quinta-feira, 31 de maio de 2012

Maravilharam-se de Sua Autoridade

“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da Sua doutrina, porque Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”. Mt 7: 28, 29.

Aquela multidão vinda de diferentes cidades estava ali assentada ouvindo Jesus ensinar a Seus discípulos. E o que ficou conhecido como o Sermão do Monte começou com as bem-aventuranças e passou por pontos delicados e estratégicos da vida. O sermão é muito mais difícil de ser cumprido-vivido do que as leis estabelecidas por Deus através de Moisés. Ninguém conseguiu cumprir a lei. Já que os que vivem pela lei têm de cumpri-la toda. Por conseguinte, o cumprimento das “regras” da Nova Aliança que Jesus estava estabelecendo ali, são impossíveis de serem cumpridas. Porque convergem para um único ponto: o Amor de Deus. Para que possamos vivê-lo só há um meio: que Deus habite em nós e viva em nós esse Amor.
Mas nem a multidão e nem os discípulos discerniram isso. Esses só puderam entender isso depois do Pentecoste. No entanto, as multidões estavam maravilhadas com Sua doutrina.
Ora, como podiam maravilhar-se com ensinamentos impossíveis de serem cumpridos por esforço e méritos próprios? Porque Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Os escribas ensinavam a lei no estilo “façam o que digo e não façam o eu faço”. Jesus mesmo disse que eles punham fardos pesados ao povo os quais eles mesmos não cumpriam, embora fossem ótimos fiscalizadores, cobradores e juízes.
Aquelas multidões se maravilharam porque não estavam ouvindo falar de regras e sanções. Estavam ouvindo falar do Amor genuíno, o Amor de Deus e de Sua prática. E ouviam de quem tem autoridade para falar porque Jesus é o próprio Deus cuja essência é o Amor. Estava mostrando que o cumprimento da Nova Doutrina só é possível para aquele que tem uma aliança com Ele.
Maravilharam-se porque Jesus estava lhes mostrando a Sua Essência e Caráter.

Denise Gaspar - 20-02-08

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Em Cristo a morte é doce!

A "Vida é Bela" deveria ser mais difícil de fazer acreditar do que no fato de que a "Morte é Doce". Afinal, todos somos testemunhas de que a natureza é bela, mas o mundo dos humanos apenas manifesta algumas belezas, mas é mais freqüentemente cruel e implacável! Apesar disso, Jesus disse: “Aquele que ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, não entra em juízo; já passou da morte para a vida”.
Ou seja: dá para se experimentar a eternidade ainda na experiência da existência neste planeta caído.
A eternidade não será! Em Cristo ela já é!
O mundo é cruel, mas nosso alvo deve ser experimentar a existencialidade da eternidade mesmo que ainda se esteja vivendo dentro das limitações de nosso presente estado de existência. Paulo via a morte de uma maneira vitoriosa. Ele não a buscava. Preferia adiar sua partida a fim de que a Graça em sua vida histórica se tornasse o mais útil possível! Enquanto no corpo ausente do convívio glorificado no e com Senhor Jesus! O tabernáculo terrestre—o corpo—é corruptível! O corpo celestial é incorruptível! Assim, o viver é Cristo; o morrer é lucro! Para Paulo era certo que o homem exterior se corrompe com o passar do tempo. Vem a velhice, a canseira, os achaques nas juntas, os pesos, a perda da visão, da audição, da energia construtivista—e a dor da sabedoria de quem sofre não pelo seu próprio futuro, mas pelo daqueles que ama e aqui ficarão. O contraponto é que ele diz que em Cristo o homem interior se renova de dia em dia!
Isto para quem considera a leve e momentânea tribulação como algo a não ser comparado com o peso de gloria a ser revelado em nós. Depois de ir ao terceiro céu...bem, depois disso, ele sabia que o que olhos não viram, o que os ouvidos nunca haviam ouvido, e também aquilo que nunca jamais havia subido como imaginação inspirada pela mais mágica fantasia artística, teológica, filosófica, sinfônica, degustativa, sensorial ou extrasensorial—era o que Deus havia reservado para aqueles que o amam!
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito”—diz ele! Não era lícito aos homens referir somente porque era irreferível. Nem sempre o revelado cabe em palavras! Paulo viajou do caminho da certeza da vida eterna até chegar ao prazer pela eternidade! Essa é uma viagem que poucos cristãos fazem. E é tão raro, não porque não se tem certeza da salvação, mas porque a morte é um tabu de dor transacional para a maioria de nós. “O que acontecerá na passagem?”—é sempre a questão, mesmo quando não se tem a coragem de confessar! Bem, a passagem não terá acontecido enquanto o corpo estiver sofrendo. E o corpo pode sofrer de dor de física, mas também da dor do medo. O medo de como é a passagem faz sofrer muito mais que a passagem em si!
Mas se de algum modo o espírito está cativo da eternidade como prazer, então a morte—que já perdeu seu poder de apavorar como dor eterna—perde também sua força como fobia da passagem! É como nascer! Só que não é do abrigo do útero para a dor do mundo. É a passagem do terror da corrupção do corpo—em todas as suas dimensões—para o inesgotável mergulho no amor infinitamente surpreendente do ser de Deus.
Minha suposição é que Paulo foi levado para a decapitação com a serenidade feliz dos premiados. Muitos anos antes daquele dia Pedro havia dormido na prisão da Fortaleza Antônia, em Jerusalém, na véspera de sua própria execução. Para quem chegou aí, mesmo que haja dor física na passagem, não é para comparar com o peso de glória que o aguarda. Até a dor se adocica nesse estado! É no mínimo como um cafuné celestial. Creio que deve fazer extasiante coceira no cocuruto da alma e no cangote do espírito!
Nesse caso não se tem somente a certeza da salvação. Tem-se o êxtase dela!
A viagem de fé nesta vida deve poder nos levar ao nível de pacificação que produz essa alegria calma no ser. Afinal, o próprio Paulo disse: “...a morte é vossa...e vós de Cristo, e Cristo de Deus”.
Caio 15/03/2003 Escrito 1 ano antes de meu filho Lukas partiu para a Casa do Pai!