará, a quem não tem, até o que pensa ter lhe será tirado”. É assim que a vida é.

Gente boa pode subir numa torre e a torre desabar com ele – e isso é uma tragédia, um absurdo, sem explicação. Qualquer um pode ser objeto do capricho de um poderoso que acordou mal-humorado e resolveu fazer do outro um bagaço. E o Evangelho tem que caber é na realidade da existência. É por isso que Seus mandamentos não têm romantismo: ore pelo inimigo, pelo que o persegue; não deixe que ele o desvie do seu caminho. Entregar uma túnica para ele sai barato; o que sai caro é ficar brigando com esse bicho doido. Ele quer sua capa, quer sua túnica? Deixe-o levar; passe no seu caminho e deixe-o ficar brigando, não perca seu tempo com isso. Ele não vai ficar curado com a sua argumentação. Então, siga.

Em Jesus não há nenhuma estratégia de empolgação. Leia os evangelhos e veja como em todas as vezes que os discípulos estão ficando empolgados, Jesus os leva para um choque anafilático: tira-os da transfiguração e os joga logo na cara de um endemoninhado de quem ninguém conseguiu expulsar o demônio; abaixa a bola de todo mundo. E se não for assim, nós surtamos; ou morremos com raiva de Deus.

Alguém pode perguntar: raiva de Deus? Sim. A maior parte das pessoas que eu conheço com raiva de Deus tem essa fé Polyana moça, essa fé do tudo vai dar certo! Esses estão fadados a ficar com raiva de Deus, porque a vida não será assim. Deus não realizará essa Disneylândia para nenhum deles. E como a coisa veio até eles como promessa de Deus – embora de Deus promessa -, ao final, a conta é paga e é mandada para a celestialidade com um: Por que, Senhor, me deixaste? Por que me enganaste? Por que perdi dez anos, por que esperei tanto tempo?

Quem não quer fazer o caminho do autoengano que faça uma viagem profunda no livro de Provérbios, todo dia (são 31 capítulos, da pra ler, todo mês, o livro todo), e então verá, preto no branco, que não dá para semear espinho e colher uva, nunca! É simples assim.

Quero aqui fazer uma convocação, à semelhança do que Jesus fez com os discípulos, insistindo com eles no tema do qual fugiam. Forçando-os a parar com a alienação, com a evasão, com o autoengano, com a tristeza piedosa, com a desculpa para não encarar o mundo real anunciado pela Palavra de Deus.

As coisas são como as coisas são. E Deus é maior!

 
Caio Fábio. O Caminho do discípulo 2. Ed. Prólogos.

domingo, 18 de agosto de 2013

Pra que cultuar heróis????

          Apesar de tudo, continuamos a sentir uma insaciável sede de integridade, uma fome constante de justiça. Quando não suportamos mais e ficamos demasiadamente incomodados com esses indivíduos artificiais e rasos que nos são diariamente impingidos como celebridades, alguns de nós voltam a atenção para as Escrituras a fim de satisfazer a necessidade de encontrar alguém que valha a pena observar. O que significa, afinal, ser um homem ou uma mulher real? Que forma a humanidade autêntica e madura assume em uma vida normal?

Quando, porém, nos voltamos para as Escrituras em busca de auxílio nesse assunto, é bem provável que fiquemos surpresos. Um dos primeiros fatos que nos assusta é a constatação de que, para nossa decepção, os homens e as mulheres bíblicos não foram os heróis que imaginamos. Não encontramos entre eles modelos impecáveis de virtude. Isso sempre assombra os inexperientes na Palavra de Deus. Abraão mentiu, Jacó enganou, Moisés assassinou e murmurou, Davi cometeu adultério e Pedro blasfemou.

Prosseguimos na leitura do texto bíblico e começamos a perceber sua verdadeira intenção: trata-se de uma estratégia consistente para demonstrar que as maiores e mais significativas figuras da fé foram moldadas no mesmo barro que nós. Descobrimos que as Escrituras poupam detalhes sobre as pessoas, porém, são pródigas nas informações que dão a respeito de Deus. A Bíblia recusa-se a alimentar nossa ânsia de cultuar heróis. Ela não se curva diante de nosso desejo adolescente de fazer parte de algum tipo de fã-clube. Creio que a razão disso é bastante clara. Por meio de fotografias, pequenas recordações, autógrafos e viagens de turismo, estabelecemos certa associação com alguém cuja vida – conforme imaginamos – é mais empolgante e interessante que a nossa. Assim, acrescentamos um pouco de diversão à nossa monótona existência ao seguir as pegadas de uma pessoa notável.

