domingo, 25 de setembro de 2011

Não se mate. Apenas morra!

Jesus disse. Portanto, não adianta. Se não morrer, não nasce. Se não morrer, fica só. E não dá o fruto da vida, o fruto do ser, que é a manifestação crescente do ser na tomada da consciência transformadora. Mas se morrer, esse dá muito fruto; pois a vida da semente que hoje somos, só se manifesta se tivermos a coragem-fé de morrermos para a mentira de ser, entregando-nos à morte, que na existência significa a desistência de toda justiça própria, de toda auto-justificação, de toda fantasia sobre nós e o mundo; bem como das fantasias do “si - mesmo”; e também desistirmos das importâncias de nossos próprios pensamentos ou sentimentos, mergulhando assim no abismo da fé, que é chão para andar apenas segundo a Palavra.



Ora, esse morrer que faz nascer é crescente em nossa percepção. Mas se estabelece pela decisão interior que possamos fazer de buscar dar nome aos nossos sentimentos todos, sem deixarmo-nos levar pelos impulsos românticos e auto-enganados que nos afastem da verdade, ou que nos levem a fazer transferência de responsabilidade para fora de nós.



Nossa morte tem na Cruz sua expressão de poder e de inclusão. De inclusão pelo que Jesus fez; e de expressão de poder, pois, manifesta de modo histórico e dramático o e os atos de morte e de entrega que temos que fazer um dia, para termos que fazer todos os dias, sempre.



Jesus desconstituiu o poder da morte pelo poder de Seu viver-morrer sem o espírito da morte!



Mas nossa morte deve ser também desistência das vaidades e tolices das importâncias deste mundo.



Ora, isto significa somente celebrar em si mesmo o que é conquista da verdade interior.



Se o ser cresceu para dentro de Deus em conhecimento e amizade, então eu ganhei. Se não, então mesmo conquistando tudo ante todos, eu não ganhei nada.



Não há esforço em morrer. Para morrer basta desistir. Desistir, nesse caso, daquilo que é a morte se maquiando de vida.



O negócio não é se matar, é morrer!



Entretanto, se por todos os meios e modos o individuo não se move em seu ser, se não se converte, se não se deixa morrer, conforme o dia e a necessidade da hora — pode chegar a hora do amor de Deus se manifestar a ele como um morrer mortal, fulminante, existencialmente apocalíptico, a fim de sepultá-lo à força, posto que somente conhecendo a morte como manifestação candentemente dramática, essa pessoa morrerá, por já ter morrido para o mundo; e, assim, quem sabe, possa aproveitar a chance de ter sido feita morta de algum modo para a percepção dos outros, para, então, viver segundo Deus, conforme é o chamado da vida, e que pode ser atendido sem a necessidade de intervenções dramáticas de morte para a vida, mas apenas pela decisão-consciência-ato-verdade de todos os dias de nossa existência, entregando-nos ao morrer.



Se não for assim, tudo o mais de “bom” terá aparência de sabedoria, de piedade, de elegância, de intelectualidade, de fervor, de humanidade, de indulgência, de sensibilidade psicológica, de belas construções de sentimento, de leveza no dizer as coisas, de poesia, de bons ideais, de alvos estabelecidos; ou do oposto de tudo isso, o que nos levaria a mais indelével e charmosa anarquia — mas ainda deixa o individuo vivo para o “si - mesmo”.



Sim! Cada vez mais vivo segundo o “si - mesmo”; posto que o “si - mesmo” se alimenta de cada uma das coisas que eu acima mencionei.



Assim, termino como comecei, pois esta é uma viagem que vai espiralada na horizontal, e que cresce como se fosse um tubo que virará um cone, mas que leva a pessoa outra vez e outra vez pela mesma rota de antes, só que na dimensão de sua atual fase na jornada cronológica; ou seja: histórica.



Portanto, repito:



Não adianta. Se não morrer, não nasce. Se não morrer, fica só. E não dá o fruto da vida, o fruto do ser, que é a manifestação crescente do ser na tomada da consciência transformada e transformadora, em Cristo, conforme Jesus.



Em cada frase eu quis dizer o que disse. Assim, perdão, mas se não entendeu, leia outra vez.




Caio Fábio


27/04/07

domingo, 11 de setembro de 2011

Sangue e Vinho

Penso em por que Deus associou o Sangue ao vinho.


Eles não têm nada em comum além da cor.


O sangue é tirado à força, sob sofrimento.


O vinho é servido como iguaria em momentos festivos.


