terça-feira, 16 de agosto de 2016

Essa é a revista nº 56. 
Trata do coração limpo, livre do mau que procede do coração, como disse Jesus; 
e livre das aparências.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A dor de Deus

Jesus amado, meu Senhor, eu preciso encontrar em Ti a direção a seguir, porque essa angústia invade meu coração; esse clamor arde em meu coração. 
Não pode ser tudo tão fútil, ter o seu fim em si mesmo, pregar por pregar, fazer por fazer...
Temos que estar cheios do Teu Espírito para que andemos segundo Teu coração para que flua Vida.

Os campos estão brancos, é necessário que os ceifeiros estejam inundados da Tua Graça e da Tua Presença para que Tu faças a obra por nós, através de nós.

Inunda-nos, Paizinho!!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O que significa ligar e desligar - ESPIRITUALIDADE SUBVERSIVA

R e v i s t a  P I T A D A  D E  S A L

Uma pitada do Evangelho da Graça em sua vida!!!

Ano VII - Nº 48 Mar/Abr 2015. Proibida a venda; distribuição gratuita.



Em verdade vos digo que tudo o que ligares na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por Meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, ali estou no meio deles. Mateus 18:18-20

Nós examinamos o texto de Mt18:15 -35 e eu disse que o problema está nos versos 18 e 19, onde, após Jesus nos mostrar como se deve proceder com a pessoa que nos ofendeu, Ele diz: “Em verdade vos digo que tudo o que ligares na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. Esse texto é um texto que entra em contradição com todo o ensino do Evangelho se sua interpretação for aquela que a igreja chamou para si.
A igreja chamou para si uma interpretação clerical, que dá aos líderes, aos pastores, aos apóstolos, aos bispos, e outros, o suposto poder de determinar quem está ligado a Deus e quem não está ligado a Deus. A igreja arrogou para si o poder de dizer quem é e quem não é de Deus, quem está e quem não está em comunhão. O que contradiz inteiramente com o espírito do NT.
Em Mateus vemos que tais surtos nos remetem imediatamente à questão da relacionalidade com nosso ofensor. E Jesus diz como proceder: vai sozinho; se ele te ouvir, ganhaste teu irmão... Mas se ele não te ouvir, declara-o publicano e pecador. O conceito de publicano e pecador para os judeus era totalmente diferente do conceito de publicano e pecador para Jesus.
Para os judeus, os publicanos e pecadores eram os outros, os párias; para Jesus, eram aqueles que Ele mais acolhia, com quem mais comia, em cujas casas mais entrava, a quem mais estendia misericórdia. De modo que se eu tomar os judeus como chave hermenêutica, (chave para meu entendimento), para interpretar a expressão “considera-o publicano e pecador” eu terei de pensar com as categorias do farisaísmo que exila, que bane, que diz: com esse aqui eu não falo mais. E isso também contraria o espírito de Jesus, que tinha acabado de dizer a João (que queria fazer descer fogo dos céus sobre os samaritanos): você não sabe de que espírito é, porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens e, sim, para salvá-las. É nesse contexto que aparece essa história de que “o que ligares na Terra terá sido ligado nos céus, e o que desligares na Terra terá sido desligado nos céus”. Esse é o texto usado de maneira absolutamente áurea, desgraçadamente áurea, pela igreja, pelo cristianismo, nesses mil e setecentos anos, para a usurpação de poder que criou essa exacerbação de tiranias, de despotismos, de perversidades, de ações contra o próximo; baseado em caprichos papais, ou bispais, ou cardinais, ou supostamente apostolares.
Então, nós percebemos que o sentido não poderia ser o considerar desprezível o publicano e pecador que não fez a viagem da consciência até o fim, se a nossa chave hermenêutica é Jesus, se Ele é o Verbo encarnado e se é a partir dEle que eu entendo o Evangelho. Ora, se o meu eixo não é a interpretação dos judeus sobre os publicano e pecadores, e, sim, a interpretação de Jesus em relação a eles, o que Jesus estaria dizendo é: se esse indivíduo que o ofendeu, e que você já tem de perdoar de saída, não fizer a viagem da graça em favor dele mesmo, trate-o, daí para frente, com aquela misericórdia e com aquele carinho que vocês Me viram tratando a todos aqueles que eram considerados párias pelos judeus, ou todos aqueles que se fazem párias pelo distanciamento, pelo desvinculamento. Ou seja, qual é o tratamento? É de mais amor, mais graça, mais misericórdia; a menos que esse indivíduo seja alguém que queira perverter o Evangelho para a comunidade, desviar a consciência das pessoas do bom e reto caminho do Evangelho. Aí, nesse caso, anunciar-se-ia isso à comunidade apenas dizendo: Olhem, já não é mais uma questão de ofensa pessoal – isso está tudo resolvido e perdoado -, é o ensino que se tornou corruptível; por isso, cabe a nós, como vigilantes e guias das vossas almas, dizer que essa pessoa não está ensinando aquilo que fará bem. É o máximo a que se pode chegar. Mas isso não exclui o amor, a misericórdia, a graça.
O cristianismo entendeu que esse seria um texto que faria Jesus entrar em contradição consigo mesmo, o tempo todo, pois foi ele quem disse: não julgueis para que não sejais julgados.
Foi Ele quem disse para que ninguém tentasse separar o joio do trigo, porque ninguém tem o discernimento das naturezas essenciais. Chegaria a hora em que o Pai mesmo providenciaria essa separação; Jesus não delegou isso a ninguém. Será trabalho de anjos em um determinado tempo, jamais de homens.

