quarta-feira, 28 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Pagamento ou entrega, eis a questão!!!
“Tendo eles chegado a Cafarnaum,
dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram:
Não paga o vosso Mestre as duas dracmas? Sim, respondeu ele. ao entrar Pedro em
casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os
reis da Terra impostos ou tributos: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo
Pedro: dos estranhos. Jesus então disse: logo, estão isentos os filhos. Mas,
para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe
que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e
entrega-lhes por Mim e por ti.”. Mt 17: 24 a 27.
... O imposto
foi apenas a ilustração. Pensem nos outros impostos.quem tem marido, tem imposto
(o nome é “imposto” porque o negócio é imposto). Quem tem mulher também tem
imposto – tem muita coisa que a mulher impõe também. Quem tem pai, tem imposto.
Quem tem filhos, cada vez mais tem um imposto, também. Nós temos muitos
impostos: impostos psicológicos, impostos afetivos. Quanta cobrança afetiva,
quanta coisa absurda! E nós entregamos, não com a consciência de quem tem
direitos. Quem tem direitos, na maioria das vezes, não entrega. Quem reconhece
o direito de quem cobra, esse paga – ainda que não concorde. Mas quem entrega,
de fato transcendeu a quem cobra, transcendeu ao sentido da cobrança, reconhece
apenas uma pequenez instituída como dogma. E ama o suficiente para ver que as
mentes não passam de determinados limites. E é por amor que ele entrega. Mas essa
não é uma lei que o fará tornar-se dependente nem doente de idiotices que estão
para além de qualquer razoabilidade; há um limite. Há uma hora em que o próprio
Pedro aprendeu a dizer: “Antes importa obedecer a seus do que aos homens”. Mas enquanto
esse encontro limítrofe não se estabelece, existe uma jornada relativamente
longa de concessões da misericórdia, de renúncias da consciência, de
alongamentos e longanimidades praticadas por causa do reconhecimento da
incapacidade do outro.
O que Paulo
veia a expandir em Rm 14, em 1co 8 e 10, e o que Tiago veio a transformar numa
epístola está tudo resumido no espírito do Evangelho, nessa passagem, nesse
episódio, que nos ensina a ser discípulos de Jesus sem perder a doçura, sem
perder o amor, sem achar que está dando dinheiro como um otário para calhordas;
mas transformando tudo numa oferta, transformando tudo numa entrega,
transformando tudo num culto, enquanto a conveniência do outro não cresceu o
suficiente para entender os novos significados.
Quem aprende
isso e não restringe apenas à ilustração do imposto, estende a consciência dessa
percepção para todas as outras dimensões da vida, para todos os outros
impostos. Quantos impostos pagamos e que não são em dinheiro?! São impostos de
atenção, são impostos em consideração, são os impostos que a juventude tem de
pagar à velhice. Então, não pague; ofereça.
Quanto mais
eles forem pagamentos, mais obedientemente amargurados seremos. Quanto mais
forem ofertas, mais nos gerarão a gratidão de saber que é um privilégio ter
entendido o que entendemos. Que é um privilégio, em tendo entendido tudo o que
entendemos, não usar isso contra o próximo e nem contra nós, como surto de
superioridade sobre a suposta pequenez da compreensão do outro. É um privilégio
fazer isso sabendo que, para essa entrega em amor, haverá sempre graça e
suprimento de Deus para nós. E é um privilégio aprender com Jesus a diferença
entre fazer por causa da consciência, da conveniência e da edificação, e fazer
por causa da burrice, da alienação e da não-reflexão. É um privilégio aprender
com Jesus que fazemos porque entendemos que é melhor fazer por causa daqueles
que não sabem o que fazer se nós não fizermos.
O princípio que
está em operação é o de um amor que se aplica às limitações e à compreensão da consciência
do outro.
Quem não
aprender a ter esse olhar, se amargurará. O discípulo que não tiver esseolhar
se tornará judicioso, legalista do Evangelho, se tornará aquele cara com fome e
sede de justiça, não conforme a justiça do Evangelho, mas conforme a justiça do
sindicato, que não tem, necessariamente, nada a ver com a justiça do Evangelho.
