domingo, 24 de outubro de 2010

Adoração











“Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo”, (Jo 12:3).


Lendo o livro de João e não só este capítulo, vemos que Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Reunia-se com eles e partilhavam bons momentos em Sua companhia e aprendiam com Seus ensinamentos. Quando Lázaro adoeceu, suas irmãs mandaram chamar Jesus, reconheciam n’Ele o Amigo, o Mestre, o Socorro bem presente e o Único que tinha Poder para curar os enfermos. E Jesus, demorando no caminho, quando chega à Betânia já o encontrou morto de quatro dias.

Jesus sabia que Lázaro morreria, mas também sabia que a maravilha que ia operar, seria muito maior da que pensavam que poderia fazer e esperavam d’Ele. Por isso, ao receber o recado, disse aos Seus discípulos: “Essa enfermidade não é para morte, mas para a Glória de Deus”.

Ao chegar, em Betânia, encontrou Marta e Maria tristes pela morte de seu irmão e ambas, separadamente, mostraram-se decepcionadas e tristes por Jesus não ter chegado a tempo de curar Lázaro. Elas criam no poder de Jesus, mas para elas, esse era limitado apenas à cura. Ambas Lhe disseram: “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido”. Sugerindo que Ele chegara atrasado e, por isso, estava impossibilitado de agir.

Jesus não as repreendeu por sua fé limitada e nem as puniu por isso. Mesmo sabendo a maravilha que realizaria e a alegria que dela repercutiria, Ele se entristeceu pela dor e pela tristeza de seus amados. Jesus sofre com o nosso sofrimento, e Se entristece por nós e conosco. Ele comoveu-Se com sua dor e chorou por sua fé tão limitada.

Mas não ficou chorando, Ele agiu com Amor e Poder intervindo naquela situação de angústia e dor dando um basta e restituindo o que fora perdido. Sempre que necessitamos e O buscamos Ele nos socorre. Mesmo que as circunstâncias sejam terríveis e estejamos mortos e cheirando mal; mesmo que nossa fé seja limitada Ele não nos nega Sua ação, seu Poder, Seu Amor. E nossa fé sempre será pequena, porque andamos de fé em fé, crescendo espiritualmente, buscando a estatura de varões perfeitos. Por isso temos de nos alimentarmos com a verdadeira comida espiritual, a Sua Palavra.

Os relatos bíblicos nos mostram que desde que conhecera Jesus, Maria esteve atenta aos Seus ensinamentos, saboreava Suas Palavras mais doces que o mel e mais valiosas que o puro ouro refinado. Reconhecia-O como Senhor, como Mestre e como Filho de Deus, mas até a restituição de Lázaro, por mais que não pensasse ou dissesse, ela O via limitadamente. Devia pensar, confiante: “Ele é o Filho de Deus, faz milagres...tem poder... Ele é o Mestre, nos traz ensinamentos e palavras edificantes e de Paz”. Mas quando viu Lázaro morto de quatro dias e cheirando mal, deve ter pensado desalentada: “... agora Ele não pode fazer mais nada, o Seu Poder parou frente à morte”. Muitos de nós, frente a certas situações, pensamos assim. Mas Ele venceu a morte.

Jesus diante daquela situação, aparente e humanamente final, sem volta, disse: “EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRÊ EM MIM, AINDA QUE MORTO VIVERÁ...”. Àquelas áreas de nossa vida ou àquelas pessoas que amamos e estão mortas em seus delitos Jesus diz: “EU SOU O QUE SOU; EU SOU O CAMINHO, E A VERDADE E A VIDA; EU SOU A RESSURREIÇÃO; BASTA BEBER DA ÁGUA QUE EU LHE DER E NUNCA MAIS TERÁ SEDE; QUEM CRER EM MIM, COMO DIZ A ESCRITURA, DO SEUS INTERIOR FLUIRÃO RIOS DE ÁGUA VIVA.

A Vitória está em crer n’Ele, não há o que Ele não possa fazer. Ele é o Todo Poderoso.

Quando chegamos ao cap 12 e vemos Maria derramar o bálsamo, podemos entender o seu gesto profundo que pelos princípios naturais não podemos entender. Talvez disséssemos, como Judas, que fora um desperdício ou que não era necessário ou até que deve ter atrapalhado a ceia, interrompendo a conversa e pondo a casa com o cheiro muito forte de perfume.

Assim como Marta, que por amor e gratidão preparou a melhor ceia que lhe fora possível, tendo todo o esmero e capricho em dar o seu melhor a Jesus, o seu Senhor, Maria demonstrou gratidão profunda e de reconhecimento de que Aquele verdadeiramente era o Filho de Deus, o Todo Poderoso, e em ato de adoração derramou sobre Seus pés o que tinha de melhor, o bálsamo, perfume agradável às Suas narinas e num reconhecimento de suas próprias limitações, e de que sendo pó, estava diante do Messias e do Seu Salvador, então, enxugou Seus pés com seus cabelos, o seu véu natural.

O Senhor quer que sejamos adoradores em espírito e em verdade, e quer receber de nós o bálsamo, o perfume agradável de nossas orações. Por isso o Espírito Santo, através de Paulo, nos convoca: “Orai sem cessar”. E o Senhor Jesus, em Lucas 18:1 nos alerta sobre “o dever de sempre orar e nunca esmorecer”.