Jesus foi claro; não arranquem o joio, não separem, não façam assim, porque ninguém conhece as naturezas, e as aparências enganam. Às vezes, é um trigo que está vivendo um momento de joio, e então podem arrancar uma boa natureza.  E nós vimos que seria uma contradição ainda maior também porque Pedro, entendendo isso como sendo algo que tinha a ver com uma responsabilidade que Jesus dava – de ligar sempre, de manter o coração sempre vinculado ao amor, à graça, ao perdão, à misericórdia -, não entendeu como uma prerrogativa de superioridade. Pedro entendeu como um mandamento de perdão. Ele entendeu que se andasse no caminho conforme o Evangelho que fosse falar com o irmão que o havia ofendido já no espírito da cruz, dizendo: Pai, perdoa-lhe, porque ele não sabe o que faz. Numa tentativa de ganhar a alma, o coração, a consciência de um irmão, mas não para decidir se perdoaria ou não perdoaria aquele indivíduo. Pedro já havia aprendido com Jesus que o indivíduo, convertido ou não, teria de ser perdoado.
Então, nós vimos o que esse texto não é. Ele não é um texto que concede a alguém – a nenhum grupo de dois, de três, de dez, seja lá de quantos forem o poder, na Terra, de determinar quem está ligado a Deus e quem não está ligado a Deus. Seria uma contradição com o ensino inteiro do Novo Testamento, que diz que há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, o Homem. Seria uma contradição com o espírito do Evangelho, que diz que ainda que um grupo humano inteiro resolva demonizar alguém e nunca perdoar, por qualquer que seja a veneta religiosa que neles dê, isso não alterará em absolutamente nada a sua relação com Deus; porque é Deus quem o justifica.
Vamos tratar do que o texto de fato significa, quando diz: “Aquilo que ligares na Terra terá sido ligado nos céus, e aquilo que desligares na Terra terá sido desligado nos céus”. O contexto antecedente tem a ver com reconciliação com o irmão, e o contexto que o sucede afirma a necessidade do perdão em razão da graça descomunal que recebemos. Porque, como diz Paulo: “Fiel é a Palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo morrer pelos pecadores, dos quais eu sou o principal”. Quem se sabe dos pecadores o principal, sabe-se também dos pecadores o que mais tem que perdoar. Para sempre. Aquele que se sabe dos pecadores o principal não é porque entrou num concurso de pecaminosidade; é porque ganhou a consciência da sua própria natureza e chama para si as implicações de dizer; eu me incluo entre todos os que igualmente pecaram e carecem da Glória de Deus; e careço mais que todos, porque dos pecadores eu sou o principal. Nesse pecado superabunda a graça dessa consciência sincera, de quem já está justificado para todo o sempre. Paulo diz que não há poder no céu, na Terra, nem em dimensão alguma que possa se opor e se interpor a esse Amor de Deus, que se vincula a nós pela fidelidade dele conosco. E uma vez que isso está estabelecido, nós vimos que a vocação do discípulo é para declarar o mundo inteiro perdoado.
Toma a tua cruz e segue-me significa dar o primeiro passo da cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. A vida do discípulo é vida de perdão; do contrário, Jesus não diria para amar até o inimigo, para orar por quem o persegue. A vocação do discípulo é esta. Ele não deve ter nenhuma caixa para guardar amarguras ungidas; não deve ter dentro de si qualquer reservatório para aconchegar as ranzinzices, as feiuras, os ódios, as vinganças, mesmo que o outro seja um recalcitrante.
O Evangelho não criou esse lugar no coração do discípulo e jamais criará. A religião, sim. A religião tomou para si o direito de dizer que, de uma determinada hora em diante, não devemos mais orar pelo inimigo; não devemos mais amar aquele que nos persegue; que de uma determinada hora em diante, nós viramos judeu, e devemos declarar o outro publicano e pecador e o expulsar de nosso meio. De uma determinada hora em diante, ganhamos permissão para deixar o Evangelho de lado e praticar as nossas processualísticas de rito, de disciplina romana. Mas tudo isso é contradição total com o espírito do Evangelho.
Então, o que Jesus está querendo dizer com “o que ligares na Terra terá sido ligado nos céus, e o que desligares na Terra terá sido desligado nos céus”? Tem a ver comigo em relação ao outro? Ou será que, antes de qualquer coisa, isso tem a ver comigo em relação a mim?
Note que, logo depois, Jesus falou: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”. E Ele prossegue, dizendo que o que dois ou três concordarem a respeito do que pedirem ser-lhes-á concedido pelo Pai que está nos céus. A palavra usada por Ele, “concordarem”, é a mesma palavra para designar uma sinfonia; para designar algo harmonioso, que está sob a batuta do maestro do Evangelho: Jesus. Está tudo muito harmonioso – amor, graça, perdão, os tenores da misericórdia, os baixos da gravidade do amor de Deus.
A sinfonia: Onde dois ou três estiverem reunidos de fato em Meu Nome... E “Em Meu Nome” não significa apenas dizer: estamos aqui em nome de Jesus. Em muitos lugares leem o Evangelho – estão reunidos em nome de Jesus e o nome que está sendo invocado lá é o de Jesus. Mas ali está um antijesus, que não tem nada a ver com Jesus. Então, quando diz “reunidos em Meu Nome” significa dizer: reunidos no Espírito de Jesus, reunidos conforme o ensino de Jesus, conforme a compreensão da graça, da misericórdia e conforme a atitude de discípulo que todos devemos ter – que não é diferente da atitude de Jesus. Os discípulos estão sendo chamados é para seguir a Jesus. E estar reunido em Nome de Jesus é dar razão ao Evangelho – não contra alguém; é dar razão ao Evangelho em favor da vida. Estar reunido em Nome de Jesus é aquela atitude comunal, que pode ser de dois, de três, de tantos quantos sejam, mas tem o acordo com o mandamento do Evangelho. E Jesus disse: O meu mandamento é amor, é amem-se uns aos outros como eu vos amei – esse é o mandamento que Eu dou.
Então, ninguém tem de fazer mais nenhuma viagem bruxa. O que Jesus está dizendo é: se o acordo do amor estiver prevalecendo, se a sinfonia da graça estiver tocando entre vocês, se o mestre da regência dessa harmonia for o espírito do Evangelho, então, qualquer coisa que vocês pedirem, irão pedir com amor, como graça, e nunca como maldição. Ninguém jamais deverá se reunir para pedir uma providência súbita e rápida para destruir a vida de alguém, porque essa pessoa estaria tentando acabar com a vida dele. Nunca! O espírito do Evangelho tem de ser o de Jesus, o estímulo é para seguir os seus passos. Em Jesus não vemos nada disso, nem na hora de sua morte. Quando Pedro corta a orelha de um inimigo, Ele cura. Ele trai a fidelidade de Pedro, para não trair o Evangelho. A fidelidade de Pedro era instintual, animal, leonina. Jesus cura Malco e afirma o Evangelho sobre Pedro. Imagine se fosse dado a Pedro esse poder de ligar e de desligar: ele desceria a espada; não iria nem deligar. Cortaria ao meio. Faria o que o cristianismo fez. Isso é óbvio e simples de entender, quando olhamos para Jesus, quando Ele é a nossa chave interpretativa de todas as coisas, quando tudo tem de fazer sentido com Jesus e com o Evangelho!
Então, o que Jesus está dizendo é que se entre nós prevalecer o espírito do amor e da graça do Evangelho, se houver essa sinfonia de comunhão no amor de Deus, “tudo o que pedirem ser-lhes-á concedido”. Inclusive podemos orar por esse indivíduo que disse não à oferta do amor e crer no molestamento da graça de Deus com ele. Não para destruí-lo, mas para trazê-lo à consciência. Se mesmo aquele que está desligado da graça de Deus for objeto das nossas orações pedindo graça de Deus sobre ele, a graça de Deus sobre ele estará. Não é o mesmo princípio que Paulo usa em relação à mulher casada com o marido incrédulo, ou totalmente pagão, ou hostil, e vice-versa? Quando Ele diz: por causa do crente, daquele que se santifica na vontade de Deus, o outro é santificado. O princípio espiritual enunciado é esse.
Portanto, esse exercício de ligar é o exercício do perdão contínuo. Toda vez que perdoamos aquele que nos ofende, nós o religamos. E sempre que não perdoamos aquele que nos ofende, nós nos desligamos. Temos o poder de nos desligar, mas não temos o poder de desligar ninguém. Temos o poder é de nos religar aos outros, perdoando-os, mesmo que os outros não queiram se religar a nós. “Eles não sabem o que fazem” é o primeiro mandamento do discípulo levando a cruz. Além disso, qualquer outra perspectiva que sugira desligar alguém, apagar o nome de alguém do Livro da Vida, é antievangelho, é blasfêmia, é pecado.

