quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Alegrem-se maltrapilhos


“Folguem e em Ti se rejubilem todos os que Te adoram”, Sl40:16a.
 
Sempre em todos os lugares, a suprema questão para a ralé maltrapilha é a Pessoa de Jesus Cristo.
O que são os maltrapilhos? Quem são eles?
A obscura assembléia de pecadores salvos, que sabem que são inexpressivos, têm consciência de seu quebrantamento e da sua incapacidade diante de Deus, pecadores que se fiam na misericórdia divina. Atônitos diante do extravagante Amor de Deus, não dependem de sucesso, fama, riqueza nem poder para autenticar o valor que eles têm...
“Fiel é a Palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”, 1Tm1:15. Aturdido e confuso pela experiência pessoal com o Messias dos pecadores, percorrendo as ruas barulhentas das grandes cidades e as estradas de terra dos vilarejos, o maltrapilho segue pela vereda da confiança cega no perdão irreversível do mestre. As defesas que ele construiu contra sua verdade como pecador salvo são destruídas no redemoinho da Misericórdia que brilha como relâmpagos em sua vida.
“Se o Senhor Jesus Cristo me lavou em Seu próprio Sangue e perdoou todos os meus pecados”, diz o maltrapilho para si mesmo, “não posso e não preciso deixar de me perdoar”.

O maltrapilho reverbera as palavras de Paulo: “Eu sei em quem tenho crido”, 2Tm1:12. O conhecimento que se sente da ternura de Jesus, estando nós assustados e deprimidos pelo pecado, e que nos ergue gentilmente a ele é o coração da espiritualidade maltrapilha. Depois de tropeçar e cair, o maltrapilho não afunda em desânimo nem em autocondenação sem fim; ele logo se arrepende, oferece ao Senhor aquele momento de quebrantamento e renova sua confiança no Messias dos pecadores. Ele sabe que Jesus Se relaciona com pessoas quebrantadas que se lembram de amar.
Alerta às manipulações e esquemas da justiça própria dos fariseus, os maltrapilhos se recusam a entregar o controle da vida a regras e regulamentos. Sabem que a religiosidade desgastada dos legalistas, apanhados no narcisismo fatal do perfeccionismo espiritual, torna obscura a face do Deus de Jesus. Eles não vendem a alma em troca da falsa segurança de uma religiosidade cheia de medos que deixa aleijado o espírito humano. O lema do maltrapilho são as palavras que se vêem nas placas dos carros do estado de New Hampshire: “Viver com liberdade ou morrer”.
Durante os últimos 03 anos de oração, estudo e autoexame, o Espírito Santo me levou a uma conclusão inevitável: a confiança cega é a solução para este maltrapilho. Se for a sua solução, o sinal em que você pode confiar será a transformação lenta, constante e miraculosa da autorejeição em autoaceitação arraigada na aceitação de Jesus Cristo.
Brennan Manning

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