terça-feira, 3 de março de 2009

O bom contágio


Muito bem, e o que importa tudo isso? Nada neste mundo é mais importante. Toda essa dança, ou peça dramática, ou característica dessa vida “tripessoal” deve realizar-se em cada um de nós.


Colocando de outra forma: cada um de nós deve ter essa mesma característica, deve tomar parte nessa dança. Não há outro caminho que nos conduza à felicidade para a qual fomos feitos.


Tanto as coisas boas como as ruins, você sabe, são contagiantes. Se você quer se aquecer, tem de ficar perto do fogo. Se quiser se molhar, tem de entrar na água.


Se deseja alegria, poder, paz e vida eterna, precisa se aproximar destas coisas ou até daquilo que as possui. Não se trata de alguma espécie de prêmio que Deus pudesse, se assim o desejasse, simplesmente passar adiante para alguém.


É uma grande fonte de energia e beleza que jorra a partir do centro da realidade. Se você estiver perto dessa fonte, a névoa úmida vai atingi-lo e o molhará; se ficar de longe, se manterá seco.


Uma vez unido a Deus, como um ser humano poderia não viver para sempre? Uma vez separado de Deus, o que ele poderia fazer a não ser murchar e morrer?

Agora, tudo o que o cristianismo oferece resume-se a: deixarmos Deus agir, poderemos compartilhar da vida de Cristo. Se assim fizermos, estaremos então compartilhando de uma vida que foi gerada, e não criada, que sempre existiu e continuará a existir. Cristo é o Filho de Deus.


Se compartilharmos esse tipo de vida, também nos tornaremos filhos de Deus. Devemos amar o Pai da mesma forma como o Filho O ama, e o Espírito Santo estará em nós. Cristo veio a este mundo e Se tornou homem a fim de dar para todas as pessoas o tipo de vida que Ele mesmo possui – por meio do que eu chamo de “bom contágio”.


Todo cristão deve tornar-se um pequeno Cristo.

O propósito de se tornar um cristão nada mais é do que isto.


C.S. Lewis. “Um ano com C. S. Lewis”, ed Ultimato.

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