quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Graça Preciosa

A graça barata é a inimiga mortal de nossa Igreja. A luta trava-se hoje em torno da Graça preciosa.
Graça barata é a graça como refugo, perdão malbaratado, consolo malbaratado; é a graça como inesgotável tesouro da Igreja, distribuído diariamente por mãos levianas, sem pensar e sem limites; a graça sem preço, sem custo.
Graça barata significa a graça como doutrina, como princípio, como sistema; significa perdão dos pecados como verdade geral, significa o amor de Deus como conceito cristão de Deus. Quem O aceita já tem o perdão de seus pecados. A Igreja participa da graça já pelo simples fato de ter essa doutrina da graça. Nesta Igreja, o mundo encontra fácil cobertura para seus pecados dos quais não tem remorsos e não deseja verdadeiramente libertar-se. A graça barata é, por isso, uma negação da Palavra Viva de Deus, negação da encaração do Verbo de Deus.
Graça barata significa justificação do pecado, e não do pecador. Como a graça faz tudo sozinha, tudo também pode permanecer como antes. O mundo continua sendo mundo, e nós continuamos sendo pecadores "mesmo na vida mais piedosa". Viva, pois, o crente como vive o mundo, coloque-se em tudo, em pé de igualdade com o mundo, e não se atreva - sob pena de ser acusado de heresia entusiasta! - a ter, sob a graça uma vida diferente da que tinha sob o pecado.
A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, é o batismo sem a disciplina comunitária, é a Ceia do Senhor sem confissão dos pecados, é a absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem discipulado, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo vivo, en
encarado.

A Graça Preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o ser humano sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para cuja aquisição o comerciante se desfaz de todos s seus bens; o senhorio régio de Cristo, por amor do qual o ser humano arranca o olho que o faz tropeçar; o chamado de Jesus Cristo, pelo qual o discípulo larga suas redes e O segue.
A Graça Preciosa é o Evangelho que se deve procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater.
Essa Graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é Graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao ser humano, e é Graça por, desta forma, lhe dar vida; é preciosa por condenar pecado, e é Graça por justificar o pecador. Essa Graça é sobretudo preciosa por ter sido preciosa para Deus, por ter custado a Deus a vida de Seu Filho - "vocês foram comprdos por preço". A Graça é preciosa sobretudo porque Deus nao achou que Seu Filhofosse preço demasiado caro para pagar pela nossa vida, antes o deu por nós. A Graça preciosa é a encarnação de Deus.
A Graça Preciosa é a Graça como santuário de Deus, que tem que ser preservado do mundo, não lançado aos cães; e por isso é Graça como Palavra Viva, a Palavra de Deus que Ele próprio pronuncia de acordo com Seu beneplácito. Chega até nós como gracioso chamado ao discipuldo de Jesus; vem como Palavra de perdão ao espírito angustiado e ao coração esmagado. A Graça é preciosa por obrigar o indivíduo a sujeitar-se ao jugo do discipulado de Jesus Cristo.
As palavras de Jesus: "O Meu jugo é save e o Meu fardo é leve" são expressão da GRAÇA.

Dietrich Banhoeffer. O discipulado. Ed Sinodal.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O alicerce da casa

A nossa casa é a nossa própria vida, pois somos um espírito que possui uma alma e habita num corpo. Onde está alicerçada a nossa vida? Sobre que verdades firmamos nossos pensamentos e sentimentos?
Jesus é a Verdade Eterna. Ele foi o único a afirmar ser o Filho de Deus e o doador da Vida Eterna. Ele disse: “Passará o céu e a terra, porém as Minhas palavras não passarão.” (Mt24:35). “Quem crê em Mim tem a Vida Eterna.” (Jo6:47). Jesus revolucionou a história. A Sua vinda quebrou a história em antes e depois d’Ele.
Se precisamos fundamentar nossas vidas, tem de ser em Jesus. E precisamos, porque só Ele dá sentido a vida. Somente Jesus pode perdoar pecados, dar propósito a vida, trazer a Paz que nosso coração anseia, e nos dar poder à vida. “Mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber os que crêem no Seu nome,” (Jo 1: 12).
Neste momento, não vou detalhar cada um destes pontos. Quero falar sobre a Obra Vicária, o Sacrifício da Cruz.
O homem foi criado para viver em comunhão com Deus, mas, por seu obstinado egocentrismo, escolheu seguir seu próprio caminho, e a comunhão foi interrompida. E o resultado maior disto é o vazio no coração do homem que o faz buscar de várias formas a Paz e a Alegria que só existe em Deus.

Porque Jesus morreu na cruz?

Jesus, sendo Deus, voluntariamente Se fez homem para, passando pela morte da cruz, nos reconciliar com Deus. Ele, sendo Justo e Santo, sem cometer pecado Se fez pecado em nosso lugar para pagar o preço de nosso resgate e nos proporcionar a Vida Eterna.
“Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-Se à destra de Deus. (Hb10:12). “Jesus Se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de Deus e Pai.” (Gl 1:4).

Seu Sacrifício era realmente necessário?

Todos os sacrifícios estabelecidos por Deus antes da vinda de Jesus não eram capazes de livrar o homem de seus pecados. Eles apenas eram cobertos diante de Deus e anualmente tinham de ser renovados. Mas Cristo, sendo o Cordeiro Perfeito, sem mancha e sem ruga, sem ter pecado, entregou-Se, voluntariamente, por nós e apagou, cancelou o escrito de dívida que era contra nós. Por isso, “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus,” (Rm 8:1).
“Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.” (Hb10:14). Porque “não há Salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual podemos ser salvos,” (At 4:12).

Qual a atitude de Jesus em relação à cruz?

Jesus não Se importou com a injustiça que Lhe estava sendo feita. Afinal, todos os que morriam na cruz eram réus, eram culpados de crimes e Ele não havia cometido nenhum pecado. Mas a suportou, por Amor de nós, para pagar o preço do nosso pecado, nos resgatar da morte para que vivamos em comunhão com o Pai. Abrindo o único caminho para que possamos desfrutar das maravilhas de sermos membros de Sua família, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Ele. “O autor e Consumador de nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do Trono de Deus,” Hb12:2

Qual nossa atitude em relação à cruz?

Deus nos deu o livre arbítrio, ou seja, o direito de escolha. “Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal... escolhe, pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, dando ouvidos à Sua voz e apegando-se a Ele; pois disto depende a tua vida,” (Dt 30: 15 e 19, 20).
“Crê no Senhor Jesus,” no Seu Ato de Justiça, “e será salvo tu e tua casa,” (At16:31).

Nós o abençoamos com o Amor de Deus,
Denise Gaspar - 05-11-2006.

sábado, 6 de novembro de 2010

A vida na Graça - vídeo

"Quem sabe que não tem na vida tudo para dar a Deus, tem que aprender a dar tudo o que tem."
"A religião é que ensina que a gente tem que pagar tudo..."
"Quando a gente trata a vida com Misericórdia, Deus trata a gente com Misericórdia"

domingo, 24 de outubro de 2010

Adoração











“Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo”, (Jo 12:3).


Lendo o livro de João e não só este capítulo, vemos que Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Reunia-se com eles e partilhavam bons momentos em Sua companhia e aprendiam com Seus ensinamentos. Quando Lázaro adoeceu, suas irmãs mandaram chamar Jesus, reconheciam n’Ele o Amigo, o Mestre, o Socorro bem presente e o Único que tinha Poder para curar os enfermos. E Jesus, demorando no caminho, quando chega à Betânia já o encontrou morto de quatro dias.

Jesus sabia que Lázaro morreria, mas também sabia que a maravilha que ia operar, seria muito maior da que pensavam que poderia fazer e esperavam d’Ele. Por isso, ao receber o recado, disse aos Seus discípulos: “Essa enfermidade não é para morte, mas para a Glória de Deus”.

Ao chegar, em Betânia, encontrou Marta e Maria tristes pela morte de seu irmão e ambas, separadamente, mostraram-se decepcionadas e tristes por Jesus não ter chegado a tempo de curar Lázaro. Elas criam no poder de Jesus, mas para elas, esse era limitado apenas à cura. Ambas Lhe disseram: “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido”. Sugerindo que Ele chegara atrasado e, por isso, estava impossibilitado de agir.