O indivíduo que
não aprender isso vai ler o Sermão do Monte não como um desafio para ele ser
gracioso na vida; vai ler o Sermão do Monte como um instrumento de cobrança em
relação aos outros, e não de percepção de si mesmo. Quem não entender isso vai
sofrer muito, se frustrar muito, se magoar muito, vai desenvolver muitas
infantilidades. E vai sempre perguntar: por que, Senhor? Por que eu, que sou
Teu filho, estou tendo que pagar isso? Por que eu, que sou Teu filho, tenho que
me submeter a isso? Por que eu, que sou Teu filho, tenho de viver no meio desse
absurdo?
Filho de Deus
tem de ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. e se no nosso caminho
como discípulo não aprendermos que a vereda passa por aí, não nos prepararemos
para um dia nos oferecer, como Pedro, para ser crucificado de cabeça para
baixo. Não nos prepararemos para um dia anunciar como Paulo, que sabia que os
dias estavam contados, mas que ele tinha combatido o bom combate, completado a
carreira e guardado a fé. Ele não tinha se dedicado a nenhuma mesquinharia
desta vida, porque seu tesouro estava, de fato, no céu. Porque de fato ele não
queria se fartar da justiça dos homens, mas da Justiça de Deus.
A justiça dos
homens nos outorga direitos; a Justiça de Deus nos coroa com galardão. O discípulo
tem de escolher se ele quer ser o rei da retidão da Terra ou se ele quer ser
apenas um ser justificado, que chama Deus de Abba, Pai. Que renuncia com muita frequência,
sabendo que quanto mais ele renuncia , mais ele estoca; quanto mais ele
oferece, mais lhe é oferecido. Porque essa é a lei da vida, esse é o princípio
do Evangelho, esse é o caminho do discípulo; no meio da tirania, do casuísmo,
da arbitrariedade, do absurdo, do non-sens,
jamais será eximido de ter de andar por essa vereda. Por isso temos de aprender
a andar nela. Jesus também está dizendo: siga-Me nessa vereda do absurdo. Seja Meu
discípulo nesse caminho. Aprenda de Mim, também nessa jornada.
sábado, 24 de agosto de 2013
Quem escolheu quem?
“Eu vos escolhi a vós,
(Para que?)
para que vades e deis fruto
(Que fruto?
A Minha Natureza, o Amor; e assim deis frutos de arrependimento)
A Minha Natureza, o Amor; e assim deis frutos de arrependimento)
e o vosso amor permaneça para sempre”.
Jesus Cristo
terça-feira, 20 de agosto de 2013
É assim que a vida é !!!
Jesus não
trabalha com as categorias da empolgação. Não há nenhuma psicologia de empolgação
em Jesus. Ele não era evangelista evangélico, não era pentecostal – nesse
sentido de: amém ou não amém; hoje é o dia, hoje é a hora! Não tem nada disso
com Jesus. Com Ele a vida é exatamente como ela é: as coisas faltam quando
faltam, acabam quando acabam. “A quem tem se lhe dará, a quem não tem, até o
que pensa ter lhe será tirado”. É assim que a vida é.
Gente boa pode
subir numa torre e a torre desabar com ele – e isso é uma tragédia, um absurdo,
sem explicação. Qualquer um pode ser objeto do capricho de um poderoso que
acordou mal-humorado e resolveu fazer do outro um bagaço. E o Evangelho tem que
caber é na realidade da existência. É por isso que Seus mandamentos não têm
romantismo: ore pelo inimigo, pelo que o persegue; não deixe que ele o desvie
do seu caminho. Entregar uma túnica para ele sai barato; o que sai caro é ficar
brigando com esse bicho doido. Ele quer sua capa, quer sua túnica? Deixe-o
levar; passe no seu caminho e deixe-o ficar brigando, não perca seu tempo com isso.
Ele não vai ficar curado com a sua argumentação. Então, siga.
Em Jesus não há
nenhuma estratégia de empolgação. Leia os evangelhos e veja como em todas as
vezes que os discípulos estão ficando empolgados, Jesus os leva para um choque
anafilático: tira-os da transfiguração e os joga logo na cara de um endemoninhado
de quem ninguém conseguiu expulsar o demônio; abaixa a bola de todo mundo. E se
não for assim, nós surtamos; ou morremos com raiva de Deus.