 A Palavra de Deus, no entanto, não participa desse jogo. Algo muito diferente acontece na vida de fé: nela cada um descobre todos os componentes de uma aventura original e única. Pelas Escrituras somos alertados acerca dos riscos de seguir as pegadas dos outros e chamados a uma incomparável associação com Cristo. A Bíblia deixa bem claro que cada história de fé é completamente original. O gênio criativo de Deus é inesgotável. Ele jamais, cansado de manter os rigores da criatividade, lançará mão do recurso de produzir cópias em massa. Cada vida é uma tela em branco sobre a qual Deus pinta todas as linhas e matizes de cores, sombras e luzes, diferentes texturas e proporções, todas nunca antes usadas por Ele.

Vemos na Santa Palavra que o que é possível: qualquer um pode viver uma vida singular, livre dos esteriotipados padrões estabelecidos por uma sociedade emaranhada no pecado. Uma vida assim funde espontaneidade e propósito, tingindo a paisagem desértica com o verde jovial de fé, participando do que Deus começa a fazer em cada vida, descobrindo o que Ele está realizando em cada evento. Os homens e as mulheres que encontramos nos relatos bíblicos são notáveis pela vida intensamente focada em Deus, pela forma como cada detalhe se submete ao que Deus lhes diz, e ao que Deus lhes faz. São as pessoas, em quem a consciência de participar do que Deus diz e faz é plena, as que mais se revelam humanas e cheias de vida. Essas pessoas são a prova de que nenhum de nós está obrigado a resignar-se diante desse viver medíocre, nem sequer por uma hora ou mais um dia.

Eugene H. Peterson. Ânimo. Ed. Mundo Cristão.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A segunda milha


No Sermão do Monte, Jesus desafiou o senso comum a respeito da maneira e se relacionar com os soldados romanos que ocupavam a nação, (Mt5:38ª48): “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas Eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os persegue”. Jesus ilustrou isso com três situações práticas. A primeira foi: Se alguém batesse na face, a outra deveria ser oferecida. Segunda: Se alguém tomasse a túnica, a capa deveria também ser dada. Terceira: Se um soldado romano obrigasse alguém a carregar sua mochila por uma milha, a pessoa deveria ir com ele duas.

Com que objetivo Jesus sugeriu que o fardo pesado do soldado deveria ser carregado por mais uma milha sob o sol escaldante do Oriente Médio? Porque a primeira milha era uma obrigação legal. Porém, quando a vítima se oferecia para levar o fardo uma segunda milha, seria natural que o soldado romano quisesse saber por que a pessoa estava disposta a carregar o fardo além da exigência legal. Isso dava oportunidade de falar do amor de Jesus ao soldado.

Hoje andamos a primeira milha, seguindo Jesus. Eu proponho que andemos a segunda milha a fim de compartilharmos Seu Amor. Jesus disse que devemos amar nossos inimigos. Isso não faz sentido para a nossa mente. Como podemos amar alguém a quem odiamos? Essa ordem, porém, é algo esplêndido, pois se eu decido amar alguém, essa pessoa não pode continuar sendo minha inimiga. Eu digo sempre que a melhor maneira de desarmar um terrorista é ir até ele e dar-lhe um caloroso abraço – pois você está perto demais para que ele o alveje. Se eu amo alguém, certamente vou procurar dar a ele ou a ela o melhor presente que eu possa imaginar. Isso significa compartilhar as boas-novas do Evangelho.

 
Irmão André e Al Janssen. Cristãos Secretos, o e acontece quando mulçumanos se convertem a Cristo. Ed. Vida.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Caio Fábio protesta: Sistema de Censura do Facebook. Crítica a alguns Gays insanos


Uns cálculos malucos

          Se um anjo matou 185 mil do exército de Senaqueribe como descrito em 2Rs19:35, quanto mais poderiam fazer as 12 legiões de anjos que o Pai teria enviado a Jesus se Ele pedisse, (Mt26:53)?!
          Façamos uns cálculos “malucos”: uma legião tinha 6.000 homens; doze legiões são 72.000, se cada anjo é capaz de aniquilar a 185.000 em uma só noite, Jesus teria à Sua disposição um potencial para destruir 13.320.000.000 de pessoas num instante; mais que o dobro da população atual do planeta e 60 vezes mais que a população dos tempos de Jesus.
           Na verdade, não foram cravos que mantiveram o nosso Senhor na cruz, mas, sim, Seu Amor sem limites por você e por mim.
 
Neil Rees. Nem tudo o que há em nossas Bíblias foi inspirado por Deus. Ed Horizontes Brasil.