O Evangelho não segue a lógica dos direitos humanos; a lógica do Evangelho é a Graça de Deus!!!

Então, o que significa “o que ligares na Terra terá sido ligado nos céus, e o que desligares na Terra terá sido desligado nos céus” senão que, de fato, recebemos a missão de viver ligando na Terra até aqueles que a Deus não querem se ligar? A nossa vocação sacerdotal no amor, segundo o Evangelho, é ligar os desligados, é praticar a violência do amor que liga até o alienado; é fazer o que João disse: mesmo que ele tenha pecado, rogue por ele. Rogue por ele, porque o amor cobre multidão de pecados. Paulo disse: cada um tem um Pai, tem um Senhor. Se fica em pé, para o Senhor está em pé; se cai, para o Senhor, caiu. A nossa vocação na Terra é para ligar. Quando achamos que temos o poder de desligar, Jesus diz: você não sabe de que espírito é. O Filho do Homem não veio para destruir, veio para salvar. Somente quem pode dizer “quem não é por Mim é contra Mim, que comigo não ajunta, espalha” é Jesus. A nós outros Ele nos deu o poder da relatividade de dizer: quem não é contra nós já está a nosso favor.

O Evangelho é outro departamento. Por ele, só vence quem perdoa. O vencedor é o que sai perdoando tudo; é um trator do perdão, na Graça de Deus, na Terra. Esse é o espírito do Evangelho.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Arrependimento. Nossa única esperança!!

João Batista precedeu Jesus, preparando-Lhe o caminho, convocando o povo ao arrependimento.
Jesus começou Seu Ministério convocando ao arrependimento. 
Arrependimento é a palavra chave, a atitude que faz diferença; é o princípio de tudo!


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O grão tem que cair em terra e morrer para poder dar frutos - Anderson Abreu

MENSAGEM DA REVISTA Nº 49. 
TEXTO PRINCIPAL NA ÍNTEGRA.


“Ora, entre os que subiram para adorar haviam alguns gregos;
estes, pois, se dirigiram  Filipe, que era de Betsaida da Galileia,
Filipe foi dizê-lo a André e André e Filipe comunicaram a Jesus.
Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém me serve, siga-me, e, onde Eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém Me servir, o Pai o honrará.
Agora, está angustiada minha alma, e que direi Eu? Pai, salva-Me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora. Pai, glorifica o Teu Nome. Então, veio a voz do céu: Eu já O glorifiquei e ainda O glorificarei.
A multidão, pois, que ali estava, tendo ouvido a voz, dizia ter havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que Lhe falou. Então explicou Jesus: Não foi por mim que veio esta voz, e sim por vossa causa. Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer”.