Alguém pode
perguntar: raiva de Deus? Sim. A maior parte das pessoas que eu conheço com
raiva de Deus tem essa fé Polyana moça, essa fé do tudo vai dar certo! Esses estão
fadados a ficar com raiva de Deus, porque a vida não será assim. Deus não
realizará essa Disneylândia para nenhum deles. E como a coisa veio até eles
como promessa de Deus – embora de Deus promessa -, ao final, a conta é paga e é
mandada para a celestialidade com um: Por que, Senhor, me deixaste? Por que me
enganaste? Por que perdi dez anos, por que esperei tanto tempo?
Quem não quer
fazer o caminho do autoengano que faça uma viagem profunda no livro de
Provérbios, todo dia (são 31 capítulos, da pra ler, todo mês, o livro todo), e
então verá, preto no branco, que não dá para semear espinho e colher uva,
nunca! É simples assim.
Quero aqui
fazer uma convocação, à semelhança do que Jesus fez com os discípulos,
insistindo com eles no tema do qual fugiam. Forçando-os a parar com a
alienação, com a evasão, com o autoengano, com a tristeza piedosa, com a
desculpa para não encarar o mundo real anunciado pela Palavra de Deus.
As coisas
são como as coisas são. E Deus é maior!
Caio Fábio. O Caminho do discípulo 2. Ed. Prólogos.
domingo, 18 de agosto de 2013
Pra que cultuar heróis????
Apesar de
tudo, continuamos a sentir uma insaciável sede de integridade, uma fome
constante de justiça. Quando não suportamos mais e ficamos demasiadamente
incomodados com esses indivíduos artificiais e rasos que nos são diariamente
impingidos como celebridades, alguns de nós voltam a atenção para as Escrituras
a fim de satisfazer a necessidade de encontrar alguém que valha a pena
observar. O que significa, afinal, ser um homem ou uma mulher real? Que forma a
humanidade autêntica e madura assume em uma vida normal?
A Palavra de
Deus, no entanto, não participa desse jogo. Algo muito diferente acontece na
vida de fé: nela cada um descobre todos os componentes de uma aventura original
e única. Pelas Escrituras somos alertados acerca dos riscos de seguir as
pegadas dos outros e chamados a uma incomparável associação com Cristo. A
Bíblia deixa bem claro que cada história de fé é completamente original. O
gênio criativo de Deus é inesgotável. Ele jamais, cansado de manter os rigores
da criatividade, lançará mão do recurso de produzir cópias em massa. Cada vida é uma
tela em branco sobre a qual Deus pinta todas as linhas e matizes de cores,
sombras e luzes, diferentes texturas e proporções, todas nunca antes usadas por
Ele.
Quando, porém,
nos voltamos para as Escrituras em busca de auxílio nesse assunto, é bem
provável que fiquemos surpresos. Um dos primeiros fatos que nos assusta é a
constatação de que, para nossa decepção, os homens e as mulheres bíblicos não
foram os heróis que imaginamos. Não encontramos entre eles modelos impecáveis
de virtude. Isso sempre assombra os inexperientes na Palavra de Deus. Abraão
mentiu, Jacó enganou, Moisés assassinou e murmurou, Davi cometeu adultério e
Pedro blasfemou.
Prosseguimos
na leitura do texto bíblico e começamos a perceber sua verdadeira intenção:
trata-se de uma estratégia consistente para demonstrar que as maiores e mais
significativas figuras da fé foram moldadas no mesmo barro que nós. Descobrimos
que as Escrituras poupam detalhes sobre as pessoas, porém, são pródigas nas
informações que dão a respeito de Deus. A Bíblia recusa-se a alimentar nossa
ânsia de cultuar heróis. Ela não se curva diante de nosso desejo adolescente de
fazer parte de algum tipo de fã-clube. Creio que a razão disso é bastante
clara. Por meio de fotografias, pequenas recordações, autógrafos e viagens de
turismo, estabelecemos certa associação com alguém cuja vida – conforme
imaginamos – é mais empolgante e interessante que a nossa. Assim, acrescentamos
um pouco de diversão à nossa monótona existência ao seguir as pegadas de uma
pessoa notável.