O Senhor os associou porque é em festa que trazemos à memória o Seu sofrimento e Sua dor. É com alegria que relembramos a fonte de nossa vitória eterna. Porque através de Sua morte foi-nos concedida a Vitória.


Por nosso resgate foi pago alto preço.


Jesus derramou Seu Sangue para nos reconciliar com o Pai.


Pelas Suas pisaduras somos sarados.


O castigo que nos traz a Paz estava sobre Ele.


É com alegria que celebramos a conquista eterna.
Essa é a alegria celebrada na Santa Ceia!"


Edilson Botelho em oração no culto na ig. Maranata-Tijuca em 04-11-2007

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Reino de Deus

Acredito que todo verdadeiro crente em Cristo Jesus e, portanto, em seu Sacro-Ofício (sacrifício) e, também, que tenha feito uma Aliança neste Sangue, pode se considerar e ser considerado como um verdadeiro E.T.

E, como todo extra-terrestre (na verdade extra-mundo tenebroso) tem uma origem (na verdade, um Sentimento de Pertencimento) muito, muito distante da realidade, valores e conceitos histórico-filosófico-ideológico-moral-religioso, que são os referenciais que norteiam o ser humano em todas sociedades que construiu e ainda sobrevive.


Na verdade, para ter esse sentimento, essa certeza, o cristão deve simplesmente crer. Crer, de fato e verdade, que Cristo Jesus é “o Unigênito Filho de Deus” e Deus mesmo, sabendo que este é um dom com que Ele mesmo aGracia a todo homem ou mulher que se lh’E apresente com o coração contrito e compungido, reconhecendo que “Só o Senhor é Deus!”, que não há intermediários, nem advogados, nem intercessores entre o Pai e os homens, que não seja o Cordeiro de Deus, Aquele que se ofereceu para consumar a Reconciliação a Justificação definitiva junto ao Pai.


Essa Graça é derramada sobre iletrados ou sábios cientistas, que podem mesmo não entender seu próprio processo de metanóia, de mudança de mente, de mudança de vida, de mudança de valores que passam, então, a viver... Estes deixam de valorizar o que é material, temporal e transitório e vivem, de fato e verdade, uma Esperança como a que está descrita em Romanos 8:19 “...Porque a Criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus...”, entendo que esses filhos são os que foram comprados por Preço...e preço de Sangue.


O Homem precisa morrer e renascer para ter essa certeza, antes de tudo pelo uso do Direito ao Livre-Arbítrio, certeza de Pertencimento.


Em João 3, o Espírito Santo o inspira a escrever: “...Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”


Em Mateus 18:3 Jesus diz: “...Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus...”, “...Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”.


O atento fariseu Nicodemos, um dos principais do judaísmo, não alcançava com todo seu conhecimento religioso das Escrituras, Jesus lhe apontou para uma Cidadania muito além dos farisaísmos, das exterioridades, dos ritualismos. Cristo lhe chama a atenção para o que haveria de dizer, literalmente, à pecadora samaritana registrado em João 4: “...Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade..."



O calhamaço, as massarocas, os imensos acúmulos histórico-filosófico-ideológico-ético-moral-religioso de nada nos valeram até os dias de hoje, senão para criar expectativas vãs, horizontes quiméricos e imaginados. Isso nos levou a desistência notória, mais observavelmente nestes tempos de pós-modernidade, daqueles referenciais tidos como os mais excelentes criados pela sabedoria humana: os filosóficos caíram por terra pela agrura da dissecação tanto do Materialismo Histórico, quanto do Materialismo Usurário; os ideológicos, também, por sua incapacidade de inserção da totalidade dos cidadãos de uma mesma sociedade em seu seio: em todas constatamos os excluídos e inadequados... e mais que isto: há um vazio além das construções materiais e abstratas.


O Homem só evolui tecnologicamente, em essência é o mesmo de todas as eras... o que o difere são as culturas, só.



Mas, nós os que somos servos do Senhor, Amados e amantes d’Ele, confiantes continuamos no Caminho... a despeito de todas mazelas dessa materialidade corrompida e transitória: “No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo, Eu venci o Mundo.”


Já vivemos a Eternidade, sabemos em Quem temos crido! Já passamos da Morte para a Vida! O Reino já foi instalado dentro de nós, seus cidadãos... tal Selo (passaporte) foi-nos aGraciado pela Misericórdia, pelo Amor, que é a marca maior de Deus...


Esse Algo só poderia vir de Sua parte, pois nada temos que lhE oferecer, a não ser nossos corações sinceros e abertos à Sua Palavra, Autoridade e Amor...


Aleluia!!!




Miguel Júnior



Em 11/10/2010.