terça-feira, 30 de julho de 2013

Perfeitos e caminhando para a perfeição

          Paulo diz: “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, eu prossigo”. Eu gosto desta palavra pro-seguir, que é uma atitude contínua de ir. Prosseguir é a decisão de ser hebreu, que diz: ninguém vai me parar, eu sigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. e conclui, dizendo: “Todos, pois, que somos perfeitos tenhamos este sentimento; e se porventura pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá”.

Ele começa dizendo que não alcançou a perfeição e termina dizendo “todos, pois, que somos perfeitos”. O que isto significa? Significa que em Jesus já somos tudo o que seremos, embora estejamos vivendo o processo histórico de ir abraçando tudo quanto devemos abraçar para ser tudo o que seremos; sendo semelhantes a Ele, Cristo.

É por isto que se manda que tenhamos a mente de Cristo, que tenhamos os mesmos sentimentos que houve também em Cristo Jesus. é por isto que Jesus diz: “Assim como o Pai Me enviou, Eu vos envio”; é por isto que se diz que se alguém está em Cristo, então, ande nEle. É o mesmo chamado para comer a Carne e beber o Sangue, para a fusão nEle. É o mesmo espírito de: Pai, porque o que Eu quero é Eu neles, Tu em Mim e eles em Nós”.

É para essa miscigenação total em Deus que somos chamados.

Caio Fábio. O Caminho do discípulo 2.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pedras para a reconstrução

               Os pastores que se voltam para as Escrituras em busca de pedras para construir a base do seu trabalho são semelhantes àqueles povos antigos que retornavam ao sítio de uma vila destruída. Essas histórias são contadas com freqüência pelos arqueólogos. O local onde ficavam as vilas e as cidades era geralmente escolhido por motivos estratégicos ou agrícolas. O lugar tinha acesso à água ou então era fácil de ser defendido dos ataques de nômades. De preferência, porém, tinha que atender às duas necessidades. As casas, os santuários e os muros construídos nesses lugares eram destruídos com bastante regularidade. Algumas vezes a destruição resultava de um desastre natural; fogo ou terremoto; outras, de invasão militar. A cidade era, assim, deixada em ruínas.

Mas não por muito tempo.

Por ser um bom lugar para viver, as pessoas voltavam e a reconstruíam. A nova cidade não ficava exatamente igual à antiga. Às vezes, os que retornavam haviam aprendido novos projetos de construção com os filisteus, cipriotas ou egípcios e adotavam um novo estilo nas edificações. Eventualmente tinham aprendido a melhorar as fortificações e, dessa forma, construíam um novo muro mais largo e mais forte. Ao reconstruir, porém, usavam o mesmo material que estava ali – as velhas pedras que haviam servido de base para a outra cidade. As construções ficavam no mesmo lugar de antes. Ao estudar essas camadas de edificações, os arqueólogos encontram os mesmo padrões de construção presentes no fundamento e as mesmas pedras por vezes sem conta, usadas nele, por gerações sucessivas de habitantes.

Os que são chamados para o trabalho pastoral no presente momento da história estão, a meu ver, em posição muito semelhante à daqueles povos antigos que, depois de um período de destruição, voltavam seguindo suas próprias pegadas, até chegarem às ruínas. Como aqueles povos de outrora, os pastores de hoje perguntam como conseguirão reconstruir tudo. De fato, o ofício e as tradições pastorais foram tão golpeados que se tornaram irreconhecíveis.

 Onde está, por exemplo, a visitação pastoral eficaz de Richard Baxter? E a sabedoria que vemos na correspondência de Samuel Rutherford? Onde foi parar a “paixão pela paciência”, um dos requisitos para o pastorado que aparece em Newman, no oratório de Birmingham? Em lugar de tratar dos aspectos próprios da visitação pastoral, nosso treinamento enfatiza como ir ao encontro das massas, com a prática de um evangelismo que desconsidera o nome das pessoas e carrega a promessa de que os bancos da igreja estarão repletos no domingo. Em vez de cartas cheias de conselhos espirituais, criamos slogans destinados à comunicação de massa. Em vez de demonstrar exemplos de paciência, promovemos conversas animadas e gritamos como líderes de torcida para estimular o espírito da congregação...

Não somos, porém, os primeiros a ficar de pé sobre as ruínas perguntando onde colocar cada pedra para efetuar a reconstrução. O ensino acerca do trabalho pastoral é uma colina de altura considerável em meio à planície do ministério. As camadas que a formaram são nítidas; há a camada agostiniana, a franciscana, a luterana, a calvinista, a metodista, a kierkegaardiana, todas usando pedras bíblicas. O que não devemos fazer de modo algum é sair por aí à procura de outro lugar para construir a cidade. A reedificação tem que acontecer no terreno bíblico, a fundação tem que ser composta por pedras das Escrituras.