O GRÃO TEM QUE CAIR EM TERRA DE MORRER PARA PODER DAR FRUTOS


Todo nós estamos ávidos para a evangelização. Queremos evangelizar. Queremos falar de Jesus. Todos nós queremos compartilhar o Evangelho em nosso lugar de trabalho, nosso colégio, nossa faculdade. E a grande questão não é a vontade de fazer, mas é o como fazer. Como que a gente faz isso? Como que a gente fala de Jesus sem espantar as pessoas? Como a gente vai falar de Jesus tirando a pessoa de todo o seu preconceito do que é ser ‘crente’, do que é ser ‘pastor’, do que é ser ‘evangélico’ nesse mundo que cada vez mais tem segregado ao invés de unir.
Nós vemos, por exemplo, essa nova novela da Rede Globo e as milhares de campanhas na internet dos ‘evangélicos’ pedindo boicote à novela. Errado! Você não boicota porque você é evangélico, você boicota porque você é gente. Você acha que pra qualquer família; seja uma família espírita, católica, umbandista, budista... Você acha que aquilo é ofensivo a quem? A família!
Quando você segrega, você começa a dividir. Quer ver uma coisa: inverta a situação. Se esta campanha de boicote à novela não fosse feita pelos ‘evangélicos’, mas pela união ateísta brasileira; você ia compartilhar esse link? Ou se a união de negros espíritas do Brasil fosse contra a novela, você ia compartilhar isso no seu face?
Quando você segrega e põe aquilo que é certo como pertencente a um gueto, a um segmento você acabou com a verdade.
De repente, vem um grupo e fala em nome de todos os evangélicos sem você ter assinado nenhuma procuração pra falarem no seu nome. Eu acho que você não assinou nada, mas eles falam como se fosse a sua vontade. Aí fazem uma campanha em nome da igreja evangélica.
Eu acho, que se fosse pra fazer, (não vou entrar no mérito de certo ou errado, porque já é outro assunto), deveria ser uma campanha de todo cidadão que só quer o bem, só isso. Simples assim.
É nesse contexto separatista e segregador que nós estamos vivendo nós vemos aqui, q lemos o texto de João 12 de 20 a 33. Parece ter sido escrito agora em 2015.
“Ora, entre os que subiram para adorar haviam alguns gregos;
O texto começa alertando para a presença dos “diferentes”. ‘Cuidado os gregos estão entre nós’. ‘Ó, vieram para adorar em Jerusalém... Ó, são gregos... você vê que a roupa é diferente, a pele é diferente, o tamanho é diferente, a estrutura de corpo é diferente... São os gregos’!
estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus.
Betsaida, em português significa lugar de pesca.
Não é isso o que você quer no seu lugar de trabalho? Imagina, amanhã você chega pra trabalhar... (Aquele trabalho no qual você glorifica a Jesus porque está com sua carteira assinada, com seus benefícios; você ora por cada pessoa que ali está... não é assim? Eu não esperava menos de você como discípulo de Jesus).
E no seu lugar de trabalho, chega alguém pra você e diz: ‘quero ver Jesus’. Aí você diz: ‘finalmente, agora sim’.
Só tem um porém, meu irmão, como você responde a esse pedido?
Sabe porque esse texto é atual? Porque a resposta de Filipe é igual, provavelmente, a que nós teríamos.
Filipe foi dizê-lo a André,
‘Você quer ver Jesus, assim, agora... espera aqui um instantinho’... ‘André tem uns caras aí que querem ver Jesus, mas eles são gregos, e agora? São os ateus, os que não creem em Jesus que querem ver Jesus, ter um encontro com Ele, uma série de debates. Vai ficar na nossa conta apresentar Jesus pra esse tipo de gente? E se o negócio não ficar bom? Sabe como é Jesus, pra tudo Ele tem uma saída. Mas vai que nessa ‘saída’ Ele nos destitui dos ministérios que estamos querendo: o ministério da economia, o da fazendo, o internacional...’  
Filipe foi dizê-lo a André e André e Filipe comunicaram a Jesus.
Somos eu e você quando alguém quer conhecer Jesus e a gente não sabe o que fazer e vai orar: ‘E agora Jesus, a pessoa quer Te ver, o que eu falo?’.
2015, meu amigo! Foi escrito hoje, o texto acabou de nascer!
Presta bem atenção porque como André e Filipe você tem várias dificuldades. E olha que Jesus estava ali, fisicamente com eles. Mesmo com Jesus dizendo: ‘deixe vir a Mim, deixe vir como está... deixe vir as crianças’. Eles entraram em crise porque alguém queria vê-LO.
Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.
Por que essa resposta? Olha que coisa mais atípica: ‘Jesus, tem uns caras aí querendo ver o Senhor, mas são gregos’. Aí, Jesus levanta: ‘É chegada a hora de Eu ser glorificado’. ‘Tá, mas isso não faz os caras saírem da porta, entendeu? A gente tem que voltar com alguma resposta. Tudo bem, Senhor, tem esses negócios aí que o Senhor diz: glória, morte, ressurreição que a gente não entende muito bem, mas os homens estão ali na porta’.
Aí, Jesus faz o que eu e você não conseguimos entender. Ele começa a ensinar aos discípulos a mensagem que eles deveriam levar aos homens que queriam vê-LO. Jesus ensina a mensagem não porque não quisesse ver os homens. Mas, figuradamente, parece que Jesus quebra a quarta dimensão e, durante o fato, é como se Ele olhasse pra gente hoje e dissesse: ‘quando isso acontecer com vocês façam assim’. E sabe o que Jesus diz?
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto.
‘Eles querem me ver? É simples: basta ensinar a eles que eles têm de nascer de novo. Eles querem Me conhecer? Ótimo! Ensina a eles que precisam morrer praquilo que são para começar produzir frutos em Mim’.
Sabe por que pra nós é difícil mostrar Jesus? Porque muitas vezes eu e você decoramos editoriais, decoramos mensagens litúrgicas, decoramos frases enigmáticas de facebook, decoramos frases dogmáticas, decoramos textos dos mais profundos, só que nos falta muitas vezes uma coisa: ‘vai, vende tudo o que tem e, então, voltando segue-Me’.
Só falta você morrer!
Só falta você deixar de ser você. Só falta você se desensimesmar-se. Só falta você entender o seguinte: ‘Anderson, você é Anderson. Mas tem o Anderson em Mim que é diferente do Anderson que está em você. Pra que você Me conheça é preciso que você viva em Mim. Mas pra que você viva em Mim o Anderson que você é hoje tem que morrer’.
Pra nós é tão bonito isso, só que tem o seguinte: amanhã é segunda feira, aí vem um recibo em branco pra você assinar e junto vem a sua vontade de botar um pouquinho mais alto com a justificativa de que o patrão pode pagar mais.
É tão maravilhoso nascer de novo, né? ‘Eu quero’, mas amanhã tem prova e você vai esticar o pescoção pra colar.
É tudo tão lindo: eu preciso morrer em mim para nascer outra pessoa em Ti, mas amanhã tem alguém fazendo convite indecente e você usa aquela pessoa somente pra extravasar a sua libido, tão somente isso.
E agora é tudo tão perfeito: basta eu nascer de novo, mas daqui a pouco você está com vontade de chegar em casa e dar um ultimato na patroa ou no maridão dizendo que acabou.
Sabe por que é lindo nascer de novo? Porque a gente pensa só num novo começo, mas Jesus afirma que antes de nascer o grão de trigo tem que morrer.
Você quer morrer?
Ninguém quer morrer! Ninguém quer morrer! Ninguém quer dizer essa minha existência aqui tem que findar por dentro.
Quando nós não conhecemos o Reino de Deus nós decoramos compêndios. Nós temos um armário: tudo sobre salvação, tudo sobre santificação... Aí Jesus chega pra você e diz: ‘isso é fantástico, que produção! Mas você tem que morrer pra ser outro’. ‘Mas e o meu armário’?
O Reino de Deus é semelhante a um escriba que vai no seu depósito e tira coisas novas e coisas velhas. Ele está o tempo todo abrindo gavetas botando coisas e tirando coisas.
Sabe qual é a nossa dificuldade no Reino dos Céus? Acomodação: aquilo que eu sei hoje, eu saberei para sempre. Não é bem assim. Cada dia Cristo Se apresenta; cada dia você morre; cada dia você nasce de novo; cada vez mais o Reino dos Céus vai se aprofundando em você criando veias, ramificações, circulações, as maiores, e quando você vê a sua vida está totalmente comprometida com a Verdade do Evangelho. Mas se não for assim será tão somente sistemas e métodos.
