Em contrapartida, a rendição é o
momento quando minhas forças de resistência param de agir, quando não posso
fazer mais nada, exceto responder ao chamado do Espírito. “O estado emocional
da rendição”, escreve o dr. Harry S. Tiebout, “e um estado no qual existe uma
persistente capacidade para aceitar a realidade. É um estado realmente positivo
e criativo”.
A capacidade de se entregar é um
dom de Deus. Por mais que ansiosamente possamos desejar isso, por mais que
diligentemente possamos nos esforçar para obter isso, a rendição não pode ser
alcançada por empenho pessoal.
Entretanto, a intensidade de
nosso desejo importa. Nossa dedicação para o crescimento é o determinante
isolado mais importante do desenvolvimento espiritual. Sem intenso compromisso
interior somos pouco mais do que diletantes praticando jogos espirituais. A
pérola de grande valor – a mente de Cristo – deve ser o mais valioso tesouro em
nossa vida, e devemos procurá-la na oração perseverante, na cura sacramental e
na força da comunidade cristã.
Somente então se revelará em
nossa vida o milagre da transparência, do amor e da unidade. “Se vocês, apesar
de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que
está nos céus dará o Espírito Santo a quem O pedir!” (Lc11:13). É vontade de Deus que
cresçamos em santidade (1Ts4:70, conheçamos a verdade que nos liberta (jo8:32)
e nos alegremos com uma alegria que ninguém pode tirar de nós (Jo 16:22).
Brennan Manning. Convite à loucura. Ed Mundo
Cristão.
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