Jesus não as repreendeu por sua fé limitada e nem as puniu por isso. Mesmo sabendo a maravilha que realizaria e a alegria que dela repercutiria, Ele se entristeceu pela dor e pela tristeza de seus amados. Jesus sofre com o nosso sofrimento, e Se entristece por nós e conosco. Ele comoveu-Se com sua dor e chorou por sua fé tão limitada.

Mas não ficou chorando, Ele agiu com Amor e Poder intervindo naquela situação de angústia e dor dando um basta e restituindo o que fora perdido. Sempre que necessitamos e O buscamos Ele nos socorre. Mesmo que as circunstâncias sejam terríveis e estejamos mortos e cheirando mal; mesmo que nossa fé seja limitada Ele não nos nega Sua ação, seu Poder, Seu Amor. E nossa fé sempre será pequena, porque andamos de fé em fé, crescendo espiritualmente, buscando a estatura de varões perfeitos. Por isso temos de nos alimentarmos com a verdadeira comida espiritual, a Sua Palavra.

Os relatos bíblicos nos mostram que desde que conhecera Jesus, Maria esteve atenta aos Seus ensinamentos, saboreava Suas Palavras mais doces que o mel e mais valiosas que o puro ouro refinado. Reconhecia-O como Senhor, como Mestre e como Filho de Deus, mas até a restituição de Lázaro, por mais que não pensasse ou dissesse, ela O via limitadamente. Devia pensar, confiante: “Ele é o Filho de Deus, faz milagres...tem poder... Ele é o Mestre, nos traz ensinamentos e palavras edificantes e de Paz”. Mas quando viu Lázaro morto de quatro dias e cheirando mal, deve ter pensado desalentada: “... agora Ele não pode fazer mais nada, o Seu Poder parou frente à morte”. Muitos de nós, frente a certas situações, pensamos assim. Mas Ele venceu a morte.

Jesus diante daquela situação, aparente e humanamente final, sem volta, disse: “EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRÊ EM MIM, AINDA QUE MORTO VIVERÁ...”. Àquelas áreas de nossa vida ou àquelas pessoas que amamos e estão mortas em seus delitos Jesus diz: “EU SOU O QUE SOU; EU SOU O CAMINHO, E A VERDADE E A VIDA; EU SOU A RESSURREIÇÃO; BASTA BEBER DA ÁGUA QUE EU LHE DER E NUNCA MAIS TERÁ SEDE; QUEM CRER EM MIM, COMO DIZ A ESCRITURA, DO SEUS INTERIOR FLUIRÃO RIOS DE ÁGUA VIVA.

A Vitória está em crer n’Ele, não há o que Ele não possa fazer. Ele é o Todo Poderoso.

Quando chegamos ao cap 12 e vemos Maria derramar o bálsamo, podemos entender o seu gesto profundo que pelos princípios naturais não podemos entender. Talvez disséssemos, como Judas, que fora um desperdício ou que não era necessário ou até que deve ter atrapalhado a ceia, interrompendo a conversa e pondo a casa com o cheiro muito forte de perfume.

Assim como Marta, que por amor e gratidão preparou a melhor ceia que lhe fora possível, tendo todo o esmero e capricho em dar o seu melhor a Jesus, o seu Senhor, Maria demonstrou gratidão profunda e de reconhecimento de que Aquele verdadeiramente era o Filho de Deus, o Todo Poderoso, e em ato de adoração derramou sobre Seus pés o que tinha de melhor, o bálsamo, perfume agradável às Suas narinas e num reconhecimento de suas próprias limitações, e de que sendo pó, estava diante do Messias e do Seu Salvador, então, enxugou Seus pés com seus cabelos, o seu véu natural.

O Senhor quer que sejamos adoradores em espírito e em verdade, e quer receber de nós o bálsamo, o perfume agradável de nossas orações. Por isso o Espírito Santo, através de Paulo, nos convoca: “Orai sem cessar”. E o Senhor Jesus, em Lucas 18:1 nos alerta sobre “o dever de sempre orar e nunca esmorecer”.


Denise Gaspar – 27-02-2001

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O pecado do desespero

Se a fé, para ser viva, depende da esperança, então o pecado da descrença evidentemente é sustentado pela desesperança. Geralmente, diz-se que o pecado tem origem no fato de o ser humano querer ser como Deus. Mas isso é apenas um aspecto do pecado. O outro aspecto dessa soberba é a falta de esperança, a resignação, a indolência e a tristeza. Dela provêm o abatimento e a frustração que contaminam tudo o que é vivo com os germes de um doce apodrecimento. No Apocalipse de João, (21:8), citam-se entre os pecadores, cujo futuro é a morte eterna “os desalentados” antes dos descrentes, dos idólatras, dos homicidas e de outros. Na Carta aos Hebreus, a apostasia da esperança viva, manifestada como desobediência à promessa em meio à opressão e como separação do povo de Deus em peregrinação, é o pecado que ameaça os cristãos em seu caminho. Nesse caso, a tentação não consiste tanto em querer ser, à maneira dos titãs, como Deus, mas na fraqueza, no desânimo, no cansaço de não querer ser o que Deus pensa que podemos ser.

Deus elevou o ser humano e concedeu-lhe perspectivas de liberdade e amplidão, mas o ser humano fica pra trás e se recusa a acolher a perspectiva. Deus promete uma nova criação de todas as coisas em justiça e paz, mas o ser humano faz e age como se tudo permanecesse como sempre foi. Deus o faz digno de Suas promessas, mas o ser humano não confia naquilo que lhe é proposto. Este é o pecado que mais profundamente ameaça o crente. Não o mal que ele faz, mas o bem que deixa de fazer; não são as suas más ações que o acusam, mas as suas omissões. Elas o acusam de falta de esperança; pois os assim chamados pedados de omissão se fundamentam todos na desesperança e na pouca fé.


A desesperança pode tomar duas formas: ela pode ser presunção, mas pode transformar-se também em desespero. Ambas são formas do pecado contra a esperança. A presunção é uma antecipação inoportuna, arbitrária, do cumprimento daquilo que se espera de Deus; o desespero é a antecipação inoportuna, arbitrária, do não cumprimento do que se espera de Deus. Ambas as formas destroem o caráter do peregrino.


Jürgen Moltmann, “Teologia da Esperança, ed. Loyola.

domingo, 3 de outubro de 2010

Jesus revela a GRAÇA a Nicodemos

Um dia Nicodemos, um homem muito importante entre os religiosos judeus, tomou uma decisão e foi procurar Jesus. Mesmo estando disfarçado Jesus o reconheceu e não o desprezou e pôs-Se a ensinar-lhe sobre a GRAÇA.

Jesus disse a Nicodemos: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem, [Ele mesmo]. E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que n’Ele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.
“Quem n’Ele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a Luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a Luz e não se chega a Luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a Verdade aproxima-se da Luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.” Jo 3: 13 a 21.

Jesus estava dizendo:
“Olha, Nicodemos, o Deus Criador de todas as coisas, Aquele que detêm todo o Poder, Amou aos homens de tal maneira que não Se poupou a Si mesmo para resgatá-los da escravidão do pecado. Não poupou a Seu Filho a quem enviou para pagar o preço deste resgate. Esse preço, Nicodemos, será pago na cruz quando Eu for levantado ali e, derramando todo o Meu Sangue, Me oferecer como o Cordeiro sem pecado e sem manchas para cancelar a dívida que é contra cada homem. Porque não há nenhum que não tenha pecado. E todo aquele que crê em Mim e crer na suficiência do Meu Sacrifício, esse terá a Vida Eterna. Esse não será julgado.

“Nicodemos, o julgamento é o seguinte: todo homem tem o direito de crer ou não crer em Mim. Mas alguns escolheram amar a sua própria vida, amar a sua posição social, amar ao seu dinheiro, preferiram amar aos seus atos pecaminosos a entregar-se ao Amor Libertador de Deus. Eles se escondem de Deus pensando que a sua opção não será conhecida. Estes, Nicodemos, já estão julgados por sua própria escolha.