Palavra do Senhor continua:
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.
Quando eu li que quem ama sua vida perde-a, eu lembrei de José.
Se José amasse a vida dele, aquela mamata que ele tinha... Aquele rapaz, um playboyzinho, filhinho de papai velho que dava tudo o que ele queria. José, um baita de um topete, dizia pra irmão mais velho, barbado, chefe de família: ‘Ó, tive um sonho. E o meu sonho foi o seguinte: existia uma plantação e no milharal tinha os milhos e eles se debruçavam pro outro milho do meio. Não sei, não... mas o outro milho era eu. Ó, tive outro sonho: sonhei com o céu, a coisa mais linda! Sonhei que as estrelas todas se curvavam pra estrela do meio. Eu só sei que a estrela do meio era eu. As outras estrelas... sei não’...
Falava isso na frente das esposas dos irmãos, dos filhos deles. Chegou ao ponto que os irmãos decidiram: ‘Vamos dar sumiço nesse garoto, tá muito abusado’. Aí, pegaram o irmão pra matar.
E você diz: ‘Ah! Naquela época... que crueldade’! Como se não acontecesse hoje. Como se as brigas dentro de casa hoje não acabassem em sangue também.
Venderam José. José foi levado como escravo para uma outra terra. Começou a trabalhar na casa de um homem. Trabalhando, trabalhando, trabalhando até que chamou a atenção de alguém que o levou para trabalhar na casa de Potifá.
Potifá era como se fosse um ministro da fazenda. Era um cara muito rico. José começou a trabalhar de tal forma que se tornou ‘bem sucedido’. Talvez se fosse eu e você no lugar dele pensaríamos em ganhar dinheiro pra fugir. ‘É o acerto de contas, meu amigo’! Mas José só trabalhava, só trabalhava, só trabalhava a ponto de Potifá dizer que nem sabia mais o quanto tinha: ‘esse cara administra tudo pra mim, esse cara é top’.
A mulher de Potifá pensou: ‘meu marido não quer nada comigo, mas tem esse aí que sabe mexer com dinheiro como ninguém e é novinho; quem vai ser meu ‘hominho’?! Deixa eu pegar o garotão. O garotão está com gás, garotão está legal, o garotão vai saber trabalhar’. Aí, chamou o garotão pra dentro do quarto e disse: ‘garotão deita-te comigo’.
José que era o responsável pelo dinheiro, era o homem em comando de tudo naquela casa... E a mulher do patrão, que não deveria ser feia... chegou pra ele e disse: ‘você já tem tudo do meu marido só falta eu’. O que ele poderia ter feito? Pra quem estava no péssimo, agora parecia estar ótimo. ‘Aí... pro meu Deus que não me salvou quando me arrebentaram e jogaram dentro de um poço sangrando; pro meu Deus que não consertou o meu braço que quebrou; pro meu Deus que tanto falava; de quem vinha tanto sonho e me abandonou; agora, meu Deus, eu serei um com uma egípcia e construirei minha vida do jeito que eu quero. Deus eu não quero mais nada com você, é chegada a minha hora, o Senhor nunca existiu’.
No entanto, quando aquela mulher se deitou e se ofereceu o que José disse? ‘Cometeria eu tamanho pecado contra o meu Deus e tamanha maldade contra o meu patrão’?
É aí que você vê que o garoto continua crente.
O que fez a mulher? Puxou José pelo roupão e José correu pelado. Ela disse: ‘ah, meu marido me despreza, mas você, um empregado? Você, não! Fico com o dinheiro, mas fico no desejo, no affair’? Quando o marido chegou ela fez algo que parece ter nascido hoje em 2015, e fez o drama: ‘Ele tentou me abusar, eu, uma dama inocente, fiz de tudo para me desvencilhar, ele foi embora, mas deixou até o roupão, olha a prova aqui’.
José foi, então, levado para a prisão. Chegou lá como o cara que tentou violentar a mulher de Potifá. Como você acha que ele era visto na prisão? Vamos parar com esse romance!!
Foi levado preso, mas não foi numa carruagem de fogo nem foi deixado numa prisão especial tipo na Noruega? Não! ‘Olha o meliante que tentou violentar a mulher do homem forte, aí!’.
José perdeu seu pai, perdeu sua casa; foi pra casa de Potifá. Perdeu Potifá, perdeu a casa de Potifá; foi pra cadeia.
Chegou lá na cadeia e percebeu, depois de ter apanhado tanto, depois de ‘rolar’ tanta coisa que só Deus sabe... percebeu que a cadeia era muito mal administrada. O que ele fez? ‘Você não sabe mexer com excel, né? Se botar isso aí nas planilhas dá tudo certo... tem umas fórmulas, dá pra fazer’. O homem ficou na dúvida. E ele disse que dava pra fazer até o imposto de renda. ‘Eu fazia pra Potifá’.
José começou a ser gerente na penitenciária. Mas se fossemos eu e você sabe o que nós faríamos, em choramingos? ‘Onde está o meu Deus?!! O Deus que me permitiu apanhar tanto aqui nessa cadeia, o Deus que sabe que eu sou inocente. Meu Deus que não me enxerga; meu Deus que não me procura mais; meu Deus que fica em silêncio’...
Mas José foi de uma época em que não se julgava Deus moralmente. José é de uma época em que se sabia que Deus a tudo vê. José sabia que a maturidade não nasce do mi-mi-mi, mas nasce do silêncio. José sabia que ele teve de aprender. Diferente de nós que decoramos dogmáticas e sistemáticas e não aprendemos com Deus no silêncio.
Nesse silêncio, que parecia o silêncio divino e de José, dois homens tiveram um sonho cada. E José disse: ‘Você vai morrer e você vai ficar livre e vai sair’ e José pediu: ‘quando você estiver lá fora entra com uma apelação pra mim porque eu sou inocente, eu não tentei violentar aquela mulher’. O homem disse pra que ficasse tranquilo que resolveria...
Dois anos... dois anos José recantiado, vivendo entre os prisioneiros. O filho querido do papai idoso... José recantiado. Dois anos depois Faraó teve um sonho, ficou perplexo com esse sonho e nenhum de todos os magos conseguiu desvendar e responder a Faraó. Aí foi lançado um concurso: ‘quem consegue descrever e resolver o meu sonho?’. O edital chegou lá na cadeia. José viu e disse: ‘acho que eu posso’. Aí o homem pra quem José havia interpretado o sonho disse: ‘é mesmo, você uma vez me salvou por causa de um sonho; eu fiquei de ir lá... eu fui, mas sabe como é esse negócio de juiz... mas chegou a hora’!
Olhou o edital e chegou pra Faraó descreveu o sonho e disse o óbvio: ‘o sonho que o senhor teve é o seguinte: sete anos legal e sete anos de crise’. Faraó perguntou o que fazer. ‘É simples: poupa agora nesses sete, para o senhor ter o seu nos sete anos de crise e ainda ganhar dinheiro vendendo pros outros que vão perder tudo’. ‘Ok, então, você é o responsável por isso’; a última cartada de Faraó.
Quem tem a visão tem a missão.
Às vezes, nós achamos que as perdas que temos na vida são derrotas. Você está querendo barganhar! Sabe o que Deus faz? José na casa de Potifá estava colado em Faraó. Se os dois se encontrassem, pronto, estabeleceu-se aquilo que haveria de vir. Mas sabe o que Deus faz? Joga pra longe, joga pra longe... Só que você não está ficando mais longe, não. Deus tratando você por inteiro primeiro; você vai sair do outro lado. Quando você menos perceber a bênção chegou.
A vida só começa a mudar quando deixamos de julgar Deus moralmente e passamos a perceber que muito do que críamos eram estruturas pré-moldadas que foram perdidas ao longo do tempo. Que Deus está nos chamando para encarnar a Verdade.
A vida começa a mudar quando deixamos de questionar Deus com “por quês”. E descobrirmos o óbvio: quando morrermos não vamos perguntar nada a Deus; é Deus quem vai nos perguntar um monte de coisas. Que nessa hora nós sejamos sujeito-homem pra responder o que Deus nos perguntar.
Lembram-se de Jó?  ‘Como é que o Senhor pôde? Como é que o Senhor pode’?... E a voz de Deus, num redemoinho, começou: ‘Jó, onde você estava quando isso, isso e isso’? Jó termina dizendo o quê? “Antes eu Te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos Te vêm!”. Não pense você que vai morrer e poder chegar pra Deus e perguntar o porquê. Pelo contrário, prepare-se para quando você se apresentar a Deus e Ele fizer perguntas a você.
Que o próprio Deus defenda você das respostas que um dia você há de Lhe dar.

