Confiança é o bem maior que pode se instalar no ser de um homem.
Confiar é, portanto, o maior desafio do ser humano...
A verdadeira confiança é um estado da fé, quando se transforma em entendimento espiritual, o que torna a confiança não apenas em algo como um ato, mas sim como a realidade de um estado permanente, no qual os atos em si são feitos da matéria prima da própria confiança.
Mas como e por que alguém confiaria no invisível?
Ora, a questão é que todas as coisas que são, são como são. Portanto, sem confiança e fé, não muda a Terra, posto que somente a fé projeta o que é bom, mesmo que ainda não exista como fato concreto.
Somente a confiança muda o mundo que nos cerca; mas para que isto aconteça, ela antes tem que ter mudado o mundo interior do homem que diz experimenta-la.
Na falta de confiança, todavia, subsiste apenas a desconfiança da sobrevivência, e que é infinitamente mais aflita que a luta de uma fera pela vida, posto que nossa inteligência caída nos remete sempre para as piores conclusões da inteligência inclinada para o mal, pois que o mal existe em nós; daí ele ser projetado como imagem de nosso interior sobre o mundo, e como todos fazem assim, nos defendemos uns dos outros, e nos matamos em desconfiança.
Somente a fé que permanece confiante é que carrega consigo as certezas de coisas que se esperam e a firme convicção de fatos que se não vêem.
Confiança, portanto, não se entrega pela metade, nem nos provê com suas bênçãos se a entrega a ela não for total. E o “total” nesse caso é apenas aquilo que se transforma em descanso. De tal modo que a confiança é medida pelo descanso que a alma experimente enquanto confia.
Confiança deve ser o estado do ser pacificado com Deus. Por outro lado, ninguém é pacificado em Deus se não se entregar em confiança ao amor e à fidelidade de Deus.
Confiança é fruto de alguém saber que nada pode separa-lo do amor de Deus!
Quem assim crê, assim vive!
Nele,
Caio Fábio 28/12/2004
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