Há uma quantidade imensa de documentos bíblicos à disposição para a realização dessa tarefa. O livro de Deuteronômio, por exemplo, foi usado mais de uma vez. Esse documento reuniu as tradições dos patriarcas e do Êxodo, redimensionou-as para fazê-las funcionar num novo ambiente e teve utilidade pastoral na comunidade messiânica, a igreja. E há outros.

Entre esses outros, um material mais modesto é o Megilloth, os cinco rolos da Bíblia hebraica que conhecemos pelos nomes de Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester. Talvez estes sejam, de todos os livros da Bíblia, os menos pretensiosos. Nenhum deles tem ares de grandeza...

Não se trata de tentar encaixar a vida pastoral moderna em um molde antigo a fim de dar-lhe um formato bíblico. Antes, é o esforço para permanecer em contato com a vitalidade do bom trabalho pastoral tão evidente no material bíblico, para depois colocá-la em uso no presente.

A reciclagem das Escrituras é, em si, um processo bíblico. Tanto dependiam da tradição quanto tinham liberdade dentro dela. Cada página das Escrituras mostra que isso de fato aconteceu e, em alguns casos, revela como aconteceu. Por exemplo: o jeovismo adotou e remodelou o conceito do “deus dos pais”; Isaías pregou e desenvolveu as tradições de Sião e Davi sob novas formas; Deuteronômio usou, de modo novo e original, a experiência do Êxodo e a liderança de Moisés. Os elementos antigos foram usados de forma criativa na realização da promessa divina e na vocação das pessoas no presente. Ezequiel (no capítulo 20 apresenta uma interpretação totalmente original das veneradas tradições do Êxodo e dos eventos do deserto, para aplicá-las à realidade do exílio do século VI a.C. praticamente todas as páginas, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, mostram os resultados dessa abordagem criativa das antigas tradições...

Há um sentido, portanto, em que todo o trabalho pastoral se resume em redigir uma nova elaboração da pregação e do ensino das Escrituras que os torne relevantes para a comunidade presente, combinando a fidelidade à mensagem bíblica com a sensibilidade pastoral.

Cada um dos rolos do Megilloth trata de um aspecto específico do pastorado: como amar e orar dentro do contexto da salvação (Cântico dos Cânticos); como desenvolver uma identidade como pessoa de fé no contexto do julgamento redentor (Lamentações); como desmascarar a ilusão e a fraude religiosas no contexto da bênção providencial (Eclesiastes); e como tornar-se uma vibrante comunidade de fé mesmo em meio à hostilidade do mundo (Ester). Nem tudo o que o pastor faz se encaixa nessas áreas, mas uma parte considerável sim... é preciso dizer que esses cinco rolos não são pedras angulares sobre as quais possamos edificar o pastorado. Isso seria exigir demais deles. Contudo, também não são seixos desprezíveis. Há neles substância e utilidade; são pedras que auxiliam na formação da base do trabalho pastoral.
 
Eugene Peterson. O pastor que Deus usa. Ed. Mundo Cristão.
 
 
A Pedra Angular é Jesus, o Cristo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Para que Deus Se revela a/em mim?

        Jesus Cristo abriu Caminho com Seu Sacrifício para que eu entrasse no Santo dos Santos com intrepidez e arrazoasse diante do Pai com segurança, sem máscaras, sem maquiagem, sem ‘não me toques’, sem conceitos ou preconceitos; completamente à vontade.

Ele fez isto para que eu tenha intimidade com o Pai a fim de corresponder ao Amor já existente n’Ele por mim, estreitando laços espirituais de relacionamento. Jesus sabe que esse Caminho tem mão dupla: a graça e a fé. E esse Caminho preparado por Jesus para mim é orlado com placas de sinalização, como flores de segurança, confiança, entrega, paz, alegria... regadas com a água que vem da Fonte da Vida que é o nosso amado Jardineiro. Ele mesmo! Aleluia!

Quanta cor! Quanto perfume! Quanta luz! Quanta beleza!

Então, atravesso esse Caminho, chego à Sala do Trono e exponho minhas petições, olho para o rosto do Pai e vejo n’Aquele semblante atencioso, calmo e meigo, um ar risonho, como se estivesse achando graça das minhas preocupações.

E para que eu ouça, aprenda e apreenda, Ele diz: “Ah! Filha minha! Para que tanta ansiedade? Quando te criei Eu queria fazer de Ti pessoa semelhante a Mim, agora quero Me revelar em/a ti. Eu quero que sejas sal da terra, luzeiro nas estradas. Quero olhar e saber que posso contar contigo para que sejas instrumento nas Minhas Mãos. Quero que pises nas pegadas de Meu Filho. Quero que ouças o que Ele diz. Quero que mastigues e rumines e, só então, engulas todo o Livro que é a Minha Palavra, isto te será na boca, doce como mel e mesmo te sendo amargo no estômago, não te esqueças que Eu estou no controle da tua vida e que Eu, o teu Senhor, é quem o disse. Volta, confia em Mim e não te esqueças que o teu trabalho é descansar em Mim!!!