Oração:
Senhor Jesus, tem coisas que são para a morte, mas tem coisas que são para a vida. Nós somos o que somos para que seja revelado em nós a Glória do Senhor. Enquanto a Tua Glória não Se manifestar naquilo que nós possamos dizer que foi o Senhor glorificado, dá-nos a bênção de ir onde Tu estás e fazer aquilo que Tu tens e que o Evangelho não seja apenas um conceito. Mas seja encarnado, interiorizado, que Ele cresça, que Ele possa ter fundamentos na minha vida, porque sem Ti é impossível fazer.


Assim o Evangelho deixa de ser uma leitura de domingo, uma sistemática, uma dogmática, um catecismo. O Evangelho É: “Tens alguma coisa contra teu irmão, vai tu e ele só; se ele te ouvir ganhaste teu irmão”. Acabou! Não tem mais nada! Não tem negocinho, não tem arranjo, não tem confabulação! Acabou! “Teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta, reconcilia-te com teu irmão, então, voltando, faça a tua oferta”. Acabou! Alguém pode dizer: mas tem o kairós, o tempo... Não!! Só tem o Evangelho e o Evangelho diz isso. Acabou!!

Sabe o que Deus faz?! Ele nos faz passar para o outro lado!
Só depois que morrer!!
Entendi que tinha que morrer para que o Evangelho crescesse em mim. Aí, a vida começou! E nossa maior alegria é poder viver o Evangelho.
Se o grão não morrer, não produz fruto.
Sabe o que Deus pode estar fazendo com a sua vida? Dizendo uma coisa muito simples: morra! Morra para que, finalmente você possa dar os frutos. Enquanto você não morrer Ele não pode fazer.

Vamos orar:
Senhor Jesus, eis aqui Teus filhos. Tua Palavra nos ensina que se o grão não morrer não é possível produzir fruto. Jesus dá-nos a bênção de criarmos uma consciência de Teu Evangelho, diariamente, que possamos perder a nossa vida para alcançar a Tua. Porque a Tua vida não é um céu; Tua vida é o Teu Reino encarnado em cada um dos Teus discípulos quando olhamos pra Ti e queremos glorificar o Pai vivendo como Tu viveste. Que ao longo desta semana cada grão de trigo que aqui está, possa morrer para que produza fruto. Como José morreu, como Moisés morreu, como Abraão morreu, como tantos morreram, como Teu Filho morreu para que o fruto pudesse ser produzido, em Nome de Jesus.

Amém

domingo, 16 de agosto de 2015

Nossa necessidade do Poder de Deus - Billy Graham

Para vivermos da forma que Deus quer... Para nos tornarmos mais parecidos com Cristo... Para seguirmos nossa jornada sabiamente... Precisamos tanto do perdão de Deus quanto de Sua bondade. Precisamos da obra de Jesus por nós e precisamos da obra do Espírito Santo em nós. À grande Graça do perdão Deus acrescenta a grande Graça do Espírito Santo.
As pessoas têm muitas idéias diferentes sobre o Espírito Santo – algumas baseadas na Bíblia, algumas não. Alguns comparam o Espírito Santo a uma força espiritual impessoal, um pouco como a eletricidade ou a gravidade. Outros pensam no Espírito em termos de emoção ou sentimento; quando acham que sentem a presença de Deus dentro delas, classificam o sentimento como “o Espírito Santo”. E há os que pensam apenas na Graça que o Espírito pode conceder a eles. Esses, porém, não entenderam o fundamental.
A Bíblia nos diz que há três importantes verdades sobre o Espírito Santo. Primeira, Ele é uma pessoa. Ele tem todos os atributos ou características de uma pessoa. Ele fala conosco, Ele nos ordena, Ele intercede por nós, Ele nos ouve, Ele nos guia, e assim por diante. Também podemos mentir para Ele ou ofendê-Lo; podemos até mesmo blasfemar contra Ele ou magoá-Lo. Nada disso seria possível se Ele fosse apenas uma força impessoal – mas isso é possível, porque Ele é uma pessoa. “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus”, (Rm8:16).
Segundo, Ele é uma força. O Espírito Santo é um canal ou instrumento invisível de Poder de Deus no mundo, aquele por intermédio de quem Deus opera para realizar Seu desejo. Antes do mundo ser criado, “o Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas”, (Gn1:2). Jó declarou: “o Espírito de Deus me fez”, (Jó33:4). Lemos sobre Sansão que “o Espírito do SENHOR apossou-Se dele” e ele conseguiu se libertar de seus captores, (Jz15:14). Quando Deus escolheu Beseleel para supervisionar a construção do Templo ou Tabernáculo onde as pessoas iriam cultuar, ele disse: “E o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística para (...) executar todo tipo de obra artesanal”, (Ex31:3).