“Mas existe um outro grupo de pessoas: que decidiu praticar a Verdade. Nicodemos, a Palavra de Deus, a Palavra que Eu tenho ensinado, esta é a Verdade. E ao praticar a Verdade essas pessoas se aproximam cada vez mais de Deus por duas razões:
1ª - não têm do que se envergonhar, por isso não tentam se esconder de Deus;
2ª - elas se reconhecem dependentes de Deus, porque sabem que suas obras só podem ser praticadas se o Espírito de Deus as capacitar.”

Por isso, (ponha o seu nome aqui) , tome a sua decisão. Eu consumei tudo lá na cruz, há dois mil anos. Já paguei o preço do resgate, já comprei a sua liberdade, para ser livre e feliz basta você crer. Eu Amo você com Amor Eterno, por isso hoje o convido a cear comigo.” Ass. JESUS CRISTO, O SALVADOR.
A GRAÇA seja sobre você,
Denise Gaspar

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


De: Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo.


Para: Filemom, nosso amado e cooperador e também à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa: Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.


Querido Filemom, dou sempre graças ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações.


Minha gratidão a Deus por tua vida aumenta sempre que ouço do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo, e para com todos os filhos de Deus.


Assim, Filemom, minha oração a Deus é para que a vivência da tua fé expresse eficazmente o conhecimento de todo o bem que há em Cristo Jesus em nosso favor.


Minha alegria cresce em gozo e consolação quando sei do teu amor pelos irmãos, porque por ti, querido Filemom, a afetividade de muitos têm sido refeita.


Ora, mesmo sabendo qem sou para ti, quem és para mim e para os irmãos, e, sobretudo, sabendo de teu amor verdadeiro para com o Evangelho—ainda que eu tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que te convém—todavia, preferi fazer-te um pedido de amor.


Sim! Peço apenas por amor, e não fundado em minha autoridade pessoal, mesmo que eu seja quem sou: Paulo, o velho batalhador do Evangelho, e também agora até prisioneiro por amor a Jesus Cristo.


Sim, meu amado irmão, peço-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões.


Ele nasceu no cárcere que hoje me prende, mas que não prende a Palavra de Deus.


Tenho consciência do que aconteceu entre vós.


Sei também que noutro tempo Onésimo te foi inútil—aliás, negando o significado de seu próprio nome, que significa “útil”—, mas agora ele aprendeu a fazer jus ao próprio nome, e tornou-se útil a mim e poderá ser muito útil a ti também.


Informo-te que o estou enviando de volta a tua casa. Peço que o recebas como se nele estivessem as minhas próprias vísceras. Recebe-o como se fosse a mim que acolhesses.


E assim faço, não porque eu não precise dele. Ao contrário, eu bem quisera conservá-lo comigo, para que em teu lugar me servisse nas minhas prisões por causa do evangelho.


Eu, todavia, nada quis fazer sem o teu consentimento, para que o teu gesto seja espontâneo e não o fruto do constrangimento e nem seja realizado com parcimônia.


Tu sabes que tais coisas tornam-se benefícios espirituais apenas quando o coração é voluntário no que faz.


Minha convicção é que o que aconteceu entre ti e ele carrega um desígnio maior. De fato, creio que bem pode ser que ele tenha sido separado de ti por algum tempo a fim de que o tivesses para sempre.


Agora, obviamente, já não é como escravo, conforme as leis romanas, mas como alguém que é muito mais que servo. Envio Onésimo a ti como irmão amado, particularmente de mim, e com muito maior razão de ti—pois, não há mais nenhuma discriminação, seja na carne...seja no SENHOR!


Assim, meu querido irmão, se me tens por companheiro, recebe-o como se fosse a mim mesmo.


E, se te causou algum dano, ou se te deve alguma coisa, põe isso tudo em minha conta.


E lembra-te de quem está te solicitando tudo isto.


Sim! Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi.


Eu pagarei tudo!


Isto para não te lembrar que no Evangelho tu deves a tua vida a mim.


Sei que posso te dizer tais coisas, pois tens a mente de Cristo.


Sei também que muito me regozijarei de ti no Senhor pelo entendimento que tens em Cristo acerca do que te solicito. Assim, pois, recreia as entranhas do meu ser com teu amor e com o teu afeto, fazendo-me este bem no Senhor.


Escrevi tudo isto confiado na maturidade de tua consciência, pois tua obediência ao Evangelho fará com que faças ainda mais do que estou pedindo.


Peço-te também que me prepares pousada, porque espero que pelas vossas orações eu hei de ser entregue aos cuidados do vosso amor para comigo.


Saudações de Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo Jesus. Também Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores, te mandam abraços fraternos.


A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito.


Amém.

sábado, 31 de julho de 2010

Jesus, o Deus Todo Poderoso

“Ele, Jesus, nos libertou do império das trevas
e nos transportou para o Reino do Filho do Seu Amor,
no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.
Ele É a imagem do Deus invisível,
o primogênito de toda a criação;
pois, n’Ele, foram criadas todas as coisas,
nos céus e sobre a terra,
as visíveis e as invisíveis, sejam tronos,
sejam soberanias, quer principados,quer potestades.
Tudo foi criado por meio d’Ele e para Ele.
Ele É antes de todas as coisas.
N’Ele tudo subsiste.
Ele É a cabeça do corpo, da igreja.
Ele É o princípio, o primogênito de entre os mortos,
para em todas as coisas ter a primazia,
porque aprouve a Deus que, n’Ele, residisse toda a plenitude
e que havendo feito a Paz pelo Sangue da Sua cruz,
por meio d’Ele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,
quer sobre a terra, quer nos céus.
E a vós outros também, que outrora, éreis estranhos
e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas,
agora, porém, vos reconciliou no corpo da Sua carne,
mediante a Sua morte,
para apresentar-vos perante Ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,
se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes,
não vos deixando afastar da esperança do Evangelho
que ouviste que foi pregado a toda criatura debaixo do céu”.
Colossenses 1: 13 a 23.


Jesus não é mais um falso deus, não é um qualquer, nem um pobrezinho.
Jesus É o Deus Todo Poderoso, Criador dos céus e da terra e de tudo o que neles existe. Sem Ele nada teria sido feito.
Ele possibilitou nossa reconciliação com o Pai. Sem Ele não tínhamos e não temos como ter acesso ao Deus de Amor.
Ele tem Todo Poder para transformar água em vinho, vida em morte, maldição em bênção.
Ele é o Maior Revolucionário transformando todas as coisas e corações e trazendo a existência o que não existe como se sempre tivesse existido.

Parabéns!

Jesus hoje convida você a entregar-se em Suas mãos.
Ele convida você a uma vida de aventuras e vitória.
Basta crer!

Denise Gaspar – 02-01-2007.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O que ofertar a Deus

Quem não tem a perfeição para oferecer a Deus,
oferece um coração cheio de amor!!!

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável... Porque sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compugido e contrito, não o desprezarás, ó Deus."
Sl 51: 10 e 17

sábado, 19 de junho de 2010

Toda a graça é concedida pela fé

Se fôssemos entrar num acordo a respeito da palavra “fé”, descobriríamos que toda a graça que Deus dá aos homens é concedida pela fé. A fé é tão essencial, que Deus não concederá graça por nenhum outro motivo. Por que muitas pessoas parecem ser muito obedientes e dispostas a fazer o bem, mas não recebem muito da graça divina? Precisamos observar que, no plano de redenção traçado por Deus, existem quatro princípios básicos:

1 – A obra de Cristo. O primeiro passo é termos a redenção consumada por Cristo. Por meio da morte e da ressurreição, Jesus efetuou a obra de redenção por nós.

2 – A Palavra de Deus. Por Sua Palavra, Deus nos diz o que fez por nós, homens. A Palavra de Deus divulga as boas novas concernentes à obra consumada por Cristo.

3 – Os homens crêem a Palavra de Deus. Cremos na Palavra de Deus e não na de Cristo. A obra de Jesus satisfez o coração de Deus, pois Ele realizou o que Deus havia planejado. Confiamos na obra de Cristo, mas cremos na Palavra de Deus, porquanto, sem ela, não podemos colocar nossa confiança na obra de Cristo. Sem a Palavra de Deus, não temos conhecimento da obra de Cristo. Por isso, crer na Palavra de Deus é confiar na obra de Cristo.

