De modo semelhante, quando vemos, de verdade, quem Deus
É, e testemunhamos a ação de Seu amor, misericórdia, fidelidade e justiça,
somos impelidos ao louvor, que jorra de dentro de nós sem que possamos
resistir. Seremos obrigados a
expressar nossa admiração frente ao nosso Deus.
Essa doxologia, em particular, que começa a carta
aos Efésios (1:3-14) gira e torno dos versículos 6, 12 e 14, com a frase “para
louvor de Sua Glória”. Se olharmos mais atentamente, veremos que o assunto dos
versículos 3 a 6 é o Pai, os 7 a 12 falam sobre o Filho e o 13 e 14 se referem
ao Espírito Santo. O que aprendemos sobre o pai na primeira seção é tão
maravilhoso que não há como não passar a viver para o louvor de Sua Glória. O
que a seção seguinte nos diz sobre o Filho e o que fez por nós faz-nos vibrar
de tal maneira que não podemos deixar de viver para o louvor de Sua Glória. A convicção
cheia de fé que obtemos ao ler a seção final sobre o espírito Santo inunda-nos
com uma alegria tão grande que não há como viver para o louvor da Sua Glória.
Parte da fraqueza de muitas igrejas esse início de século
deriva de um fato: nossa doxologia não trata a Trindade como deveria. Todos sabem
que é verdade que algumas igrejas se especializam no Espírito Santo, dando
pouca atenção ao Pai e ao Filho, enquanto que outras colocam a ênfase em Jesus,
excluindo os outros dois membros da Trindade Suprema. Se não damos importância
igual a todas as três Pessoas da Trindade, nossa fé fica um pouco
desequilibrada. Se meu interesse é apenas manter um relacionamento pessoal e
chegado com Jesus, perco a reverência, essencial ao que as Escrituras chamam de
“o temor do Senhor”. Se me voltar apenas para o Espírito Santo e o poder que
Ele me concede, tomo como normal o imenso sacrifício que Jesus Cristo fez para
que esse poder fosse acessível a mim e esqueço-me do infinito amor demonstrado
pelo Pai ao dar Seu Filho ao mundo. Sendo muito fácil adulterarmos nossas
trindades (tanto sutilmente quanto abertamente), é vital para nossas
comunidades cristãs que demos vigor ao pensamento genuíno sobre a Trindade,
para que possamos entender quem somos e a partir daí ser continuamente
renovados e transformados em resposta ao Deus Trino.
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