“Folguem e em Ti se rejubilem todos os que
Te adoram”, Sl40:16a.
Sempre em todos
os lugares, a suprema questão para a ralé maltrapilha é a Pessoa de Jesus
Cristo.
O que são os
maltrapilhos? Quem são eles?
A obscura
assembléia de pecadores salvos, que sabem que são inexpressivos, têm
consciência de seu quebrantamento e da sua incapacidade diante de Deus,
pecadores que se fiam na misericórdia divina. Atônitos diante do extravagante
Amor de Deus, não dependem de sucesso, fama, riqueza nem poder para autenticar
o valor que eles têm...
“Fiel é a
Palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o principal”, 1Tm1:15. Aturdido e confuso pela
experiência pessoal com o Messias dos pecadores, percorrendo as ruas
barulhentas das grandes cidades e as estradas de terra dos vilarejos, o
maltrapilho segue pela vereda da confiança cega no perdão irreversível do
mestre. As defesas que ele construiu contra sua verdade como pecador salvo são
destruídas no redemoinho da Misericórdia que brilha como relâmpagos em sua
vida.
“Se o Senhor
Jesus Cristo me lavou em Seu próprio Sangue e perdoou todos os meus pecados”,
diz o maltrapilho para si mesmo, “não posso e não preciso deixar de me
perdoar”.
O maltrapilho
reverbera as palavras de Paulo: “Eu sei em quem tenho crido”, 2Tm1:12. O
conhecimento que se sente da ternura
de Jesus, estando nós assustados e deprimidos pelo pecado, e que nos ergue
gentilmente a ele é o coração da espiritualidade maltrapilha. Depois de
tropeçar e cair, o maltrapilho não afunda em desânimo nem em autocondenação sem
fim; ele logo se arrepende, oferece ao Senhor aquele momento de quebrantamento
e renova sua confiança no Messias dos pecadores. Ele sabe que Jesus Se relaciona
com pessoas quebrantadas que se lembram de amar.
Alerta às
manipulações e esquemas da justiça própria dos fariseus, os maltrapilhos se
recusam a entregar o controle da vida a regras e regulamentos. Sabem que a
religiosidade desgastada dos legalistas, apanhados no narcisismo fatal do
perfeccionismo espiritual, torna obscura a face do Deus de Jesus. Eles não
vendem a alma em troca da falsa segurança de uma religiosidade cheia de medos
que deixa aleijado o espírito humano. O lema do maltrapilho são as palavras que
se vêem nas placas dos carros do estado de New Hampshire: “Viver com liberdade
ou morrer”.
Durante os
últimos 03 anos de oração, estudo e autoexame, o Espírito Santo me levou a uma
conclusão inevitável: a confiança cega é a solução para este maltrapilho. Se for a sua solução, o sinal em que você pode
confiar será a transformação lenta, constante e miraculosa da autorejeição em
autoaceitação arraigada na aceitação de Jesus Cristo.
Brennan Manning
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