4 – O Espírito Santo opera, nos crentes, a obra consumada de Cristo. Quando a Bíblia menciona o Espírito Santo, enfatiza a comunhão do Espírito, pois é Ele quem canaliza a obra consumada por Cristo até nós e nos conduz à verdade divina. Verdade é a realidade, ou seja, realidade espiritual. A concepção bíblica de verdade é dividida em duas partes: (a) a verdade aponta para Cristo e para o que Ele realizou, pois diz Ele: “Eu Sou a Verdade”, (Jo14:6); (b) a verdade aponta para a palavra de Deus, pois Cristo também declara: “a Tua (de Deus) Palavra é a Verdade”, (17:17). O Espírito Santo é o Espírito da Verdade. É Ele quem faz com que entremos na presença de Cristo e participemos de tudo que Cristo realizou por nós. Além disso, é Ele quem torna a palavra de Deus verdadeira em nossa vida.

Sendo este o plano de redenção traçado por Deus, ninguém pode receber nada sem fé. Embora Cristo tenha consumado todas as coisas, e a Palavra de Deus tenha testificado disso, o Espírito Santo nada poderá fazer, e nós não receberemos nada se não crermos.

W. Nee. Vida cristã equilibrada.

domingo, 6 de junho de 2010

O segredo para a VITÓRIA

Troque os valores do seu entendimento pelos valores de Deus e seja vitorioso. É importante dizer que essa troca só é possível pela ação do Espírito Santo. Entregue o seu caminho, o seu coração a Deus e tudo mais Ele fará. Ele fará tudo o que for preciso para conduzi-lo em triunfo. Ele lhe dará um novo coração e um novo entendimento e isso lhe proporcionará a Vitória.
Jesus disse: “tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. Essa não é uma palavra de ânimo, de esperança, mas uma palavra de certeza e de vitória. É uma afirmação: “Confie. Eu venci o mundo para que você tenha a Vitória. Se Eu venci você, estando em Mim, também vencerá o mundo”.
Ele venceu para lhe conceder a Vitória.
A nossa Vitória depende inteiramente d’Ele, do Seu Amor, do Seu Sacrifício e a Sua Graça. Para a Vitória é preciso que você esteja firmado n’Ele. Ou seja, com nossa fé firmada n’Ele e em Sua Palavra podemos vencer o mundo porque n’Ele somos mais que vencedores. Se estamos firmados n’Ele não há hipótese de fracasso, só existem duas opções: Vencer ou Vencer!
Se Ele venceu, eu posso, e você pode, unido a Ele, vencer o pecado porque quando estou n’Ele o pecado não tem domínio sobre mim. E essa é a maior, ou, a única, luta que verdadeiramente enfrentamos. A luta contra o pecado. E pecado não é a quebra de um código moral. Pecado é o distanciamento de Deus. Estar afastado de Deus é estar em pecado independente de nossos atos neste mundo. Todos os problemas são formados deste distanciamento. Diz a palavra que o salário do pecado é a morte, ou seja, sua conseqüência é a morte.
O Seu Sacrifício é que rompeu a barreira entre nós e Deus. Rasgou-se o véu que fazia a separação entre o homem e Deus. O Sacrifício de Jesus rompeu o peso do pecado que era sobre nós e não nos permitia nos achegarmos à Presença de Deus. Agora temos acesso à intimidade de Deus. Pelo Sangue de Jesus temos livre acesso à Sala do Trono. Pelo Sangue de Jesus temos liberdade para nos aconchegarmos na Presença do Pai. O Sangue de Jesus é o segredo da Vitória.


HÁ PODER NO SANGUE DE JESUS!!!

“AGRADE-SE DO SENHOR, E ELE SATISFARÁ OS DESEJOS DO SEU CORAÇÃO. ENTREGUE O SEU CAMINHO A JESUS, CONFIE N’ELE, E O MAIS ELE FARÁ”, (Sl 37: 4 e 5).

Receba o Amor e a Paz de Deus em nome do Senhor Jesus,

Denise Gaspar – 14-10-2006.

domingo, 30 de maio de 2010

Na angústia, clame!

SALMOS 25
A Ti, Senhor, elevo a minha alma.
Deus meu, em Ti confio; não seja eu envergonhado;
não triunfem sobre mim os meus inimigos.
Não seja envergonhado nenhum dos que em Ti esperam;
envergonhados sejam os que sem causa procedem traiçoeiramente.
Faze-me saber os Teus caminhos, Senhor; ensina-me as Tuas veredas.
Guia-me na Tua Verdade, e ensina-me;
pois Tu és o Deus da minha Salvação; por Ti espero o dia todo.
Lembra-Te, Senhor, da Tua compaixão e da Tua benignidade, porque elas são eternas.
Não Te lembres dos pecados da minha mocidade, nem das minhas transgressões;
mas, segundo a Tua misericórdia, lembra-Te de mim,

pela Tua bondade, ó Senhor.
Bom e reto é o Senhor; pelo que ensina o caminho aos pecadores.
Guia os mansos no que é reto, e lhes ensina o Seu caminho.
Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade
para aqueles que guardam o Seu pacto e os Seus testemunhos.
Por amor do Teu nome, Senhor, perdoa a minha iniqüidade, pois é grande.
Ao homem que teme ao Senhor, Ele o ensinará no caminho que deve escolher.
Ele permanecerá em prosperidade, e a sua descendência herdará a terra.
A intimidade do Senhor é para aqueles que O temem,
aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança.
Os meus olhos estão postos continuamente no Senhor, pois Ele tirará do laço os meus pés.
Olha para mim, e tem misericórdia de mim, porque estou desamparado e aflito.
Alivia as tribulações do meu coração; tira-me das minhas angústias.
Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados.
Olha para os meus inimigos, porque são muitos e me odeiam com ódio cruel.
Guarda a minha alma, e livra-me; não seja eu envergonhado, porque em Ti me refúgio.
A integridade e a retidão me protejam, porque em Ti espero.
Redime, ó Deus, a Israel de todas as suas angústias.

Amado (a) de Deus,

Jesus disse: Eu Sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” Jo 14:6.
Ele é o Deus da nossa Salvação, e a Sua Aliança é com todos os que O reconhecem como o Filho de Deus e reconhecem que o Seu sacrifício é único e suficiente para perdão do pecado.
“A todos quantos O receberam deu-lhes o Poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus”, Jo 1: 12 e 13.
Todos os que se voltam para Ele O encontram porque Jesus tem prazer em Se revelar a nós. “Buscar-me-ás e Me acharás quando Me buscares de todo o teu coração,” Jr 29: 13.

Há uma promessa:
“Respondeu Jesus: Se alguém Me ama, guardará a Minha Palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para Ele e faremos nele morada”, Jo 14:23.
Se Jesus e o Pai vêm morar em nós quão grandes serão os livramentos. Qual o inimigo chegará perto de nós? Quem ousará tocar na menina dos olhos do Senhor?
Quem entrega a sua vida a Jesus só tem duas opções na vida: vencer ou vencer. Porque Ele é o Vencedor! E faz de nós mais que vencedores.

Denise Gaspar – 05-11-2006.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O AMOR DE CRISTO EM NÓS

Fomos chamados para viver em Amor. Fomos chamados para viver uma vida separada, santa, e digna. Tendo como referencial e modelo a vida de Jesus. Para sermos seus imitadores. Vivendo em Amor e Graça diante de Deus e dos homens.
“Deus é Amor, e aquele que permanece no Amor permanece em Deus, e Deus n’Ele”, 1 Jo 4:16.

Paulo nos alerta para que “andemos do modo digno com que fomos chamados, com toda humildade, e mansidão, com longanimidade, suportando-nos uns aos outros em Amor; esforçando-nos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, Ef 4: 1-3. O autor de Hebreus nos convoca: "seja constante o Amor fraternal”, Hb 13:1. E, novamente Paulo diz: “o Amor seja sem hipocrisia”, Rm 12 :9.

Na carta aos Coríntios, Paulo nos mostra que todas as boas obras, todos os dons não são nada se não tivermos e não vivermos o Amor de Cristo revelado em nossos corações. O Amor, que vem do coração de Deus, “é paciente, benigno; não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça; mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, 1Co 13: 4-7.