Vemos na Santa
Palavra que o que é possível:
qualquer um pode viver uma vida singular, livre dos esteriotipados padrões
estabelecidos por uma sociedade emaranhada no pecado. Uma vida assim funde
espontaneidade e propósito, tingindo a paisagem desértica com o verde jovial de
fé, participando do que Deus começa a fazer em cada vida, descobrindo o que Ele
está realizando em cada evento. Os homens e as mulheres que encontramos nos relatos
bíblicos são notáveis pela vida intensamente focada em Deus, pela forma como
cada detalhe se submete ao que Deus lhes diz, e ao que Deus lhes faz. São as
pessoas, em quem a consciência de participar do que Deus diz e faz é plena, as
que mais se revelam humanas e cheias de vida. Essas pessoas são a prova de que
nenhum de nós está obrigado a resignar-se diante desse viver medíocre, nem
sequer por uma hora ou mais um dia.
Eugene H. Peterson. Ânimo. Ed. Mundo Cristão.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
A segunda milha
No
Sermão do Monte, Jesus desafiou o senso comum a respeito da maneira e se
relacionar com os soldados romanos que ocupavam a nação, (Mt5:38ª48): “Vocês
ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas Eu lhes
digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os persegue”. Jesus ilustrou
isso com três situações práticas. A primeira foi: Se alguém batesse na face, a
outra deveria ser oferecida. Segunda: Se alguém tomasse a túnica, a capa
deveria também ser dada. Terceira: Se um soldado romano obrigasse alguém a
carregar sua mochila por uma milha, a pessoa deveria ir com ele duas.
Com
que objetivo Jesus sugeriu que o fardo pesado do soldado deveria ser carregado
por mais uma milha sob o sol escaldante do Oriente Médio? Porque a primeira
milha era uma obrigação legal. Porém, quando a vítima se oferecia para levar o
fardo uma segunda milha, seria natural que o soldado romano quisesse saber por
que a pessoa estava disposta a carregar o fardo além da exigência legal. Isso
dava oportunidade de falar do amor de Jesus ao soldado.
Hoje
andamos a primeira milha, seguindo Jesus. Eu proponho que andemos a segunda
milha a fim de compartilharmos Seu Amor. Jesus disse que devemos amar nossos inimigos. Isso não faz
sentido para a nossa mente. Como podemos amar alguém a quem odiamos? Essa
ordem, porém, é algo esplêndido, pois se eu decido amar alguém, essa pessoa não
pode continuar sendo minha inimiga. Eu digo sempre que a melhor maneira de
desarmar um terrorista é ir até ele e dar-lhe um caloroso abraço – pois você
está perto demais para que ele o alveje. Se eu amo alguém, certamente vou
procurar dar a ele ou a ela o melhor presente que eu possa imaginar. Isso
significa compartilhar as boas-novas do Evangelho.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Uns cálculos malucos
Se um anjo matou 185 mil do
exército de Senaqueribe como descrito em 2Rs19:35, quanto mais poderiam fazer
as 12 legiões de anjos que o Pai teria enviado a Jesus se Ele pedisse,
(Mt26:53)?!
Façamos uns cálculos “malucos”: uma legião tinha 6.000 homens; doze
legiões são 72.000, se cada anjo é capaz de aniquilar a 185.000 em uma só
noite, Jesus teria à Sua disposição um potencial para destruir 13.320.000.000
de pessoas num instante; mais que o dobro da população atual do planeta e 60
vezes mais que a população dos tempos de Jesus.
Na verdade, não foram cravos
que mantiveram o nosso Senhor na cruz, mas, sim, Seu Amor sem limites por você
e por mim.
Neil Rees. Nem tudo o que há em nossas Bíblias foi
inspirado por Deus. Ed Horizontes Brasil.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Livra-nos dos confortos e certezas
Quero compartilhar algo que me fez meditar.
Agradeço a Deus por todas as vezes em que me livra dos confortos e das certezas que me afastam d'Ele, impedindo
Denise Gaspar - 27-04-09
Hoje ouvi algo mais ou menos assim:
"Surgem mudanças súbitas e radicais onde a gente precisa se reinventar e aprender como será a vida daí em diante. E não nos damos conta que Deus está operando. Deus nos salva do conforto de Deus para nos fazer crescer em Deus".
Há um tempo atrás ouvi:
"Deus está mais preocupado com nosso caráter do que com nosso conforto".
Eu creio no Amor e na Graça de Deus. Eu creio que Deus opera em todas as situações para transformar nosso coração. Creio que Ele nos conduz em triunfo quando opera maravilhas em nosso coração.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
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