Maravilhosa audiência!!!

Temos um Deus que Se revela e Se permite revelar quando Ele mesmo nos convida a compartilharmos de lauta refeição, isto é, comermos juntos o Rolo – refeição substanciosa que satisfaz nossa alma e se aceitarmos O convite Ele Se revela em/a nós. Aleluia!

Eugene Peterson diz “que o Poderoso Anjo do Apocalipse usando o cosmos como púlpito, com um pé plantado no mar e o outro na terra e a Bíblia na mão, pregou”.

Foi uma refeição compartilhada com João e os alimentos dessa refeição são para ser comidos, mastigados, ruminados e depois de chegarem ao estômago passam a circular pelo sangue para se transformarem em músculos, cartilagens e ossos. E foi o que João fez – comeu o Livro.

Deus não precisa de mim pra nada, mas, paradoxalmente, Ele precisa de mim para ao manifestar a Sua Graça e o Seu Poder aqui na Terra, eu Lhe seja por testemunha e para que isto aconteça, para Ele Se revelar a/em mim, Ele precisa usar daquilo que me deu: meu tempo, paciência, perseverança, atenção, reverência, paixão, fé... Ele precisa que eu aprenda a esperar o crescimento e o desenvolvimento da Sua Semente no solo do meu coração.

Benditas Escrituras! Ponte que une infinitamente céu e terra! Ponte entre Deus e o homem!

Engrandecidos sejam os Nomes do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém????

 Denise Gaspar  - Maio - 09

domingo, 7 de julho de 2013

Para que são os sinais

          Os sinais externos, curas e operação de milagres, são para que creiamos que Deus pode operar da mesma forma e com a mesma facilidade em nossos corações, mentes e caráter. O principio para que isso aconteça é o mesmo: crer. Crer em Quem é Jesus, no Seu Caráter, nas Suas Vontade e Disposição, no Seu Amor e Poder.

Curar uma gripe ou fazer um paralítico andar, ressuscitar um morto requer o mesmo Poder e a mesma ação de Deus. Transformar o coração do homem, seja um invejoso ou um homicida, requer o mesmo Poder e o mesmo Amor de Deus. Tudo isso requer uma única ação nossa: crer que Jesus é o Filho de Deus e que o Pai estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.

Esse é o Milagre que Deus quer operar: a salvação de nossa alma e a libertação/transformação de nossa vida. As promessas de Deus são antes de tudo em nós e não para nós. A Sua Palavra frutifica dentro de nós, cria raízes e frutifica transformando nosso caráter, trocando nossos valores e propósitos só então isso se manifesta para fora, se torna visível e reconhecido por terceiros.

Os frutos que são apenas externos, são frutos de esforços próprios, de rigidez moral, de endurecimento do coração, de assepsia para barganha. São a tentativa estúpida de anular o Sacrifício de Jesus. São aparências que não refletem a Presença, o Amor e a Ação de Deus.

Que exalemos o Bom Perfume de Cristo. Esse Perfume vem do coração quebrantado e rendido ao Senhorio de Cristo. Ele exala naturalmente de nós pela Presença do Espírito Santo, não é uma gotinha que pomos arás da orelha.

 
Denise Gaspar - 05-07-13

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Oração numa manhã de súplica

Senhor, nós, os mais de 7 bilhões de pessoas nessa Terra, necessitamos de Milagre.
Apenas de um Milagre: A Revelação da Tua Graça e, por consequência, nossa rendição ao Teu Senhorio.
Isso é o que Te peço nessa manhã, para mim e por todos os demais. Glorifica Teu Nome na Terra de nossa aflição. Porque essa Terra é Terra de aflição. O mundo jaz no maligno, mas Tu És conosco, nos livra, nos guarda, nos ama e conduz em triunfo a todo aquele que crê que Jesus é Teu Filho e nosso Senhor.
Enquanto estivermos cativos a essa carne, a esse corpo corruptível, estamos na terra da aflição. Contudo, vivemos de fé em fé, de glória em glória, de vitória em vitória; crescendo em intimidade contigo, sentindo e exalando o Teu Perfume.
Glorifica Teu Nome em nossas mentes e corações.
Tu És Deus!
Obrigada, Senhor, por Teus cuidados, ensinos e por Tua Paternidade.
Eu Te amo, me rendo ao Teu Senhorio e à Tua Vontade e descanso em Ti.
Em Nome de Jesus, o Amado de minha alma.
Beijos e beijos,

Denise Gaspar - 02-07-13