Movidos pelo Amor não falamos mal de nossos irmãos, Tg 4:11; nem nos queixamos dele, Tg 5: 9; não nos indignamos nem nos iramos com suas faltas, mas o cobrimos com perdão, Mt 6:24; e nos lembramos constantemente dele em nossas orações, 1Ts 5:17.

Sabemos que o Autor da Bíblia é o próprio Deus. Sabemos, portanto, que a convocação para vivermos em Amor, sendo imitadores de Cristo, não é poesia, nem retórica. Sabemos que Deus nos capacita dia a dia, através de Seu Espírito, a sentirmos, pensarmos, agirmos e falarmos segundo Sua boa, perfeita e agradável vontade.

Podemos, então, ouvir Jesus nos dizer: “O Amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o Amor", Rm 13: 10. “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes Amor uns pelos outros”, Jo 13: 35.

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento”, Mt 22: 37 e 38. E, disse mais, “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que vos ameis uns aos outros”, Jo 13: 35.

Duas vezes diz: “que vos ameis uns aos outros”. Vivamos o Evangelho de Cristo.

Dirija-se a um irmão com quem você nunca falou, ou a um irmão com quem você deixou de falar, abrace-o, adote-o em oração, disponha-se, diante de Deus, a cobri-lo com seu Amor.

Receba o Amor de Deus através do Senhor Jesus e dê o Amor de Cristo de presente!!!
Jesus o abençoe e o guarde, que nesta hora e a cada dia renove a unção de Amor que Ele já lhe concedeu.

Denise Gaspar – 09-12-2003.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Que tal uma Aliança?

Jesus convida:
“Vinde a Mim, todos vocês
que estão cansados e sobrecarregados,
e Eu os aliviarei.
Tomai sobre vocês o Meu jugo
e aprendam de Mim,
porque Sou manso e humilde de coração;
e acharão descanso para sua alma.
Porque Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve”.
Mt 11:28 a 30.

Esse é um texto bíblico muito conhecido. Não é retórica nem uma frase de efeito.
O Deus Criador, Aquele que detém Todo Poder e Toda Autoridade em Suas Mãos, vê nossas vidas, nossos sofrimentos e angústias e nos convida a nos aliançarmos com Ele.
Ele está dizendo: “Eu tenho Poder para tirar esse peso de suas costas”.
Ele está Se apresentando: “Eu Sou manso e humilde de coração”, ou seja, Ele não está convidando ninguém para viver com um deus punitivo e violento, mas perdoador e que conhece nossas limitações porque nos criou e Se fez um de nós.
Ele não está omitindo nada, está dizendo que a caminhada com Ele tem um jugo e um fardo, mas que esses não nos farão sofrer. O Seu jugo é suave e o Seu fardo é leve. E sabe por que? Porque Ele nos ajuda a carregar. É Ele quem nos sustenta e nos conduz no caminho. É Ele quem nos capacita a andar pela estrada estreita.
Ele nos conduz em triunfo eterno.


Aleluuuuia!!!!!


O dia do Senhor é hoje. O ontem já passou e não temos como altera-lo. O amanhã nós não sabemos se o viveremos. Mas, hoje podemos mudar o curso de nossa história. Com Ele, daqui pra frente, é vitória pós vitória. E a cada luta... vitória!!!!!
Aceite o Seu convite, entregue o seu coração. Diga:
“Jesus, abro o meu coração ao Seu Senhorio, cubra-me com Seu Sangue e glorifica o Seu nome em minha vida, amém”.
Parabéns!

Estamos orando por você. Receba a bênção de Deus, em nome de Jesus.

Denise Gaspar 16-01-2007

terça-feira, 11 de maio de 2010

Consolação

Deixar a auto-justificação e recorrer a Graça de Deus é, no mínimo, um ato de inteligência!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O objetivo da vida: compaixão

Fazemos planos para cumprir o que achamos ser o propósito de nossa vida (inevitavelmente limitado), e quando a locomotiva de nossos anseios sai dos trilhos, consideramo-sos um fracasso. Aqui vai um exemplo: aluguei um escritório aqui em Nova Orleans. Por quê? O objetivo era muito claro, ou seja, ficar sozinho e longe de interpretações para poder escrever um livro. Durante três meses me vi incapacitado pela falta de idéias. A cada dia a pressão interna aumentava, e a tensão ia se acumulando. Sentindo-me frustrado, certo dia fui dar uma volta dentro do condomínio. Johnny, um senhor do oitenta anos, impossibilitado de dirigir e mal conseguindo andar, me chamou:
- Oi, filho, você me faria uma favor?
- que favor?
- Você iria ao mercado para mim?
E assim começou um ritual que aconteceria duas vezes por semana. Eu ia ao mercado para comprar os produtos de sua alimentação: salsichas, pão, refrigerante e uma torta de limão ou chocolate.
Certo dia, enquanto eu orava, o Espírito Santo me sussurrou: A função deste escritório é permitir que você cumpra o propósito de sua vida: gastar tempo orando, amando a Deus de todo o seu coração, de toda a sua mente e com todas as suas forças, e ir ao mercado para Johnny. O livro é um brinde. Então me vieram à mente as palavras de Meister Eckhart, que insistia em dizer que o objetivo da vida espiritual é compaixão.
“Se você se achasse num êxtase tão profundo com aquele de paulo e houvese um homem doente precisando de um prato de sopa, seria melhor você sair do êxtase e, por amor, ir buscar o prato de sopa”.

Brennan Manning. Confiança cega. Ed Mundo Cristão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Conclusão


Em última análise, confiar em Jesus
consiste na obediência ao Seu mandamento:

"Credes em Deus, crede também em Mim", Jo14:1.

domingo, 2 de maio de 2010

O crescimento da fé

“Habite, ricamente, em vós a Palavra de Cristo”, (Cl 3:16).

A fé é um presente que Deus nos dá, mas é como uma plantinha tem que ser tratada para que cresça saudável e possa dar frutos. Então, precisamos conhecer alguns detalhes sobre essa plantinha.

Jesus, através da Bíblia, nos garante que a “fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus”, (Rm 10:17). Algumas traduções dizem “Pregação”, outras, “Palavra”. Sabemos que a “Pregação de Cristo” é a “Sua Palavra” e que Jesus é a Palavra.
Assim sendo, quando vamos ler a Bíblia devemos pedir a Deus que tire as escamas de nossos olhos e que nos abra o entendimento e devemos quebrantar o coração para que possamos conhecer a Jesus.
A Bíblia nos diz ainda que a Palavra “é viva e eficaz, é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”, (Hb 4:12); é a “semente”, (Lc 8:11); que deve ser plantada, quer em tempo oportuno ou não, nos corações, (2Tm 4:2).
É o Senhor quem nos garante: “...assim será a Palavra que sair da Minha boca; não voltará para Mim vazia, mas fará o que Me apraz e prosperará naquilo para que A designei”, (Is 55:11).
Então, para ter fé é necessário “ouvir” a Palavra de Deus.
A Sua Palavra é semente de Vida Eterna. Ele não permitirá que esta semente sendo lançada volte vazia. Mas, ao contrário, uma vez plantada, Ela fará o que Lhe agrada. Ou seja, germinará e brotará no coração em que foi semeada. Gerando fé e confiança no Seu Autor. E prosperará em seus frutos, produzindo a cem por um.
Podemos entender, portanto, que ir ao culto e ouvir as pregações dos pastores nos fazem crescer na fé. Na verdade nos ajudam muitíssimo; mas o que o Senhor nos deixou registrado é muito mais profundo. E exige de nós compromisso.
Quando o Senhor Jesus nos afirma que “a fé vem pelo ouvir”, está dizendo que a fé vem pelo conhecimento dos Seus ensinamentos, das Suas mensagens, da Sua Palavra, o que não se limita ao sermão pastoral. O sermão pode facilitar o entendimento, nos apontar o que não tínhamos percebido ou reforçar nosso entendimento. Contudo o conhecimento dos Seus ensinamentos vem pelo estudo contínuo de Sua Palavra.
A Bíblia é a boca de Deus na terra. Jesus é o Verbo que Se fez carne. Ele é a própria Palavra. Quando estudamos a Bíblia, quando nos aprofundamos na leitura, estamos nos aproximando de Jesus. Conhecendo-O, alimentando-nos da Verdade, nutrimos e fortalecemos nossa fé. Pois, podemos vivenciá-lA e vê-lA se cumprir em nossas vidas.
E quando diz: “e o ouvir pela Palavra de Deus”, está dizendo que o conhecimento vem pelo “dar ouvidos” à Sua pregação. “Dar ouvidos” é muito mais que o ato mecânico e involuntário da audição. Corriqueiramente quando uma pessoa faz o que lhe é aconselhado e é bem sucedida ouve-se dela: “ainda bem que lhe dei ouvidos...”.
“Dar ouvidos” à Palavra de Deus é viver segundo os Seus ensinamentos. O crente deve viver tendo como referencial, como bússola, a Palavra viva e eficaz do Senhor Jesus, vivendo segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade.
Ao dizer, através de Paulo, que a “fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus” o Senhor nos ensina que querendo crescer na fé devemos nos expor ao estudo e ao conhecimento do que nos deixou registrado. O Senhor nos ensina que querendo crescer na fé temos que conhecer Jesus. Temos que conhecer a Palavra. Esse é o primeiro “ouvir” o qual não deve dissociar-se do segundo, ou seja, “o dar ouvidos”, isto é, o viver em comunhão e em obediência.