Terceiro, Ele é Deus. Assim como Deus é plenamente divino, também o Espírito Santo é plenamente divino. A Bíblia também diz que é eterno – assim como Deus é eterno. A Bíblia também diz que Ele está presente em toda parte e que é onisciente e todo-poderoso – mais uma vez, atributos exclusivos de Deus. (Satanás, por acaso, não é assim; Ele é poderoso, por exemplo, mas não todo-poderoso.)
Ademais, a Bíblia declara explicitamente que o Espírito Santo é Deus: “O Senhor é o Espírito”, (2Co3:17). Em certo momento, a Bíblia O chama de “o Espírito de Cristo” ou “o Espírito de Deus” – novamente indicando Sua natureza divina. O Espírito Santo é o próprio Deus. Assim como Deus é uma Pessoa, também o Espírito Santo; assim como Deus é todo-poderoso, também o Espírito Santo. O que é verdade para Deus é verdade para o Espírito Santo, porque Ele é Deus.

No final de uma de suas cartas, Paulo escreveu: “A Graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês”, (2Co13:14). Todos três – Pai, Filho, Espírito Santo – são distintos, mas também são unidos como um. Nós não adoramos três deuses (coisa de que os cristãos algumas vezes foram acusados); nós adoramos um Deus, que Se revela a nós em três pessoas. Alguns usam o sol para ilustrar a Trindade: o sol é um objeto no espaço, mas ele produz luz e calor – e ainda assim ele é um. A água pode ser um sólido, um líquido ou um gás, mas continua a ser água.
O filho pequeno de um amigo meu estava perguntando ao pai como Deus pai podia ser Deus e Jesus, o Filho, também podia ser Deus. Isso não faria de Jesus Seu próprio pai? – perguntou ele (crianças têm o hábito de fazer difíceis perguntas teológicas!). eles estavam no carro da família, e com uma inspiração súbita meu amigo respondeu algo assim: “Filho, sob o capô do carro há uma única bateria, mas eu posso usá-la para acender os faróis, tocar a buzina ou ligar o carro. Como isso acontece é um mistério para mim – mas acontece!”
Essas imagens podem nos ajudar a compreender a verdade da Trindade, mas nenhuma delas a explica completamente. No fim é um mistério que nunca iremos compreender deste lado da vida. Sempre me lembro das palavras de Paulo: “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como se em espelho; mas então veremos face a face. Agora conheço em parte; então conhecerei plenamente”, (1Co13:12). Mas isso não elimina a verdade. Nós cultuamos Deus como Pai, Filho e Espírito Santo, pois isso é o que Ele É: a Santíssima Trindade.

É educativo destacar alguns dos termos usados por Jesus para descrever a obra do Espírito Santo. O Espírito, disse ele, nos convencerá de nossos pecados: “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”, (Jo16:8). Antes mesmo que possamos nos entregar a Cristo, o Espírito Santo precisa primeiramente nos convencer de nossos pecados e abrir nossos olhos para a verdade do Evangelho.
Ele também será nosso professor e guia: “Quando o Espírito da verdade vier, Ele os guiará a toda a verdade”, (Jo18:13). É por isso que a Bíblia é tão importante, porque o mesmo Espírito que guiou sua redação agora quer que a compreendamos – e sem Ele não podemos compreender plenamente seu significado. Ele também nos guia diariamente enquanto buscamos o desejo de Deus para nossa vida.
Além do mais, disse Jesus, o Espírito nos ajudará a contar aos outros sobre Cristo: “Mas receberão Poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão Minhas testemunhas (...) até os confins da terra”, (At1:8) o Espírito está à frente de nós quando O invocamos – preparando o caminho, dando-nos as palavras e nos incutindo coragem.

Billy Graham, A jornada.

sábado, 25 de julho de 2015

Felicidade - Spurgeon

Quanto mais profunda é a nossa santificação, mais intensa é nossa bem-aventurança. Cristo é o Caminho, e não só estamos vivos em Cristo como também devemos viver nEle. 

Spurgeon

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Oração para esses dias - Denise Gaspar

Senhor Jesus, os tempos são maus. Sempre foram maus. Há dois mil anos vivemos o tempo do fim. Assim que Tu ascendeste ele começou a ser contado. As pessoas reconhecem o tempo do fim em alguns momentos históricos que passam e depois elas pensam terem errado a previsão. Vivemos o tempo do fim desde que retornaste para o Céu. Desde então, tudo o que disseste sobre o fim tem se cumprido.
Mas, a cada dia os tempos ficam piores e estamos mais próximos do fim, ainda que faltassem mais dois mil anos.
Tu disseste que o Caminho é estreito há dois mil anos atrás, no entanto, a cada dia que passa Se torna mais estreito.
Tu disseste que temos que viver em comunhão e intimidade contigo para sermos sal na Terra e luz no Mundo, para sermos testemunhas fiéis de Teu Amor e Poder. Disseste que precisamos de Ti, do Teu Espírito, para sermos santos e santificados.
Senhor, opera em nós esse milagre. Põe fome e sede de Ti em nossos corações que o povo que se diz Tua Igreja realmente seja. Que deseje a Tua Palavra e a Tua Vontade mais do que a vida. Qual o propósito de dizer que Te conhece e, no entanto, manter a porta fechada para que Tu não entres em nosso meio?
Desperta-nos! Que possamos voltar nossos corações, olhos, ouvidos e mentes para Ti. Que possamos ser vasos de honra em Tuas mãos. Não pessoas que recebam honrarias. Mas vasos de bênçãos; aqueles que servem, que lavam os pés, que ensinam o Caminho, que caminham juntos, que semeiam o amor, que resplandecem Sua Graça, que perfumam a Terra com a Tua Presença.

Que seja conforme o Teu querer, é o que Te peço, antes de tudo, em minha vida, em Nome de Jesus. 

