domingo, 21 de junho de 2009

Entrega


Agora, o bem mais apropriado à criatura é a entrega ao Seu Criador – entregar-se intelectual e emocionalmente, aquele relacionamento que se dá pelo simples fato de ser criatura. Sempre que age assim, o homem fica feliz. Para não considerarmos um sofrimento desnecessário, esse tipo de bondade começa em um nível muito acima das criaturas, pois Deus mesmo, como Filho, entrega-se de volta a Deus, como pai de toda a eternidade, por obediência filial, o ser que o Pai, pelo amor paternal, gera eternamente no Filho.

Foi este o padrão para o qual o homem foi feito, aquele que deve imitar – que o homem paradisíaco imitou realmente. E sempre que a vontade conferida pelo Criador é assim tão perfeitamente ofertada de volta, em obediência prazerosa e agradável à criatura, aí, sem dúvida, está o Céu, e daí emana o Espírito Santo.

No mundo que conhecemos hoje, o problema está em como recuperar essa auto-entrega. Não somos simplesmente criaturas imperfeitas, carentes de ser aperfeiçoadas: somos, como Newton disse, rebeldes que precisam mesmo é entregar as suas armas.


Portanto, a primeira resposta à questão por que a nossa cura precisa ser tão dolorosa é o fato de que a entrega da vontade que nós passamos tanto tempo reivindicando como sendo a nossa própria já é, em si mesma, não importa onde e como seja realizada, um sofrimento mortificante.


A entrega da vontade própria, inflada e inchada por anos de usurpação, representa uma espécie de morte.


C.S. Lewis. O problema do sofrimento

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Surpresa para todos, até para o diabo!!!


Jesus morreu. Mas a morte que Ele morreu foi mais que a morte que faz o corpo falecer.
Jesus ressuscitou. Mas a ressurreição que Ele manifestou é mais do que apenas trazer um corpo morto à vida.
Jesus morreu todas as mortes.
Mas a morte mais mortal que Ele morreu foi a de ter entrado no Inferno tendo sido feito pecado em nosso lugar.
Jesus no Inferno é o que nos põe no Céu!
Jesus no Inferno é a esperança na morte, na quase mais profunda das mortes, posto que ainda haja uma outra, que é Lago de Fogo, é extinção até do que extingue...
Mas em Jesus até o Lago de Fogo tem um oposto de Vida: o Mar de Vidro Transparente.
Somente Deus sabe se o que cai no 1º não sai re-existente no 2º.
Jesus morreu todas as mortes, e, assim, entrou no ambiente oculto em Deus onde todas as possibilidades existem como alternativas de existência.
A Cruz foi erguida antes da fundação do mundo justamente nesse ambiente de tudo...
Daí tudo ser apenas uma possibilidade Nele; possibilidade, porém, redimida pelo amor mesmo antes de existir.
O diabo não existia e a Cruz já havia sido erguida!
Somente Deus viu Deus morrer pela Criação que ainda não existia.
Daí a Cruz histórica ter sido celebrada como vitória na Praça das Ignorâncias do Inferno!
Até que entra o Cordeiro, como havia sido morto desde antes da fundação do mundo!...
Pedro diz: “e, na morte, em espírito, anunciou o evangelho da vitória sobre a morte aos que estavam em grilhões”[ é a sugestão do texto grego].
Havia sido a morte de Deus por Deus o que havia criado todos os mundos e existências.
Mas nem o diabo sabia disso.
A Cruz era um assunto entre Deus e Deus!
Este era o mistério outrora oculto e agora revelado.
Assim, a Ressurreição de Jesus é a recriação glorificada de todas as coisas; Nele.
Muitos hão de ver e provar!

Pense nisso!


Caio Fábio
11 de março de 2009