Jesus diz: “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama”, (Jo 14:21). É o que O ama que terá fé crescente, porque conhece e obedece.
A “fórmula” para o crescimento é: Fé = conhecer + viver de acordo com a Palavra.
Denise Gaspar

terça-feira, 20 de abril de 2010

CONVERSÃO é manter a mente num estado de arrependimento constante, de metanóia, de mudança de mente, que por vezes acontece com dor e outras vezes só pela consciência que vai abraçando o entendimento e vai dando razão a Deus, e vai dizendo... Deus tem razão. Sim! Conversão é crer que a Palavra tem razão sempre; e se ela tem razão eu quero conformar a minha vida conforme a verdade do Evangelho.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A Graça que nos melhora para a vida

Que diferença!

Onde a graça de Deus é omitida, nasce a amargura.

Onde a graça de Deus é abraçada, floresce o perdão.

Quanto mais passeamos no jardim, mais semelhante ao das rosas é o nosso aroma.

Quanto mais imergimo-nos na graça, mais graça concedemos.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Prova definitiva da Ressurreição!!!

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.
Nisto se manifestou o amor de Deus em nós; em haver Deus enviado o Seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio d'Ele.
Nisto consiste o Amor: não em que tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos Amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.
Ninguém já mais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o Seu amor é, em nós, aperfeiçoado.
Nisto conhecemos que permanecemos n'Ele, e Ele em nós: em que nos deu do Seu Espírito.1Jo4:7 a 12.
Disse Jesus:
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos Amei, que também vos ameis uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.Jo13:34,35.

sábado, 3 de abril de 2010

Por que você não ressuscita mortos nessa Páscoa?

A sexta-feira dos judeus começa na quinta-feira às seis da tarde e termina no sábado à mesma hora ao entardecer.
Portanto, na última sexta-feira de vida físico/terrena de Jesus Ele foi traído...
Traído, negado e deixado pelos Seus amigos!...
Assim, do ponto de vista psicológico/relacional da Páscoa de Jesus, tem-se a sexta-feira das traições, negações, abandonos e maus tratos; tem-se o sábado do silencio do Traído, o choro dos negantes e a morte por suicídio de um dos traidores emblemáticos, Judas; e no domingo tem-se o grito do Traído vencendo todas as traições com a força da Ressurreição, que perdoa a todos os cativos da morte; posto que a morte, ou o medo de morrer, sejam os fatores que, associados à inveja, frustração ou qualquer outro sentimento que decorra do medo da morte ou da necessidade de não perder a vida ou a oportunidade da existência — façam as pessoas, por caminhos diversos, traírem, negarem ou fugirem do amor antes confessado.
Assim, se a Páscoa nos fala da Libertação da morte e do medo de morrer, bem como nos anuncia a vitória da Ressurreição sobre as garras da morte, do mesmo modo nos fala de nós mesmos; sim, do nosso poder de negar e de trair; bem como do nosso poder de ressuscitar mortos pela via do perdão.
Quem nunca foi traído por algum amigo ou por vários deles?
Eu, no que me concerne, de um modo ou de outro, já fui traído muitas vezes, e pelos melhores amigos; amigos que ainda hoje me são os melhores amigos pelo poder da Ressurreição.
Sim, pois Perdão é Ressurreição!
No Evangelho Perdão é o poder que Ressuscita os que se suicidaram ante os nossos olhos, ou que nos traíram quando antes nos confessavam apenas amor.
Praticamente nunca tive amigos que leve ou pesadamente não me tenham traído!
Por vezes é algo involuntário, que não visa atingir a você, mas apenas salvar a própria pele...
Por vezes são traições deliberadas, mesmo que aquele que trai pense que somente faz aquilo porque você já não está mais no circulo da vida...
Os temas de tais traições são diversos, bem como sua gravidade ou intensidade destrutiva...
Sim, pois há as traições que negociam você, como fez Judas; e há as traições que negam você, como fez Pedro; e ainda há a traição dos que fogem de medo, racionalizando: “De que adianta a ele que eu agora lhe conforme amizade se ele mesmo já perdeu a chance da vida e da continuidade?”
Todos os meus amigos mais íntimos, de um modo ou de outro, até quando pensam não estar traindo, por vezes traem [...] até quando se calam...
Mas e daí?
O Perdão é a Ressurreição dos que se fizeram mortos para você, mas que pela Graça em seu coração lhe foram devolvidos á sua própria vida, e à vida deles mesmos por você — exclusivamente pelo poder de fazer as marcas da morte serem vencidas pelo Perdão que Ressuscita o traidores, oferecendo-lhes o mundo novo que, em amizade, você lhes oferece; como Jesus fez com Seus amigos.
Quem vive esperando não ser traído pelos seus amigos não entendeu que isso nunca foi ou será possível!
Há um só Amigo que jamais traiu em pensamento, palavras, ações, comissões e omissões!
Os demais, mesmo os melhores, traem; e quem não sabe disso nunca aprendeu o que seja ter amigos e mantê-los apesar de tudo!
Já fui traído por amigos muitas vezes, até quando alguns deles nem imaginavam que estavam me traindo...
Mas e daí?
Afinal, você sabe que já traiu também...
Sim, não apenas quando vendeu alguém ou negou que fosse amigo e íntimo, mas quando fez silêncio, ou aceitou um veredicto perverso contra o outro, ou mesmo quando criticou sem dizer, quando cobiçou ainda que sem possuir, quando fez parte de algo [...], por mais sutil que tenha sido, ou até involuntariamente, mas que atingiu a vida do outro.
Nesta Páscoa Ressuscite muitos amigos!
Sim, faça isto perdoando-os; assim como Jesus fez, devolvendo vida aos amigos que Dele haviam se ausentado pela fraqueza do caráter ou mesmo em razão do poder da vergonha [...] por terem feito o que fizeram.
Sim, nesta Páscoa exerça o Poder da Ressurreição praticando a Graça do Perdão; e, desse modo, devolvendo vida a muita gente que, em relação a você, se sente morta para sempre!
Tire esta Páscoa dos ambientes da Ressurreição apenas doutrinária ou tão somente da fé no Ressuscitado/Histórico!
Esta Páscoa pode levantar mortos ante os seus olhos; sim, não como algo distante de você, porém como aquilo que acontece ao seu lado, bem perto de você.
Ora, isto somente será real e verdadeiro se você reproduzir perdão com a fertilidade dos coelhinhos...
Quem me lê e me entende; e esse Ressuscita os mortos; posto que os traga de volta à vida pelo Perdão que ressuscita [...] os que ante nossos sentidos se zumbificaram pela traição, negação, omissão ou comissão que nos fez mal.
Feliz Páscoa para você!
Que todos sejam perdoados!
Nele, que Ressuscitou para me perdoar eternamente, e para me dar o poder de ressuscitar os que se mataram ante os meus sentidos,

Caio Fábio

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cicatrizes

Como as pessoas podem bater palmas e celebrar a Deus com vozes de júbilo (Sl47:2) no meio da dor, do sofrimento, da tristeza e do desespero galopante? É possível resistir e no fim transpor a desolação e a melancolia de um panorama marcado pelo mal e pela destruição?

