terça-feira, 2 de abril de 2013

O céu está cada vez mais perto!!!

Recebi, hoje, a notícia que o pai de uma querida amiga foi estar com o Senhor. Sei que neste momento a dor é muito grande e que palavras não são suficientes para confortar quem sofre a perda, mas fiquei pensando que é assim que aquele que segue Jesus se expressa, quando alguém parte: "ele ficou ausente de nós para estar presente com o Senhor".
Não deixou de existir, só mudou de endereço. Está ausente do corpo, mas presente com o Senhor. Foi desfrutar das coisas inefáveis aos quais não é lícito ao homem falar, como Paulo escreveu em 2 Coríntios 12, quando comenta, de modo breve, a experiência que teve de ser arrebatado ao Paraíso.
Está seguro nos braços de Jesus, Aquele que o amou primeiro e o amou ao ponto de dar Sua vida em seu lugar, experimentando abundância de alegria e delícias para todo sempre. Está provando, em plenitude e sem restrições, de tudo aquilo que nós só experimentamos, em Deus, como pequenas gotas, nos momentos de maior comunhão, intimidade, arrebatamento e êxtase espiritual, aqui na neste mundo.
Lembra daquele culto inesquecível? Daquele momento em que Deus parecia tão presente e perto que parecia que você quase podia tocá-lo? Daquele momento em que o choro se misturou com o riso enquanto você sentia a presença de Deus inundando o seu interior? Daquele dia em que você não sabia mais se estava na terra ou no céu, tamanho era a consciência da presença, do amor e da graça de Deus que estava tomando você? Inesquecível, não é? Multiplique isto por alguns quintilhões e você e eu teremos um pequeno vislumbre do que aquele que partiu para estar com Cristo está experimentando neste exato momento.
Foi assim, também, que o próprio Paulo descreveu este fato da vida quando se referiu ao fato de que ele mesmo, a qualquer momento, poderia partir e estar com Cristo, o que ele considerava ser incomparavelmente melhor.
Momentos assim me fazem pensar em como o céu está cada vez mais perto de nós. Porque, embora, aqueles que confessam o nome de Jesus não falem mais sobre o céu como os nossos pais na fé falavam e cantavam, ele não deixou de ser uma realidade.
Hoje, as pessoas estão muito mais preocupadas com o imediato, o aqui e agora, o material, o consumo, a aparência, o bem estar terreno e as conquistas neste mundo; mas há vinte anos atrás, eu costumava ouvir as igrejas cantando músicas como "Céu, lindo céu, eu vou morar no lindo céu" e "nossa esperança é sua vinda, o Rei dos reis vem nos buscar. Nós aguardamos, Jesus ainda, té o fim da manhã raiar", ou ainda, "Jesus virá, outra vez aqui, Jesus virá mais outra vez aqui. E todos, juntos, em um só louvor, cantemos sempre: Ele é o nosso Senhor".
Lembro como os pregadores, de então, se emocionavam até às lágrimas, tentando descrever com pobres e limitadas palavras humanas o inimaginável consolo, alegria e paz de estarmos presentes face a face com Aquele que deu Sua vida por nós.
Estaremos com Ele e veremos Seu rosto como Ele é. Não haverá mais dor, nem sofrimento, nem morte, nem doenças, nem lágrimas, nem maldade, nem exploração, nem humilhação e nem escuridão. Ele mesmo enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. Aquilo que pode se corromper se revestirá de incorruptibilidade e o que é mortal se revestirá de imortalidade. Então se dirá: A morte foi tragada pela vitória! Porque, como pregou o Rev. Caio Fábio: a morte morreu na cruz!
Daí que a Bíblia chama a volta de Jesus de a bem-aventurada esperança. Cristo vai voltar e nos levar para estar com Ele. Daí que seja qual for o entendimento que você tenha do Apocalipse, das profecias de Daniel ou da ordem cronológica no Sermão Profético de Jesus, registrado em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21; em uma coisa todos nós podemos concordar: o Rei está voltando!
Basta olhar os sinais à nossa volta. A natureza, gemendo com dores de parto, está gritando isto para nós. Os eventos mundiais proclamam isto todos os dias. O agir soberano, livre e irrefreável do Espírito Santo nos lugares mais longínquos da terra confirma esta verdade. É só ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Por isso, eu ouso afirmar que o céu está cada vez mais perto de nós. Ou como cantava o Grupo Som Maior, nos anos 80: "Não vai tardar e Cristo há de voltar. Não vai tardar e veremos Jesus".
É então que "aqueles que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e nós que estivermos vivos seremos transformados e arrebatados, juntamente com eles, para o encontro do Senhor, nos ares, e assim, estaremos para sempre com o Senhor". É com estas palavras que Paulo diz que as pessoas consolassem umas às outras. Jesus vai voltar! Nós vamos encontrar o Senhor e todos os que já partiram antes de nós. Já pensou que grande festa será?
É claro que nós somos humanos, sentimos a dor em toda a sua crueza e intensidade, sofremos e choramos as perdas, e gememos, aguardando este dia, porque somos, apenas, vasos de barro andando sobre pés de argila.
Mas sabe de uma coisa? O céu está cada vez mais perto! Cada dia que passa, ele está cada vez mais perto!
E não é porque os pregadores dos nossos dias não pregam mais sobre isto e porque os cantores dos nossos dias não cantam mais sobre isto, que esta palavra não vá se cumprir. Ela não depende de nós, só depende de Deus. E Deus é Deus o bastante para fazê-la acontecer.
Na verdade, crer nisto traz consolação. E num momento assim é de consolação que precisamos. Não é uma fuga emocional, mas uma consolação. Não é um modo de nos escondermos da realidade ou de confrontarmos os problemas do mundo, como alguns pregadores começaram a propagar e riscaram a mensagem da segunda vinda de Cristo dos seus púlpitos, mas a esperança da Igreja de Jesus. Jesus vai voltar!
O fato é que ainda não estamos no céu, e por mais que alguns queiram e tentem, não há como transformar este mundo caído em céu. No mundo temos aflições. Vivemos num mundo cheio de cardos e espinhos. Neste corpo gememos aguardando o dia da redenção. Em tudo somos atribulados, mas não destruídos, ficamos perplexos, mas não desanimados.
O que a Bíblia ensina é que Deus está nos preparando novos céus e nova terra onde habita justiça.
De fato, a Bíblia diz que somos peregrinos e forasteiros nesta terra e que temos uma cidade da qual o único arquiteto é Deus. Daí que temos sem possuir. Ou, como escreveu, Henri Nouwen, aprendemos a viver com as mãos abertas, sem querer segurar tudo, controlar tudo e possuir tudo. 
Nós não deixamos de viver o dia a dia da vida e nem de amar a vida, a Criação e tudo que Deus nos proporciona, aqui e agora, mas sabemos que não há Evangelho verdadeiro sem a proclamação desta bem aventurada esperança.
O Deus que se fez homem, em Jesus, e que nos reconciliou com o Pai, através de Sua morte e ressurreição, consumando toda a obra, de uma vez por todas e para todo sempre, na cruz, é Aquele que vai voltar. O Cristo que derramou o Espírito Santo Consolador para habitar e viver em nós é Aquele que vai voltar como Rei dos reis e Senhor dos Senhores.

Posso terminar com o verso de um velho hino de Andrae Crouch: "Breve Cristo vem e nós vamos ver o Rei. Breve Cristo vem e nós vamos ver o Rei. Aleluia, aleluia, nós vamos ver o Rei".

Maranata, ora vem Senhor Jesus!

Paulo Cardoso

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