Tua filha, Denise Gaspar
Amém.

sábado, 11 de julho de 2015

Pitada de Sal nº 50

Saiu a nova edição da Revista Pitada de Sal
Se você quiser receber a sua, basta nos mandar um endereço in box
Editorial
Olá, amigo,
A Revista PS desse mês traz uma reflexão de Eugene Peterson no livro “O pastor desnecessário”. Queremos propor que pensemos um pouco além do chamado ministerial em si. Não apenas no ‘pastor desnecessário’, mas sobre a nossa ‘vida desnecessária’, nossas ‘praticas desnecessárias’.
Como sempre enfatizamos na Revista, no blog e no face: A Obra é de Deus, o Poder é de Deus, a Glória é de Deus.
O homem por sua arrogância, por sua prepotência e por falta de informação e conhecimento... pensa que Deus não faz nada sem ele. A Palavra diz que o povo de Deus perece por falta de conhecimento da Palavra e do Poder de Deus. Então, por ignorância, por arrogância, por falta de conhecimento, por má fé de quem orienta o povo e pelo desejo de se adaptar a cultura vigente... os ‘desnecessários’ acham-se ‘necessários’.
Temos que ter consciência de que somos desnecessários. As pessoas pensam que se elas não fizerem, Deus não faz. Se elas não declararem, Deus fica impossibilitado de agir. Nada impede o Seu Agir.
Então, PS traz à lembrança o fato de que Deus é Soberano, de que Todo Poder está em Suas Mãos, de que toda a Glória é dEle e que a nós cabe o prazer da obediência naquilo que Ele nos orienta. Mas nunca, jamais, o que fazemos ou deixamos de fazer poderá impedir a ação de Deus, nada amarrará Seus braços. A única coisa que pode impedir o agir de Deus é a falta de fé. E, ainda isso, é relativo. Por que? Porque Ele nos conduz, Ele nos livra, Ele nos sustenta mesmo quando ainda não O conhecemos, ainda que estejamos buscando no lugar errado, ainda que blasfememos... Isso é Graça! As Suas Misericórdias Se renovam a cada manhã e esse é o motivo de não sermos consumidos.
A Revista PS traz a reflexão sobre o que nos torna desnecessários. E, ao mesmo tempo, o que nos torna necessários no amor, na graça, na obediência, na vida de intimidade com Jesus, na dependência dEle, na comunhão como família, como intercessores, como instrumentos que estão disponíveis para serem usados, mas sem perder a noção de que não somos instrumentos imprescindíveis. A nós cabe a honra de sermos instrumentos nas Mãos dEle conforme a Sua Vontade e nunca em conformidade com esse mundo. Ele nos orienta: “não se conforme com esse mundo”, Rm12:2; não tome a forma, a direção, os valores desse mundo, porque ele jaz no maligno. E acrescenta: “pense nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra; porque você morreu e a sua vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”. Cl3:2,3. “A sabedoria do alto é primeiramente pura, depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sem fingimento. É em paz que se semeia o fruto da justiça”. Tg3:17,18
Pense nisso, leia com carinho, Jesus lhe abençoe e o mais Ele esclarecerá.
Denise Gaspar

sábado, 16 de maio de 2015

O estilo de vida do salvo

A Salvação não se relaciona apenas com a eternidade, com chegar ao Céu, com escapar da eterna separação de Deus.

Ela é um modo de viver em comunidade.

Os "salvos" são aqueles com quem nos relacionamos, os que lideramos: homens, mulheres e crianças  batizados, que são a imagem de Deus.

A Salvação não é apenas um assunto entre a alma e Deus.

É a alma, Deus, casa, filhos, trabalho e diversão: as obras.

A vida sava é um estilo de vida no qual Deus é o alicerce tanto do presente quanto do futuro.

Ao formar uma comunidade cristã a primeira coisa a fazer é adorar, desenvolver cultos centralizados em Cristo e baseados na salvação.

Nenhuma comunidade cristã autêntica se desenvolverá sem esse contexto detalhado, repleto da salvação.

A adoração gerada pela salvação é pré-requisito para a comunidade.

Eugene Peterson. O pastor desnecessário. Ed. Textos. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Adulteração de trindades

De modo semelhante, quando vemos, de verdade, quem Deus É, e testemunhamos a ação de Seu amor, misericórdia, fidelidade e justiça, somos impelidos ao louvor, que jorra de dentro de nós sem que possamos resistir. Seremos obrigados a expressar nossa admiração frente ao nosso Deus.
Essa doxologia, em particular, que começa a carta aos Efésios (1:3-14) gira e torno dos versículos 6, 12 e 14, com a frase “para louvor de Sua Glória”. Se olharmos mais atentamente, veremos que o assunto dos versículos 3 a 6 é o Pai, os 7 a 12 falam sobre o Filho e o 13 e 14 se referem ao Espírito Santo. O que aprendemos sobre o pai na primeira seção é tão maravilhoso que não há como não passar a viver para o louvor de Sua Glória. O que a seção seguinte nos diz sobre o Filho e o que fez por nós faz-nos vibrar de tal maneira que não podemos deixar de viver para o louvor de Sua Glória. A convicção cheia de fé que obtemos ao ler a seção final sobre o espírito Santo inunda-nos com uma alegria tão grande que não há como viver para o louvor da Sua Glória.
Parte da fraqueza de muitas igrejas esse início de século deriva de um fato: nossa doxologia não trata a Trindade como deveria. Todos sabem que é verdade que algumas igrejas se especializam no Espírito Santo, dando pouca atenção ao Pai e ao Filho, enquanto que outras colocam a ênfase em Jesus, excluindo os outros dois membros da Trindade Suprema. Se não damos importância igual a todas as três Pessoas da Trindade, nossa fé fica um pouco desequilibrada. Se meu interesse é apenas manter um relacionamento pessoal e chegado com Jesus, perco a reverência, essencial ao que as Escrituras chamam de “o temor do Senhor”. Se me voltar apenas para o Espírito Santo e o poder que Ele me concede, tomo como normal o imenso sacrifício que Jesus Cristo fez para que esse poder fosse acessível a mim e esqueço-me do infinito amor demonstrado pelo Pai ao dar Seu Filho ao mundo. Sendo muito fácil adulterarmos nossas trindades (tanto sutilmente quanto abertamente), é vital para nossas comunidades cristãs que demos vigor ao pensamento genuíno sobre a Trindade, para que possamos entender quem somos e a partir daí ser continuamente renovados e transformados em resposta ao Deus Trino.

Peterson, Eugene. O pastor desnecessário. Ed. Textos.