Depois da conversão de Saulo/Paulo na estrada de Damasco, Jesus disse a Ananias: “...pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At9:16). Qualquer pessoa que Deus use de forma especial é sempre profundamente ferida. Não é por acaso que o título de um dos livros de Michael Fard sobre a vida e o ministério de Henri Nouwen é Wounded Prophet (O profeta ferido). Somos, cada um de nós, pessoas insignificantes a quem Deus chamou e dispensou Sua Graça para usar de modo especial. Aos olhos dele, os grandes ministérios têm tanto valor quanto os que chamam pouca atenção e não são famosos.

No último dia, Jesus olhará para nós em busca não de medalhas, diplomas ou honras, mas em busca de cicatrizes.

Brennan Manning. Confiança cega. Ed. Mundo Cristão.

domingo, 14 de março de 2010

Perdão e reconciliação 1

Simon Wiesenthal sobreviveu aos campos de concentração, mas oitenta e nove membros de sua família morreram nas mãos dos nazistas. Desde aquela época ele dedica grande parte de seu tempo a descobrir onde estão os ex-nazistas e os criminosos de guerra. As pessoas lhe perguntam, com freqüência, sobre essa obsessão: por que caçar homens de setenta e oitenta anos, por crimes que cometeram há meio século? Não há perdão para eles? Nenhuma forma de reconciliação? As respostas dele foram apresentadas em um livro fino, mas poderoso, intitulado The Sunflower, (O Girassol).

O livro começa com a história assombrosa, lembrança de um acontecimento da época em que Wiesenthal estava preso. Ele foi escolhido, por acaso, no meio de um grupo que trabalhava. Puxado para o lado, foi levado por uma escada até um corredor do hospital. Uma enfermeira o conduziu até um quarto escuro e o deixou sozinho com uma figura deplorável, envolta em panos brancos, deitada em uma cama. Era um oficial alemão, gravemente ferido, embrulhado em bandagens manchadas de amarelo. O rosto estava totalmente coberto por gaze.

Com voz fraca e trêmula, o homem passou a fazer um tipo de confissão solene. Contou sua infância e os primeiros dias no movimento da Juventude hitlerista. Narrou a ação na fronteira com a Rússia e as medidas cada vez mais terríveis que a unidade da SS a que ele pertencia adotava contra a “gentalha judia”. Depois, contou uma atrocidade terrível, quando a unidade reuniu todos os judeus de uma cidade, colocou-os em um prédio de madeira e pôs fogo. Alguns dos judeus, desesperados, com a roupa e o cabelo em chamas, pulavam do segundo andar, e os soldados da SS – ele inclusive – atiravam neles enquanto caíam. Passou a falar de um menino em particular, com cabelo preto e olhos escuros, mas sua voz falhou.

Wiesenthal tentou sair do quarto várias vezes, mas a cada tentativa a múmia estendia a mão fria e pálida e o detinha. Finalmente, depois de quase duas horas, o alemão explicou por que convocara o prisioneiro judeu. Perguntara à enfermeira se ainda havia judeus vivos, e, se houvesse, queria que trouxessem um até o seu quarto para uma última providência antes de morrer. Então, disse ao prisioneiro:

“Sei que o que vou pedir talvez seja demais para você, mas sem sua resposta não posso morrer em paz”.
E pediu que Wiesenthal o perdoasse por todos os crimes que cometera contra os judeus. Implorava perdão a um prisioneiro que poderia, no dia seguinte, morrer nas mãos de seus companheiros da SS.

Wiesenthal permaneceu em silêncio por algum tempo, olhando fixamente para o rosto enfaixado do homem. Por fim, tomou sua decisão e, sem dizer uma palavra sequer, virou-se e saiu do quarto. Deixou o soldado com seu tormento, sem perdão.

No livro ele dedica noventa páginas a esta história. Nas outras 105, dixa que outros falem. Enviou a descrição do fato a trinta e dois pensadores – rabinos judeus, teólogos cristãos, filósofos seculares e estudiosos da ética – e pediu que dessem sua opinião. Queria saber se agira corretamente, ou se deveria ter perdoado o criminoso moribundo. A grande maioria respondeu que ele estava certo ao deixar o soldado sem perdão. Apenas seis pessoas acreditavam que erraram.

Alguns dos que não eram cristãos questionaram toda a noção de perdão. Consideraram-no um conceito irracional cujo único resultado é permitir que os criminosos escapem do castigo, perpetuando, assim a injustiça. Outros concederam um lugar para a existência do perdão, mas classificaram os crimes nazistas como hediondos, além de qualquer possibilidade de perdão. Os argumentos mais persuasivos partiram de duas pessoas que insistiam em que o perdão só pode ser concedido pela própria pessoa que sofreu a injúria. Perguntaram que direito moral teria de conceder o perdão em nome dos judeus que haviam morrido nas mãos daquele homem.

Não estou preparado para dar a resposta ao dilema terrível com a qual Simon Wiesenthal foi confrontado naquele quarto de hospital. Quanto mais não seja, as trinta e duas respostas provam que não há resposta simples para esta questão. Mas a Bíblia, na realidade, acrescenta um desdobramento interessante a um dos aspectos do dilema, com relação a um termo teológico antiquado que surge por todo o livro de Wiesenthal: “reconciliação”. Uma frase do livro de II Coríntios nos convence de que temos, de fato, o direito de conceder perdão em nome de outra pessoa. Nessa passagem, Paulo anuncia que Deus nos deu o “ministério da reconciliação”. E ele prossegue:

De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. (2Co5:20).

Paulo baseia o “ministério da reconciliação” no exemplo de Jesus, que, voluntariamente, levou nossos pecados, de forma que podemos, através d’Ele, atingir a retidão de Deus.

Que significa ser ministro da reconciliação, embaixador de Cristo que proclama o perdão àqueles que pecaram contra outras pessoas que não você mesmo? Alguns cristãos vêm-se esforçando para colocar a reconciliação em prática ido, como “Testemunhas pela Paz”, a locais de conflito na América Central e no Oriente Médio, colocando-se, deliberadamente, na linha de fogo. O bispo Desmond Tutu liderou um grupo da África do Sul, ajudando a trazer a cura àquele país dividido. Nos Estados Unidos, voluntários da Chuck Colson’s Prison Fellowship entram em celas apinhadas de prisioneiros, onde o medo é constante, e proclamam o perdão e o amor àquelas pessoas a quem a sociedade excluiu, taxando-as de culpadas e sem valor.

Algumas igrejas organizaram seus esforços em Ministérios de Evangelismo e de Ação Social. Será que deveríamos pensar em um Ministério da Reconciliação? A necessidade de perdão não se restringe à América Central ou à Irlanda. Sempre que um casamento se desfaz, uma criança é abandonada, a inimizade separa grupos raciais ou sociais, em todas estas situações a reconciliação é necessária: é preciso que alguém tome sobre si a carga dos outros e ofereça o perdão, antes mesmo que o ofensor o peça.

Um homem chamado Will Campbell tomou a frase “Reconciliem-se” como seu lema de vida. Em sua autobiografia, intitulada Brother to a Dragonfly (Irmão de uma libélula), conta que houve um tempo em que seu amor e sua compaixão abrangiam os negros o sul dos Estados Unidos e os oprimidos, mas excluía os trabalhadores braçais brancos da mesma região e os membros da Ku-Klux-Klan. Depois, porém, que três de seus amigos chegados foram assassinados por esta instituição, ele ouviui uma mensagem da parte de Deus que ia contra todos os instintos humanos. Ele deveria ir, como ministro da reconciliação até o grupo que matara seus amigos. Deveria transformar-se, como de fato transformou-se, em ministro para pregar para eles.

Penso que o título de “ministro da reconciliação” era um dos que Paulo chamava sobre si com mais ênfase. E tinha motivos para isto. Tinha, ele também, sua cota de “crimes de guerra”, cometidos contra os cristãos. Deus o perdoou por aqueles crimes, e o apóstolo aos gentios, ao que parece, nunca deixou de lado o sentimento surpreendente de ser reconciliado.

Philip Yancey. Perguntas que precisam de respostas. Ed. Textus.