Denise Gaspar – 27-02-2001

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O pecado do desespero

Se a fé, para ser viva, depende da esperança, então o pecado da descrença evidentemente é sustentado pela desesperança. Geralmente, diz-se que o pecado tem origem no fato de o ser humano querer ser como Deus. Mas isso é apenas um aspecto do pecado. O outro aspecto dessa soberba é a falta de esperança, a resignação, a indolência e a tristeza. Dela provêm o abatimento e a frustração que contaminam tudo o que é vivo com os germes de um doce apodrecimento. No Apocalipse de João, (21:8), citam-se entre os pecadores, cujo futuro é a morte eterna “os desalentados” antes dos descrentes, dos idólatras, dos homicidas e de outros. Na Carta aos Hebreus, a apostasia da esperança viva, manifestada como desobediência à promessa em meio à opressão e como separação do povo de Deus em peregrinação, é o pecado que ameaça os cristãos em seu caminho. Nesse caso, a tentação não consiste tanto em querer ser, à maneira dos titãs, como Deus, mas na fraqueza, no desânimo, no cansaço de não querer ser o que Deus pensa que podemos ser.

Deus elevou o ser humano e concedeu-lhe perspectivas de liberdade e amplidão, mas o ser humano fica pra trás e se recusa a acolher a perspectiva. Deus promete uma nova criação de todas as coisas em justiça e paz, mas o ser humano faz e age como se tudo permanecesse como sempre foi. Deus o faz digno de Suas promessas, mas o ser humano não confia naquilo que lhe é proposto. Este é o pecado que mais profundamente ameaça o crente. Não o mal que ele faz, mas o bem que deixa de fazer; não são as suas más ações que o acusam, mas as suas omissões. Elas o acusam de falta de esperança; pois os assim chamados pedados de omissão se fundamentam todos na desesperança e na pouca fé.


A desesperança pode tomar duas formas: ela pode ser presunção, mas pode transformar-se também em desespero. Ambas são formas do pecado contra a esperança. A presunção é uma antecipação inoportuna, arbitrária, do cumprimento daquilo que se espera de Deus; o desespero é a antecipação inoportuna, arbitrária, do não cumprimento do que se espera de Deus. Ambas as formas destroem o caráter do peregrino.


Jürgen Moltmann, “Teologia da Esperança, ed. Loyola.

domingo, 3 de outubro de 2010

Jesus revela a GRAÇA a Nicodemos

Um dia Nicodemos, um homem muito importante entre os religiosos judeus, tomou uma decisão e foi procurar Jesus. Mesmo estando disfarçado Jesus o reconheceu e não o desprezou e pôs-Se a ensinar-lhe sobre a GRAÇA.

Jesus disse a Nicodemos: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem, [Ele mesmo]. E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que n’Ele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.
“Quem n’Ele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a Luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a Luz e não se chega a Luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a Verdade aproxima-se da Luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.” Jo 3: 13 a 21.

Jesus estava dizendo:
“Olha, Nicodemos, o Deus Criador de todas as coisas, Aquele que detêm todo o Poder, Amou aos homens de tal maneira que não Se poupou a Si mesmo para resgatá-los da escravidão do pecado. Não poupou a Seu Filho a quem enviou para pagar o preço deste resgate. Esse preço, Nicodemos, será pago na cruz quando Eu for levantado ali e, derramando todo o Meu Sangue, Me oferecer como o Cordeiro sem pecado e sem manchas para cancelar a dívida que é contra cada homem. Porque não há nenhum que não tenha pecado. E todo aquele que crê em Mim e crer na suficiência do Meu Sacrifício, esse terá a Vida Eterna. Esse não será julgado.

“Nicodemos, o julgamento é o seguinte: todo homem tem o direito de crer ou não crer em Mim. Mas alguns escolheram amar a sua própria vida, amar a sua posição social, amar ao seu dinheiro, preferiram amar aos seus atos pecaminosos a entregar-se ao Amor Libertador de Deus. Eles se escondem de Deus pensando que a sua opção não será conhecida. Estes, Nicodemos, já estão julgados por sua própria escolha.

“Mas existe um outro grupo de pessoas: que decidiu praticar a Verdade. Nicodemos, a Palavra de Deus, a Palavra que Eu tenho ensinado, esta é a Verdade. E ao praticar a Verdade essas pessoas se aproximam cada vez mais de Deus por duas razões:
1ª - não têm do que se envergonhar, por isso não tentam se esconder de Deus;
2ª - elas se reconhecem dependentes de Deus, porque sabem que suas obras só podem ser praticadas se o Espírito de Deus as capacitar.”

Por isso, (ponha o seu nome aqui) , tome a sua decisão. Eu consumei tudo lá na cruz, há dois mil anos. Já paguei o preço do resgate, já comprei a sua liberdade, para ser livre e feliz basta você crer. Eu Amo você com Amor Eterno, por isso hoje o convido a cear comigo.” Ass. JESUS CRISTO, O SALVADOR.
A GRAÇA seja sobre você,
Denise Gaspar