“E
perseveraram”, diz Lucas. Não está claro que apenas sendo perseverantes eles
confirmariam sua fé? Em um determinado dia, eles creram, foram batizados e
juntaram-se à comitiva dos fiéis. Isto é ótimo, mas e o amanhã? E o depois de
amanhã? Como seria possível saber se a conversão deles havia sido genuína? Como
poderiam apagar da memória daqueles que os criticavam a acusação de que tinham
sido pressionados a tomar uma decisão? A acusação de que tinham cedido à
pressão psicológica feita pelas multidões e decorrente do entusiasmo religioso?
É evidente que só havia uma forma: perseverar.
Eles não apenas
perseveraram, mas persistiram firmes. Assim escreveu Lucas, e o termo
“perseveraram” aparece no versículo para nos mostrar que eles perseveraram
contra uma terrível oposição. A firmeza só se faz necessária quando estamos sob
um ataque, mental ou físico, e a vida daqueles primeiros cristãos é uma
história de fé provada pelo fogo. A oposição era real.
Aqueles
primeiros cristãos voltaram-se para Cristo plenamente conscientes de que
estavam unido-se a uma causa malquista que poderia custar-lhes tudo. Sabiam que
daquele momento em diante seriam membros de um grupo minoritário odiado, cuja
vida e liberdade sempre estariam em perigo.
Esta não é uma
inquietação inútil. Pouco depois do pentecostes, alguns foram presos, muitos
perderam todos os seus recursos materiais, alguns foram mortos logos em seguida
e centenas “se dispersaram”.
Eles poderiam
ter escapado de toda esta situação valendo-se do simples recurso de negar sua
fé e abraçar o mundo; contudo, eles firmemente se recusaram a agir desta forma.
A. W. Tozer. Verdadeiras Profecias.
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