Perdão e reconciliação 2

Pensarmos sobre o perdão é muitas vezes dolorido e sofrido. Mas à luz da Palavra e da ação de Deus em nossas vidas é uma questão muito simples. Nosso maior exemplo é Cristo.

Cristo nos deixou o maior e verdadeiro exemplo. Ele tomou nosso lugar para nos reconciliar com Deus. Deus não esperou que nos arrependêssemos e nos voltássemos para Ele para, só então, detentor de todo o Poder, nos propiciar ou não o Caminho para a Reconciliação.

Já no Éden, o Senhor anunciou o ato Vicário de Jesus. Antes mesmo que Deus tivesse criado o homem, em Sua Onisciência, Ele já sabia que o homem ia se distanciar d’Ele e que não teria como reconduzir-se a si mesmo para Ele. Então, antes mesmo que houvesse mundo, houve a cruz. Antes mesmo que o homem fosse criado com seu livre arbítrio e antes mesmo que ele escolhesse o caminho errado, o Senhor Deus criou o Ministério da Reconciliação. Pois, Deus estava em Cristo reconciliando o homem com Ele mesmo.

No caso citado por Yancey, (acima),podemos perceber algumas coisas importantes que vão em sentido totalmente contrário aos nossos instintos e à nossa razão.

O soldado nazista morreu no seu tormento, talvez tenha alcançado o perdão de Deus e, assim, o descanso eterno. Um coração quebrantado, arrependido, Deus não despreza.

No entanto, esse senhor judeu que sobreviveu aos horrores do nazismo, permaneceu mais de meio século preso à falta de perdão. Durante todos esses anos, não houve um dia sequer em que sua alma tivesse paz. Todos os dias ele reviveu e ressentiu aquela dor de ter fechado o seu coração a Graça de Deus. Tenha aquele soldado da SS alcançado descanso ou não, (só na eternidade o saberemos ao certo), com certeza, o Simon viveu as dores da amargura todos esses anos. Lembranças que vêm atormentá-lo todos os dias e todas as vezes em que se toca nessa página da História, e no passado da sua vida. O não perdoar é muito pior do que o não ser perdoado. Porque o arrependido alcança Misericórdia, mas o duro de coração, além de ser atormentado pela sua própria dureza, será medido com a mesma medida com que mediu, ou seja, sem Misericórdia.
Denise Gaspar
Jan 09

quarta-feira, 10 de março de 2010

Cristo já fez por você!!!

Cristo já fez por você o que você mesmo é incapaz de fazer.

Nenhum pecador é capaz de ser salvo pelas obras que pratica...ah! Deixe-me dizer que, se você escuta alguém aconselha-lo a fazer algo por conta própria, trata-se e uma crença errônea, pois a Bíblia afirma explicitamente isto: “N’Ele, (em Cristo), também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo”, (Cl2:11). Tudo é feito por nós por Cristo. Esse é Seu trabalho. Devemos reconhecer o que foi feito n’Ele.

O que o Senhor Jesus realizou deve fazer-nos ser perfeitos n’Ele. O Espírito Santo conduz para nosso interior tudo o que está em Cristo. Jesus não apenas morreu, mas também ressuscitou. Quando Cristo morreu, nós também morremos; quando foi ressuscitado, também fomos ressuscitados; quando ascendeu, também ascendemos. A herança que temos n’Ele é, na verdade, muito superior ao que esperamos e imaginamos.

Quando lemos a Bíblia, precisamos tomar nota do seguinte ponto: será que vamos obter o que está em Cristo ou será que já o obtivemos? Certa vez, eu disse a um irmão para que lesse Romanos 6 e descobrisse quanto ele deveria fazer e quanto já tinha obtido com relação à morte e à ressurreição. Ele respondeu que deveria morrer e ser ressuscitado. Assegurei-lhe que minha Bíblia não dizia o mesmo, pois Romanos 6, na minha Bíblia, afirma que ele já havia morrido e sido ressuscitado, e, portanto, tudo o que precisava fazer era consagrar-se a Deus.

O mais essencial é crer na Palavra de Deus. “Quem crê no Filho”, diz a Escritura Sagrada, “tem a vida eterna”, (Jo 3:36). Quando a Bíblia menciona as expressões: “crer em Mim”, “crer em meu Nome” e outras similares, devemos crer em quê? Será que crer no Senhor Jesus não significa crer na Sua Obra? “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”, (Rm10:17-RC). Se não houvesse Palavra, em que poderíamos crer? A Palavra de Deus traz, para perto de nós, o que está muito distante. Se não guardamos a Palavra de Deus, não cremos. Sem Ela, nossa fé não tem fundamento, mas simplesmente psicológica.

W. Nee. Vida cristã equilibrada. Ed dos Clássicos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Billy se atém ao fundamental!

Eu sabia que havia milhares de pregadores como meu pai, que preparavam o caminho para as cruzadas de Billy Graham, fazendo pesquisas e distribuindo folhetos.
Eles recrutavam porteiros e conselheiros e acompanhavam de perto os encontros com contatos pessoais e batismos. Eu ouvia meu pai falar a respeito deles.

“Eu direi isso por Billy”, minha mãe falou alto. “Nunca houve um escândalo a respeito dele. Ele pratica o que prega”. Ela havia visto muitos pregadores destruídos por causa do amor ao dinheiro ou mulheres.

Nunca houve também qualquer escândalo a respeito do meu belo pai, ainda que mamãe não fosse nenhuma modelo da avenida Madison, e precisássemos de dinheiro desesperadamente.

Papai abaixou o rádio para fazer um comentário. “Billy se atém ao fundamental, essa é a sua força. Inúmeros pregadores da atualidade se enveredam pela psicologia. O evangelho da saúde e da prosperidade. Billy diz que o nosso problema é o pecado, que precisamos nos arrepender.” Eu assenti com a cabeça. Mesmo com 11 anos, eu sabia aquele tanto.

Meu pai não concordava com tudo que Billy dizia, mas ele percebia que havia a necessidade de um pregador como ele que pudesse alertar um mundo saturado que ele havia se desviado do Caminho. Alguém com acesso ao rádio e à televisão.

Perto do final de A Hora da Decisão, (programa de rádio de BG), papai ouviu com uma intensidade especial quando o locutor descreveu várias pessoas da audiência que tinham vindo à frente para fazer uma decisão por Cristo. Quando a audiência cantou: “Tal qual estou e sem poder...” eu podia ver lágrimas nos olhos de meu pai, e eu relembrei que a vida de meu pai foi dirigida a tais momentos.

No final do programa, Billy Graham insistia para que ouvintes escrevessem a ele. “Escrevam para mim, Billy Graham, Minneapolis, Minnesota. Esse endereço é tudo de que você precisa.” Meu pai disse que era até mais fácil do que isto. “Tudo o que você precisa fazer”, ele explicou, “é escrever o nome ‘Billy Graham’ em um envelope e colocá-lo na caixa do correio, e ele o receberá. Billy conhecia todos no mundo, até mesmo presidentes e reis. E todo mundo o conhecia”.

Eu estava impressionado, mas eu não conhecia pessoalmente Billy, eu conhecia, sim, meu pai muito bem. Eu sabia que ele tinha tudo, exceto fama. Nunca competitivo, papai estava satisfeito por ser apenas o “Ed”, pastor de uma pequenina congregação na pequena cidade de Harlan, Indiana, bem nos arredores da cidade de Fort Wayne.

Quando, por fim, papai desligou o rádio, nos dirigimos para casa num doce silêncio. Aconchegado no assento traseiro com meus irmãos, e saboreando uma casquinha de sorvete bem barata, eu estava em paz com o mundo. As palavras de Billy Graham passavam sempre de novo em minha pequena mente: “Do que o mundo mais precisa é de Jesus Cristo,” e eu estava contente que eu tinha encontrado Cristo quando meu próprio pai me batizou em Cristo quando eu tinha oito anos.
Eu olhei para o meu belo pai com orgulho. Suas fortes mãos agarraram a direção e seus olhos sábios nos guiaram pelos labirintos das estradas rurais, para casa.
Naqueles tempos, eu não tinha dúvida de quem era o maior pregador do mundo.
Eu sabia que até mesmo Billy Graham concordaria comigo nisso.
“Billy, apresento-lhe meu pai.”

Billy Graham. Crescendo a fé com Billy Graham. Ed. SBN